Ranking ICCA 2024: Brasil entra para o Top 15 dos melhores destinos mundiais para turismo de negócios

O Brasil alcançou uma conquista histórica ao entrar para a lista dos 20 melhores destinos mundiais para o turismo de negócios, segundo o Ranking ICCA 2024 (International Congress and Convention Association). O país ocupa o terceiro lugar entre as Américas e é líder isolado na América Latina. Entre as cidades brasileiras mais bem posicionadas estão Rio de Janeiro, São Paulo, Foz do Iguaçu, Brasília e Campinas. O anúncio foi feito na última terça-feira (20), durante a IMEX Frankfurt, uma das maiores feiras globais do setor.

“O turismo de negócios é um motor poderoso para a economia brasileira, e essa conquista reforça nosso compromisso em transformar o Brasil em um destino globalmente competitivo neste setor. O mercado de eventos, especialmente os corporativos, é estratégico para gerar mais empregos, oportunidades e desenvolvimento sustentável para o país”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

De acordo com o levantamento, o Brasil realizou 234 eventos internacionais com perfil ICCA em 2024, número que supera em 17% a meta estipulada para o ano e representa um crescimento expressivo de 50% em relação a 2023. Para Sabino, os resultados refletem o esforço do Ministério do Turismo em aprimorar a infraestrutura turística, qualificar o atendimento aos visitantes e investir em estratégias para atração de eventos e promoção de destinos nacionais.

O impacto econômico do turismo de negócios é significativo: turistas corporativos gastam, em média, até três vezes mais do que visitantes de lazer, movimentando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio local. Além disso, os eventos deixam legados importantes, como inovação, qualificação profissional e desenvolvimento sustentável para as cidades-sede.

INTERIORIZAÇÃO - Um dos destaques do ano foi a ampliação do número de municípios brasileiros que sediaram eventos internacionais reconhecidos pela ICCA: em 2024, foram 42 cidades, um crescimento de 61,5% em relação às 26 registradas no ano anterior. Entre elas, Foz do Iguaçu se destacou ao registrar um aumento superior a 150% no número de eventos, mostrando uma tendência crescente de interiorização dessa agenda. Já o Rio de Janeiro manteve a liderança como principal destino entre as não-capitais da América Latina para congressos internacionais.

CONECTIVIDADE AÉREA - O fortalecimento da malha aérea também tem sido um pilar essencial para o crescimento do turismo de negócios no país. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação (Anac) a aviação doméstica transportou 7,9 milhões de passageiros em abril, um aumento de 9,6% em relação ao mesmo período de 2023 e o maior volume registrado para o mês desde 2015. Já no mercado internacional, o crescimento foi ainda mais expressivo: 1,9 milhão de viajantes, alta de 27,5% no comparativo anual. Essa expansão facilita o deslocamento de participantes de eventos e fortalece toda a cadeia produtiva do turismo.

ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO - Os avanços no setor fazem parte da estratégia do novo Plano de Marketing Internacional do Turismo Brasileiro, lançado pelo Ministério do Turismo e pela Embratur, com ações previstas até 2027. O plano estabelece diretrizes para consolidar a imagem do Brasil no exterior, promovendo seus diferenciais em natureza, cultura, infraestrutura e hospitalidade. As ações incluem campanhas promocionais, presença em feiras internacionais e parcerias com entidades do setor, como ABEOC Brasil, UneDestinos, AMPRO, ALAGEV e UBRAFE.

RANKING ICCA - Fundada em 1963, a ICCA é uma das principais referências mundiais no setor de eventos, reunindo dados de mais de 20 mil congressos internacionais. Para entrar no ranking, os eventos precisam ter perfil associativo, ser itinerantes entre pelo menos três países, reunir no mínimo 50 participantes e ocorrer regularmente.

Com a conquista da 15ª posição mundial, o Brasil consolida sua presença no radar global de organizadores e tomadores de decisão, ampliando oportunidades de negócios, atração de investimentos e desenvolvimento econômico para o setor turístico nacional.

Por Júlia de Aguiar
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo