Conheça as três melhores pesquisas do grande prêmio da ciência brasileira

Imagem: Grandes Prêmios foram entregues no palco (Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)

Durante o Prêmio CAPES de Tese de 2023, na quinta-feira, 14, que reconheceu os 49 doutores e doutoras que desenvolveram as melhores teses do Brasil, três deles se destacaram. Eles receberam o Grande Prêmio CAPES de Tese, concedido aos melhores trabalhos selecionados nos três grupos de grandes áreas de avaliação: Engenharias, Ciências Exatas e da Terra e Multidisciplinar (Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar), Ciências Biológicas, Ciências da Saúde e Ciências Agrárias (Ciências da Vida), e Ciências Humanas, Linguística, Letras, Artes e Ciências Sociais Aplicadas (Humanidades).

Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, destacou que ao celebrar os trabalhos dos cientistas, “indicamos como suas produções impactam a sociedade, a cultura e o meio-ambiente do País”. Denise Carvalho, secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), adicionou: “Esta premiação reconhece a excelência dentre os excelentes”. Entre os três selecionados do Grande Prêmio, dois estudaram assuntos relacionados à temática indígena.

Imagem: Juliano Franco de Moraes (Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)

Para Juliano Franco de Moraes, da Universidade de São Paulo (USP), vencedor do Grande Prêmio Veridiana Victoria Rossetti, na categoria de Ciências da Vida, o momento reflete a valorização da cultura indígena, após período conturbado que colocou etnias em risco, em razão de conflitos em suas terras. Com a tese ‘A influência de aspectos socioculturais dos Povos Indígenas na estrutura, diversidade e composição da floresta amazônica’, ele demonstrou a importância da cultura e da língua indígena na promoção e proteção da biodiversidade de biomas em todo mundo, em especial da Amazônia.

Da área de Humanidades, veio o outro grande vencedor que pesquisou os saberes dos povos tradicionais. Com o trabalho ‘Tramas da Tecnologia: etnoarqueologia da variabilidade dos trançados dos povos do Mapuera’, Igor Morais Rodrigues, também da USP, venceu o Grande Prêmio Maria José Garcia Werebe. Para ele, sua pesquisa prova que “a persistência das coisas, nem sempre vai estar na durabilidade física de materiais, mas na relação de importância da vida das pessoas”. Ele explica que o reconhecimento também homenageia a memória de Renato Poriciwi Wai Wai, uma das pessoas que o incentivou na jornada.

Imagem: Igor Morais Rodrigues (Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)

Já na área de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, Sérgio Luiz Novi Junior, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), levou o Prêmio Luiz Pinguelli Rosa. Sua pesquisa representou um avanço da Física aplicada à Medicina, ao aprimorar uma técnica não invasiva que permite medir a atividade cerebral de forma contínua em cada indivíduo. Para ele o prêmio “abre portas e torna o currículo mais robusto”. Recentemente, o pesquisador terminou um pós-doutorado no Canadá onde levou a tecnologia desenvolvida para ser usada em pacientes em coma.

As teses das áreas de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar e Ciências da Vida e foram concedidas pelo Instituto Serrapilheira e o trabalho reconhecido em Humanidades foi entregue pela CAPES. Cada vencedor recebe uma bolsa para estágio pós-doutoral no exterior, e a Fundação dá R$9 mil aos orientadores, para que participem de congresso internacional.

Imagem: Sérgio Luiz Novi Junior (Naiara Demarco - CGCOM/CAPES)

Prêmio CAPES de Tese:
Há 17 anos, a CAPES realiza o Prêmio CAPES de Tese e o Grande Prêmio CAPES de Tese, em reconhecimento a pesquisadores que se destacam em suas áreas. Este ano, 25 das 49 áreas foram vencidas por mulheres.

Na seleção, são considerados os quesitos de originalidade, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural social e inovação, e qualidade e quantidade de publicações decorrentes da tese. Além desses, a metodologia utilizada, a qualidade da redação e a estrutura/organização do texto também entram nos critérios.

Em 2023, o Prêmio CAPES de Tese contou com 1.469 teses inscritas, o maior número de participantes em todas as edições, de 201 instituições de ensino superior. Dessas, 49 foram premiadas e 98 receberam menções honrosas.

A íntegra da premiação pode ser vista no canal da CAPES no YouTube.

(A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
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