Programa para eliminação de doenças determinadas socialmente é apresentado em evento

Na última semana, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, que também é coordenador executivo do Comitê Interministerial para a Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds) foi palestrante do encontro semanal do Centro de Estudos Instituto Oswaldo Cruz e apresentou o programa Brasil Saudável. A palestra está disponível neste link.

Durante a apresentação, Draurio discorreu sobre o contexto em que o Programa – lançado no dia 7 de fevereiro – foi criado, quanto à lista de doenças e respectivas metas de eliminação e os municípios prioritários para o Brasil Saudável. O coordenador, como sempre, se mostrou otimista em relação às metas e, como exemplo, comentou que as metas 95-95-95 para a eliminação da aids estão prestes a serem alcançadas, pois o Brasil já chegou a 91-81-95 e que 90 municípios solicitaram a Certificação Subnacional pela Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou sífilis em 2023.

Sobre o estado atual do Brasil Saudável, Draurio destacou que o momento é de ação. “O lançamento do Programa acende o sinal de que essa é a hora de entrar em ação nos territórios prioritários”. Segundo ele, em março, o plano do Programa será colocado em consulta pública para que a sociedade civil possa contribuir com sugestões e discussões relacionadas à gestão. “O Brasil Saudável começa a ganhar uma dimensão nacional. Estamos buscando um refinamento do ponto de vista de gestão”, apontou.

Um ponto destacado com ênfase por Draurio Barreira, foi a relevância da participação da sociedade civil e dos movimentos sociais no Brasil Saudável, além do trabalho conjunto entre os demais ministérios. Ele explicou que o Programa é um desdobramento do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds), uma ação interministerial que envolve, além do Ministério da Saúde, outras 13 pastas operando junto à organização da sociedade civil, à Secretaria de Relações Internacionais e ao Ministério das Relações Exteriores.

Ao destacar as diretrizes do Programa, Draurio afirmou que os objetivos só serão alcançados por meio do esforço conjunto em prol da ampliação dos direitos humanos em territórios de vulnerabilidade. “Muito do sucesso do Brasil Saudável, se dará pelo engajamento da sociedade”. Para exemplificar o papel da sociedade civil na atual gestão da Saúde, Draurio lembrou a reativação dos fóruns de participação coletiva na primeira semana da nova gestão do Dathi. O coordenador destacou que um dos maiores legados do atual governo será a eliminação das doenças e infecções determinadas socialmente como problemas de saúde pública.