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DEZEMBRO LARANJA
HU-UFSC colabora com atendimento especial à população para investigar câncer de pele
Neste mês dedicado à prevenção ao câncer de pele, tipo de tumor mais prevalente na população brasileira – segundo o Ministério da Saúde -, o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), colaborou, no sábado, dia 2 de dezembro, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional de Santa Catarina – para a realização de um mutirão para diagnóstico precoce e tratamento da doença.
A iniciativa atendeu 111 pessoas com algum tipo de lesão na pele, como manchas, sinais com deformidades, coceira persistente, sangramentos, feridas e cicatrizes que não fecham (por mais de quatro semanas). Após a etapa de triagem realizada pela equipe de dermatologia, 16 casos apresentaram alguma indicação da necessidade de acompanhamento e tratamento cirúrgico.
Em Florianópolis, a campanha foi realizada graças ao apoio essencial do Município e dos dedicados profissionais de saúde da Policlínica Municipal localizada no Estreito. Os 16 pacientes diagnosticados com algum tipo de câncer de pele estão agora recebendo os cuidados necessários e aguardam procedimentos cirúrgicos para sua plena recuperação.
O médico dermatologista Marcelo Rigatti, coordenador estadual da Campanha Dezembro Laranja, explica que o Hospital Universitário contribuiu com todo o seu staff de dermatologistas e residentes para que o Mutirão acontecesse. Além disso, todos os casos identificados como câncer de pele serão regulados e operados pela área de Dermatologia do HU-UFSC. “Queremos expressar nossa profunda gratidão a todos os dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia que se voluntariaram para participar desse mutirão, aos residentes dos serviços credenciados em dermatologia, aos alunos de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade do Sul (Unisul), e aos profissionais de saúde da Policlínica que generosamente contribuíram para o sucesso dessa iniciativa.
Câncer de pele
O câncer de pele, conforme explica Marcelo, é uma alteração das células que se multiplicam de forma anormal. Existem dois tipos de classificação da doença: o não melanoma, mais frequente na população, que pode se desenvolver nas células basais (na camada mais profunda da epiderme, chamado de carcinoma basocelular), ou nas células mais superiores da pele (chamado de carcinoma espinocelular).
Já o melanoma, forma mais grave da doença, recebe este nome porque atinge os melanócitos, células responsáveis pela cor de pele. As observações são feitas nas manchas, quanto a sua assimetria, bordas, tonalidade, diâmetro (maior que seis milímetros) e histórico. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, entre 2023 e 2025, a cada ano surjam mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma, enquanto para o melanoma são esperados quase nove mil casos por ano.
Uma dica importante para que a pessoa se conheça melhor e procure um especialista é a “regra do ABCDE” para lesões, sendo o A de assimetria; o B de bordas irregulares; o C de cor (duas ou mais); o D de diâmetro maior que 5 milímetros; e o E de evolução (alteração de tamanho, forma e cor).
Além do diagnóstico feito por meio de análise clínica durante consulta para avaliação das lesões, pode ser sugerida biópsia, quando necessário. A depender de cada caso, levando em consideração o tamanho e o nível do tumor, associada à cirurgia podem ser indicadas a quimioterapia e radioterapia.
Previna-se!
As medidas preventivas contra o câncer de pele envolvem cuidados relacionados à fotoproteção. Por isso, recomenda-se o uso de protetor solar diário, com reaplicações a cada duas horas, inclusive após transpiração excessiva e mergulho; uso de roupas protetoras (UV), chapéus e óculos, especialmente em ocasiões com forte incidência solar e para trabalhadores que estão expostos ao sol.