Especialistas da AIEA visitam o Reator Argonauta do IEN/CNEN

O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN) recebeu na última quinta-feira, 7 de novembro, uma comitiva com a presença de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), onde eles puderam conhecer o Reator Argonauta, inaugurado em 1965. Essa visita encerrou uma série de eventos promovidos entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Amazônia Azul de Tecnologias de Defesa S/A (Amazul), com o objetivo de consolidar a gestão de conhecimento dessas duas instituições.

A visita coordenada por Danielle Monegalha, que atua na Gestão de Conhecimento do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), contou também com a participação de representantes da Amazul e do Laboratório de Poços de Caldas (Lapoc/CNEN), que foram recepcionados pela equipe do Setor de Comunicação Social (SETCOS) do IEN e guiados nessa visitação pelo chefe do Serviço do Reator Argonauta (SEREA), André Luis Nunes Barbosa. 

O grupo pôde conhecer a história da criação do reator, que em 2025 completará 60 anos da sua primeira criticalidade, e todo o trabalho operacional executado pelo SEREA para fins de pesquisa e desenvolvimento de atividades nas áreas de física de reatores e física nuclear aplicada.

André Luis Barbosa, chefe do SEREA/IEN, explicando sobre o núcleo do Reator Argonauta aos visitantes. Foto: Gledson Júnior.

“É um reator histórico para o nosso país, faz parte da história nuclear do Brasil. Portanto, a oportunidade de trazer a comitiva para o Argonauta foi sensacional”, afirma Tomé de Souza Machado, Gerente de Gestão de Conhecimento da Amazul.

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Os três experts da AIEA - Michaela Ovanes, Gary Cairns e Martin Dugage – fazem parte do setor de Visita de Assistência à Gestão do Conhecimento da agência (KMAV, do inglês Knowledge Management Assist Visit), serviço de avaliação por pares, com a missão de auxiliar as organizações nucleares a implementarem e fortalecerem os seus programas de gestão do conhecimento.

De acordo com Tomé Machado, a parceria entre Amazul e CNEN existe no sentido de trazer uma equipe técnica em gestão de conhecimento da Agência Internacional de Energia Atômica ao Brasil, em função da relevância atual desse assunto na área nuclear.

Desta forma, a presença de representante da principal agência internacional de energia nuclear nas instituições que atuam no setor no país, como o IEN/CNEN, comprova a percepção exterior sobre a importância do Brasil nas discussões sobre o avanço da ciência nuclear tanto na gestão de conhecimento quanto em projetos relacionados à sustentabilidade e geração de fontes renováveis de energia.

Escrita por: José Lucas Brito