A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis). Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
Os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de vacinação.
- Nas crianças a imunidade à doença é adquirida quando elas tomam as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
- Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível novamente à doença porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
Transmissão
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível. O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Sintomas
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
- Mal-estar geral.
- Corrimento nasal.
- Tosse seca.
- Febre baixa.
Importante: Esses sintomas iniciais podem durar até semanas, época em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem.
- Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada.
- A tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração.
- A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo.
Importante: Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem durar até mais de um mês. É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves em relação às crianças. A gravidade da doença também está relacionada à falta de imunidade e à idade.
Diagnóstico
O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir os seguintes exames: Coleta de material de nasofaringe para cultura; PCR em tempo real. Como exames complementares, podem ser realizados hemograma e raio-x de tórax.
Diagnóstico Diferencial: Deve ser feito com as infecções respiratórias agudas, como traqueobronquites, bronquiolites, adenoviroses, laringites, entre outras. Outros agentes também podem causar a síndrome coqueluchóide, dificultando o diagnóstico diferencial, entre os quais Bordetella parapertussis, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae e Adenovírus (1, 2, 3 e 5). A Bordetella bronchiseptica e a Bordetella avium são patógenos de animais que raramente acometem o homem (exceto quanto imunodeprimidos).
Diagnóstico Laboratorial: Realizado mediante o isolamento da B. pertussis pela cultura de material colhido de nasorofaringe, com técnica adequada ou pela técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) em tempo real.
A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes do início da antibioticoterapia ou, no máximo, até 03 dias após seu início.
Tratamento
O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas. As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche, frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os sintomas nelas são mais severos e podem provocar a morte.
Complicações
A maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas e maiores complicações. No entanto, nas formas mais graves podem ocorrer alguns quadros mais severos, como Hérnias Abdominais. Em crianças, especialmente as menores de seis meses, as complicações são mais graves e podem incluir, por exemplo:
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