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Jardim Botânico conclui plantios de recuperação da mata ciliar

Publicado em 13/04/2017 16h57 Atualizado em 31/10/2022 12h43

A recuperação da mata ciliar do Rio dos Macacos, iniciada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro no Horto em 2009, chegou à sua etapa final. Em 30 de março, a equipe de Conservação da Área Verde plantou mudas de 22 espécies, chegando assim a 56 espécies diferentes, todas da Mata Atlântica, introduzidas nas marges do rio desde o começo do projeto. As mudas foram cultivadas no Horto do JBRJ até alcançarem o tamanho ideal para o plantio.

"Como procuramos alguma diversidade, não ficamos restritos às plantas exclusivamente da Floresta Pluvial. Algumas ocorrem também nas Restingas, mas são ótimas fontes de alimentos para a fauna, característica que adotamos como prioridade na escolha das espécies. Existirá portanto, num futuro próximo, uma 'floresta ciliar' recuperada com espécies do bioma Mata Atlântica com fartura de recursos para a fauna local", explicou Tânia Sampaio Pereira, pesquisadora do JBRJ que coordenou o projeto e agora está aposentada.

O projeto Ações para Restauração Ecológica das Margens do Rio dos Macacos (projetos PIBIC/CNPq e FAPERJ) foi desenvolvido conjuntamente por duas diretorias do JBRJ: a Diretoria de Ambiente, Tecnologia e Conhecimento (Dicat) e a Diretoria de Pesquisa Científica (Dipeq), e contou com a parceria da Embrapa Solos. Também participaram do trabalho os alunos Pedro Rey Cardoso, Vinícius Andrade de Melo, Maria Branco Braz Pinto de Mendonça, Leonardo do Vale Terra e Stella Mata de Lara Rocha, bem como alunos do Projeto Pró-Florescer, do Centro de Responsabilidade Socioambiental do JBRJ.

Abaixo, a lista completa das espécies plantadas:

Espécies botânicas e o respectivo número de mudas plantadas para a Recuperação da Mata Ciliar na margem direita do Rio dos Macacos, no período de 2010-2017. (Fonte: Tânia Sampaio Pereira)
Espécie	Nome vulgar	Número de mudas
Acnistus arborescens	Marianeira	15
Alchornea iricurana	Iricurana	09
Andira anthelmia	Angelim - pedra	07
Campomanesia adamantium	Gabiroba do campo	10
Campomanesia laurifolia	Gabiroba	08
Campomanesia xanthocarpa	Guaribara	26
Cariniana legalis	Jequitibá	06
Cedrela odorata	Cedro rosa	02
Ceiba sp	Paineira	03
Ceiba speciosa	Paineira	06
Citharexylum myrianthum	Pau tucano	05
Coccoloba alnifolia	Cabuçu	07
Copaifera lucens	Copaíba	01
Cordia trichoma	Louro pardo	05
Crateva tapia	Tapiá ou trapiá	15
Diospyros inconstans	Maria preta	03
Erythrina falcata	Mulungu	01
Erythrina verna	Mulungu	02
Erythroxylum pulchrum	Arco de pipa	41
Eugenia brasiliensis	Grumixama	06
Eugenia candolleana	Cambuí	20
Eugenia copacabanensis	Princesinha de Copacabana ou Bapuana	15
Eugenia itaguahiensis	Grumixama anã	05
Eugenia macrosperma	Cambucá preto	15
Eugenia pyriformis	Uvalha ou Uvaia	08
Eugenia selloi	Pitangatuba	08
Eugenia sulcata	Pitanga preta	15
Euterpe edulis	Palmito	84
Gallesia integrifolia	Pau Alho	03
Garcina macrophylla	Bacuripari
Genipa americana	Jenipapo	45
Handroanthus chrysotricus	Ipê amarelo	02
Handroanthus heptaphyllum	Ipê roxo	11
Inga edulis	Ingá cipó	21
Inga laurina	Ingá branco	19
Inga lenticellata	Ingá	06
Inga vera	Ingá banana	28
Jacaratia spinosa	Jacaratiá	08
Joannesia princeps	Boleira	03
Kielmeyra excelsa	Kilmeiera
Lecythis pisonis	Sapucaia	06
Machaerium nyctitans	Bico de pato	03
Machaerium leucopterum	Jacarandá de espinho	02
Myrsine umbellata	Capororoca	43
Pachira glabra	Castanheira da Praia	01
Piptadenia gonoacantha	Pau jacaré	324 (*) +
Plinia edulis	Cambucá	17
Psidium cattleyanum	Araçá-da-praia	56
Rollinia mucosa	Araticum	15
Schizolobium parayba	Guapuruvú	08
Sideroxylon obtusifolium	Quixabeira	08
Simira sampaioana	Maiate	04
Swartzia langsdorffii	Pacová de macaco	12
Talisia esculenta	Pitomba	15
Virola bicuyba	Bicuíba vermelha	10
Vitex megapotamica	Tarumã	09

(*) plântulas provenientes da semeadura direta de Piptadenia gonoacantha

Algumas das mudas plantadas em março de 2017
Foto: CCAV/Dicat/JBRJ

Em 2013 já era possível ver o desenvolvimento das primeiras espécies plantadas
Foto: Tânia Sampaio

Vista aérea e trecho da mata ciliar em 2012
Foto: Vinícius Andrade de Melo