Presidente da Funai se reúne com representantes da Embaixada da Alemanha

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, recebeu na tarde desta quarta-feira (10), em Brasília, representantes da Embaixada da Alemanha no Brasil. O objetivo da reunião foi discutir parcerias voltadas a impulsionar projetos sustentáveis em Terras Indígenas.

Representando a Embaixada alemã, estiveram presentes a ministra-conselheira para o Desenvolvimento Sustentável, Petra Schmidt, e a primeira secretária para o Desenvolvimento Sustentável/Florestas, Franziska Tröger. Na ocasião, elas destacaram os avanços da Cooperação Brasil-Alemanha, bem como perspectivas futuras e potenciais de atuação conjunta entre os países.

Pela Funai, participaram o diretor de Promoção ao Desenvolvimento Desenvolvimento Sustentável, Fernando Moreira; o coordenador-geral de Promoção da Cidadania, Rafael Fernandes; a coordenadora-geral de Gestão Ambiental, Paula Santana; o coordenador-geral de Licenciamento Ambiental substituto, Gedeon Garcia; o assessor da Presidência Alexandre Rocha dos Santos, o coordenador de Fomento à Geração de Renda, Denis Quadros; e a Coordenadora de Ações de Mitigação, Compensação e Controle Ambiental, Paloma Fernandes.

A reunião contou também com a presença do procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto à Funai, Álvaro Osório do Valle Simeão, e das lideranças indígenas Irisnaide de Souza Silva, da etnia Macuxi (RR) e presidente da Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima (Sodiurr), e Felisberto Cupudunepá, da etnia Umutina (MT) e presidente da Cooperativa dos Agricultores e Produtores Indígenas do Brasil.

A atuação da Funai tem sido marcada pelo incentivo ao etnodesenvolvimento em Terras Indígenas, com o apoio a diversas atividades produtivas sustentáveis desenvolvidas por diferentes etnias em todo o país. O objetivo é promover a autonomia e o protagonismo das comunidades por meio da geração de renda nas aldeias.

De acordo com Xavier, um dos entraves para o avanço desses projetos são os altos custos com o licenciamento das atividades. "As cooperações internacionais poderiam contribuir nesse sentido, sempre com respeito à autonomia da vontade de cada etnia. Precisamos trazer os indígenas para as discussões e tratar dos temas diretamente com eles. O protagonismo tem que ser do indígena, que tem os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos", pontuou.

Recentemente, a Funai adquiriu 30 tratores para fornecer apoio às atividades produtivas em diversas aldeias no país. A intenção é garantir a segurança alimentar das diferentes etnias e possibilitar que elas ampliem a produção, investindo em processos de geração de renda. Ao todo, a Funai investiu de mais de R$ 4,6 milhões na aquisição do maquinário.

Ao longo da reunião, o presidente da Funai citou ainda as ações da fundação de combate à covid-19, com destaque para a entrega de cerca de 1 milhão de cestas básicas a famílias indígenas de todo o país durante a pandemia, o equivalente a 23 mil toneladas de alimentos. "Trata-se de um grande esforço do Governo Federal para proteção dos indígenas. Não temos medido esforços para levar as cestas básicas até as aldeias mais remotas", completou.

Apoio

Durante a reunião, Irisnaide de Souza Silva explicou que sua comunidade vem trabalhando em projetos de etnodesenvolvimento, com suporte da Funai, a fim de alcançar a independência econômica. "A Funai tem sido muito parceira no fortalecimento dos projetos desenvolvidos pela nossa comunidade, com base nas nossas necessidades", ressaltou.

Já Felisberto Cupudunepá expôs a necessidade de abertura de novos mercados para os produtos da floresta. Segundo ele, entre os itens com potencial de exportação estão o café e a castanha produzidos pelos indígenas. "A abertura de novos mercados é fundamental para valorizar a produção indígena e preservar a floresta. Desta forma, é possível gerar renda e melhorar a qualidade de vida dos indígenas, fazendo com que eles permaneçam nas aldeias", afirmou.

Assessoria de Comunicação / Funai