Lula: “Minha marca será a maior política de inclusão da história desse país”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não precisou de muito tempo para pensar. Perguntado sobre a síntese da gestão de seu terceiro mandato à frente da Presidência da República, resumiu: “A minha marca vai ser a maior política de inclusão social da história desse país”. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, estado onde cumpre agenda nesta sexta-feira, 29 de agosto.

Ao detalhar a afirmação, Lula citou programas e ações prioritárias do Governo Federal que pretende ver consolidados até o fim de 2026. “Minha marca vai ser o PROUNI, o FIES, os Institutos Federais, o combate à fome, o Luz do Povo. A minha marca vai ser o gás de graça para as pessoas mais pobres desse país”, listou.

PÉ-DE-MEIA E TEMPO INTEGRAL – Outras ações de inclusão social se conectam ao campo da educação. O presidente ressaltou o Pé-de-Meia e a Escola em Tempo Integral, e destacou avanços na saúde promovidos em Minas Gerais. “Nós criamos um programa como o Pé-de-Meia, que só em Minas Gerais tem quase 350 mil crianças recebendo, para garantir que as crianças não desistam da escola. Estamos fortalecendo a Escola de Tempo Integral. Na saúde, em Minas Gerais tinha mil e poucos médicos. Nós dobramos o número de médicos aqui”, disse, em referência ao programa Mais Médicos. A lista de programas sociais retomados e aprimorados na atual gestão inclui ainda o Bolsa Família, o Farmácia Popular e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). 

ECONOMIA – O presidente afirmou que trabalha para que o Brasil volte a figurar entre as seis maiores economias do mundo e destacou a saída do país do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas. “Nós estamos vivendo esse mundo da transição energética em que o Brasil tem uma chance extraordinária de dar um salto de qualidade e se transformar num país de economia sólida. Eu sonho em levar o Brasil para a sexta ou quinta economia do mundo. Já levamos uma vez. É só a gente acreditar. Em dois anos e meio, tiramos 30 milhões de pessoas do Mapa da Fome. Esse país voltou a comer, a crescer, a viajar. Os voos estão todos lotados, para dentro e para fora do país”, listou.

IMPOSTO DE RENDA E HABITAÇÃO – O presidente também adiantou que o governo trabalha em um grande plano para o setor de habitação, à parte da retomada do Minha Casa, Minha Vida, e mostrou confiança na aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, em tramitação no Congresso. “Vamos lançar uma grande política de habitação. Vai ser a maior política de investimento na construção civil já feita na história desse país. Vamos agora votar a isenção de Imposto de Renda para todas as pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. Temos o Luz do Povo, que garante que as pessoas que consomem até 80 quilowatts não paguem nada de energia. Passamos dois anos reconstruindo esse país. Agora, estamos fazendo a colheita”, registrou Lula.

NOVO PAC – O presidente está em Minas Gerais para dois eventos. Em Contagem, acompanha o anúncio de investimentos em mobilidade urbana em 12 estados que superam R$ 9 bilhões via Novo PAC. No evento, entrega um dos trechos da reforma da Avenida Maracanã e confirma a expansão do metrô de Belo Horizonte, com investimento de R$ 1 bilhão. O projeto prevê a implantação de 3,6 quilômetros e duas novas estações — Parque São João e Beatriz — a partir da Estação Novo Eldorado, atualmente em construção. “Um bilhão de reais para ligar três estações. A estação do Parque São João e Beatriz, a partir da estação Novo Eldorado, que já está em construção”.

BIOCOMBUSTÍVEIS – Na sequência, Lula segue para Montes Claros, para inaugurar a Agripark. “É uma empresa que está incentivando pequenos produtores a plantarem mudas de macaúba, que vai ter um investimento total de quase três bilhões de reais para em biocombustíveis”.

RETORNO – O presidente adiantou que pretende retornar em breve a Minas Gerais para novos anúncios. “Venho aqui lançar o Gás do Povo e fazer uma assinatura de R$ 446 milhões para que a gente possa favorecer o transporte elétrico em Minas Gerais, comprar novos ônibus, e consertar 64 quilômetros de faixas exclusivas para transporte coletivo em Belo Horizonte”.