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Tomada de Subsídio - Especificação Técnica Lacre Eletrônico
Órgão: Receita Federal
Setor: RFB - Coordenação-Geral de Administração Aduaneira
Status: Encerrada
Abertura: 04/07/2025
Encerramento: 10/10/2025
Contribuições Recebidas: 10
Resumo
Resumo
A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil almeja, por meio da presente tomada de subsídios, obter contribuições da sociedade sobre as especificações técnicas propostas, a viabilidade econômica para fabricação e sugestões de tecnologias existentes aplicadas em dispositivos de rastreamento de unidades de carga do tipo contêiner e de veículos de carga de carroceria fechada.
Contexto
O regime especial de Trânsito Aduaneiro no Brasil possui sua regulamentação em norma publicada em 2002 e, ao longo dos anos, não evoluiu adequadamente às demandas dos intervenientes desse processo.
Há uma grande exposição a riscos e a ocorrência de ilícitos, cuja prevenção constitui um desafio à Aduana. Os controles são extremamente burocráticos e se restringem ao início do trânsito, na unidade de origem, e à conclusão, na unidade de destino.
O acompanhamento fiscal do veículo durante o percurso do trânsito, umas das cautelas fiscais previstas na norma, além de antieconônico, é impraticável devido a grande quantidade de processos e o reduzido efetivo de servidores da Receita Federal do Brasil. Só em 2024, foram mais de 431 mil declarações de trânsito aduaneiro concluídas!
As tecnologias atualmente disponíveis oferecem oportunidades para a simplificação de rotinas e a melhoria do controle fiscal, possibilitando o acompanhamento em tempo real das cargas objeto de Trânsito Aduaneiro.
Dispositivo de rastreamento
O monitoramento de cargas sob controle aduaneiro é prática adotada por diversos países de modo a garantir a segurança, a fluidez e a transparência na movimentação das cargas em trânsito aduaneiro.
A gama de utilização do dispositivo é ampla: desde como uma cautela fiscal do trânsito aduaneiro ou, até mesmo, como alicerce de um novo processo de controle baseado em informações eletrônicas em tempo real, eliminando a tramitação de documentos em papel e a execução de etapas manuais sob responsabilidade das autoridades aduaneiras.
O emprego conjugado de dispositivos móveis, georreferenciamento e gestão de riscos, integrados em uma plataforma de monitoramento remoto das cargas em trânsito, oferece a oportunidade de conciliar a agilidade desejada pelos operadores e a segurança necessária ao regime de Trânsito Aduaneiro.
Tomada de subsídios
Diante do exposto, a Secretaria da Receita Federal do Brasil almeja, por meio da presente tomada de subsídios, obter contribuições da sociedade sobre os requisitos técnicos propostos para um dispositivo de rastreamento a ser aplicado em uma unidade de carga do tipo contêiner ou a um baú metálico fechado de um veículo de carga, para averiguar a viabilidade técnica e econômica de sua construção em escala comercial, cuja aquisição será de responsabilidade dos transportadores habilitados ao trânsito aduaneiro.
As contribuições deverão ser registradas diretamente na plataforma Participa + Brasil, por usuário logado no Gov.br, no espaço reservado abaixo de cada um dos itens dos requisitos técnicos.
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FINALIDADE:
O dispositivo visa monitorar, em tempo real, unidades de
carga do tipo contêiner ou baú metálico fechado durante o trânsito aduaneiro, permitindo
a sua rastreabilidade, auferindo maior segurança no processo e na integridade
da carga.
FUNCIONALIDADES PRINCIPAIS:
- Geolocalização: Determinação da posição via GNSS (GPS, A-GPS), com coleta de dados a cada 5 minutos.
- Transmissão de Dados: Envio de pacotes de mensagens com localização e estado dos sensores via rede celular (preferencialmente 4G com perfil Cat-M), satelital ou outra tecnologia adequada.
- Armazenamento Local: Capacidade de armazenar dados de localização e sensores durante todo o percurso, com envio posterior em caso de falha de comunicação.
- Energia:
- Bateria de íons de lítio recarregável com carregamento indutivo (tecnologia Qi).
- Alimentação direta do veículo para recarga e funcionamento contínuo.
- Circuito de gerenciamento de bateria (BMS).
- Interface de Usuário:
- LED RGB programável para funções básicas.
- Ativação via tag NFC embarcada.
- Laçada de Segurança:
- Monitoramento por fibra óptica interna.
- Detecção de violação por comparação de códigos ópticos.
- Abertura e fechamento controlados remotamente via plataforma da RFB .
- Monitoramento do encaixe da laçada.
- Monitoramento da posição da lingueta de travamento da laçada.
- Integridade da Carcaça do Dispositivo:
- Monitoramento por trilhas metálicas embutidas no plástico.
- Detecção de violação aciona envio de alerta e processo de autodestruição de dados e firmware.
- Sensores:
- Acelerômetro e giroscópio acoplados à placa.
- Cada sensor conectado ao dispositivo deve possuir código único e descrição do ponto monitorado.
- Mudanças de estado (eventos de segurança e integridade) geram envio imediato de mensagem, independentemente do intervalo regular.
- Microcontrolador:
- Arquitetura de 32 bits (Xtensa, ARM ou RISC-V).
- Suporte a TCP/MQTT, criptografia, OTA.
- Exemplo: ESP32-WROVER E com 16MB Flash e 8MB RAM.
- Modem:
- Conectividade 4G com GPS integrado (ex: SIM7600-SA).
- Compatível com redes 2G/3G/4G e futura integração com 5G e e-SIM.
- Placa de Desenvolvimento:
- Base: Lilygo TTGO T-PCIE com suporte a modem SIMCO.
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TRANSMISSÃO DE DADOS:
- Intervalo máximo de transmissão: 40 km ou 30 minutos, ajustáveis por parâmetros a serem definidos via plataforma RFB ou firmware RFB instalado no dispositivo.
- Em caso de falha de comunicação, os dados devem ser enviados em ordem cronológica assim que restabelecida a conexão, sem perdas ou duplicações.
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REQUISITOS ADICIONAIS:
- Atender às regulamentações dos órgãos de
controle pertinentes (INMETRO, ANATEL, entre outros) e obter as certificações
necessárias para produção e comercialização.
- Ter um ciclo de vida superior a 10 anos, suporte
a vibração e a temperaturas extremas (-45°C até 85°C).
- Possuir recursos que inibam a engenharia reversa
de hardware e software (mecanismos anti-violação física e lógica), como, por
exemplo, Tampering, Auto-destruição, entre outros.
- Apresentar proteção mínima IP66.
- Atender as diretivas RoHS (Restrictions of
Certain Hazardous Substances) em relação a restrições à substâncias perigosas.
- Ser fixado em superfície metálica, próximo à
porta, permitindo a laçada do dispositivo para monitoramento de sua abertura.
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