Discurso do vice-presidente, Geraldo Alckmin, na Cerimônia para liberação de recursos às entidades filantrópicas de saúde

Bom dia a todas e a todos.

Quero cumprimentar o presidente Lula,

O senador Venziano Vital do Rêgo, presidente em exercício do Senado,

Ministra da Saúde, Nísia Trindade, cumprimentando-a pelo trabalho,

Saudar o ministro Alexandre Padilha, que foi ministro da Saúde,

Cumprimentar o deputado Antonio Brito, coordenador da Frente Parlamentar,

Mirocles Véras, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia do Brasil,

Senadores, ministros, deputados,

Amigos e amigas,

É uma alegria, presidente Lula, estar aqui. O senhor foi um dos que construiu o SUS, deputado federal constituinte, e lá foi aprovada a Seguridade Social brasileira e o Sistema Único de Saúde, um dos melhores do mundo, que é o SUS, com a universalidade, a equidade e a integralidade – vai da vacina até o transplante de coração.

Na campanha eleitoral, presidente, eu fui representá-lo no Congresso das Santas Casas. E assumi lá um compromisso em seu nome, dizendo: olha, trago aqui o reconhecimento do presidente Lula, do trabalho extraordinário que é feito, e o compromisso de ser parceiro, de ajudar as filantrópicas, especialmente no seu financiamento, que é a grande dificuldade.

O Sr. vai hoje à noite para Portugal, e essa [as Santas Casas] é uma inspiração portuguesa, lusitana, a primeira Santa Casa do mundo é em Portugal. E no Brasil, hoje, funcionando, a Santa Casa de Santos, é de 1543, é Brás Cubas, e nasceu inspirada em valores de fraternidade, de amor ao próximo.
A rainha Leonor de Avis de Lencastre, no século XV, ela era a mulher mais rica da Europa, dizia: quando eu morrer, quero ser enterrada em um lugar de passagem, para que todos pisem sobre a minha campa, para lembrar da pequenez das coisas materiais, frente a grandeza da eternidade.

Então, foi com esses valores que nasceram as Misericórdias. E até hoje continuam fazendo um trabalho maravilhoso. Presente, aliás na nossa história. As faculdades de medicina e de enfermagem nasceram com as Santas Casas. Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, não existia hospital público, eram as Santas Casas, que deram origem aos cursos. E continua até hoje, porque a maior rede de residência médica é das Santas Casas, está nas Santas Casas. Por isso, que quando governador, nós criamos um programa chamado Santas Casas Sustentáveis. Santa Casa menor, 20% a mais na tabela do SUS. Santa Casa média, 40% a mais na tabela SUS. E as maiores, 70%, a mais da tabela SUS, para ajudar que elas cresçam.

As Santas Casas estão no Brasil inteiro, uma capilaridade enorme, até em Pindamonhangaba. Eu nasci na Santa Casa de Pindamonhangaba, os meus filhos nasceram na Santa Casa de Pindamonhangaba. E o único hospital que atende o SUS, tem mais de um lá, mas o único que atende o SUS são as Santas Casas. Presente no Brasil inteiro.

Em alusão a Menotti Del Picchia, em Juca Mulato: “a própria dor, na terra Natal, dói menos”. Parabéns e bom trabalho!