Com investimento de R$ 1,8 bi, Escola de Sargentos das Armas será maior projeto do Exército desde a década de 1940

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã desta sexta-feira, 19 de janeiro, da cerimônia de assinatura do Termo de Compromisso para a construção da Escola de Sargentos das Armas, em Recife (PE).

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Esse é um empreendimento capaz de mudar a vida de muitas pessoas que moram na região. Apenas em sua construção, devem ser gerados mais de 11 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. Mas isso é apenas o começo"

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

O empreendimento será o maior projeto do Exército desde a construção da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), na década de 1940. O presidente Lula destacou a importância da iniciativa para a geração de empregos e o crescimento econômico local. "Esse é um empreendimento capaz de mudar a vida de muitas pessoas que moram na região. Apenas em sua construção, devem ser gerados mais de 11 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. Mas isso é apenas o começo", pontuou.

"Pernambucanos e demais nordestinos que queriam ingressar na carreira militar tinham que ir para o Sul ou Sudeste para receber sua formação. A nova escola representará o movimento inverso: brasileiros de todos os estados estarão aqui movimentando a economia e explorando a cultura regional", completou o presidente.

Para o ministro da Defesa, José Múcio, esse é um marco na formação de militares no Brasil. "Tenho a satisfação de compartilhar com as senhoras e com os senhores esse dia histórico para o estado, que marcará a região como importante polo de formação de recursos humanos para o Exército Brasileiro. O governo do presidente Lula dedica especial atenção ao Nordeste", afirmou.

A Escola de Sargentos das Armas será construída no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), em Aldeia, no município de Paudalho, na Zona da Mata de Pernambuco, e tem como objetivo reunir, na região metropolitana do Recife, 16 estruturas de ensino que atualmente formam os sargentos de carreira do Exército Brasileiro. A obra terá um investimento total de R$ 1,8 bilhão.

O projeto tem como maior parceiro estratégico o Governo de Pernambuco, que atua para contribuir com aspectos relacionados à infraestrutura onde será construída a escola.

Citando o exemplo da Academia Militar das Agulhas Negras, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, expressou entusiasmo com o avanço que a implementação traz para o estado e a região. "Pra quem viu de perto o crescimento da cidade de Resende, no Rio de Janeiro, pode contemplar e esperar a expectativa positiva daquilo que vai haver de transformação na região metropolitana do nosso estado, um lugar de muita desigualdade, como Pernambuco inteiro, o Nordeste brasileiro, mas onde a gente vai ter um ciclo de muita prosperidade a partir dos investimentos que estão acontecendo aqui", declarou.

A ESCOLA – O projeto traz substanciais legados sociais, econômicos, educacionais e ambientais, ao longo dos anos de construção do empreendimento, que pretende ativar o complexo escolar, com o campus educacional, um batalhão de apoio à instrução e duas vilas militares, para os instrutores e monitores e suas famílias.

Atualmente, a formação de sargentos do Exército acontece em 16 diferentes locais no país. Já a formação de oficiais é centralizada no município de Resende (RJ). Com a construção da Escola de Sargentos, todas as 16 locações serão descontinuadas.

Ao todo, 6,2 mil pessoas vão residir na área da escola — que dispõe de uma base de suporte localizada em Recife que inclui atendimentos médicos e hospitalares, depósito de suprimentos e espaço para familiares. O terreno reservado à obra tem 7.549 hectares, e 90 hectares serão ocupados com a construção da escola.

Serão cerca de 2.200 alunos, formados em 16 especialidades distintas, em dois anos de preparação, com uma educação superior de nível tecnólogo.

COMANDO MILITAR DO NORDESTE – Também nesta sexta-feira (19), o presidente Lula participou da cerimônia de passagem de cargo do Comando Militar do Nordeste. Na ocasião, o então comandante, general Kléber Vasconcelos, passou a função para o novo comandante militar do Nordeste, general Maurílio Ribeiro.