Lula e Ana Moser visitam treino de reconhecimento da seleção feminina de futebol

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra do Esporte, Ana Moser, visitou a seleção brasileira feminina de futebol neste sábado (1º/7), no Estádio Nacional Mané Garrincha, pouco antes do treino de reconhecimento do campo. A equipe está na fase final da preparação antes da viagem para a Copa do Mundo e encara a seleção do Chile no domingo (2), às 10h30.

Após cumprimentar as jogadoras, Lula disse que o futebol feminino tem mostrado uma evolução, porém é preciso assegurar a prática do esporte para as mulheres na mesma proporção que os homens já tiveram. "Nas escolas, têm que ter espaço para a prática de futebol", orientou. "Vocês têm que escolher o que querem praticar e a escola tem que se adaptar à vontade e à necessidade das alunas que querem praticar futebol", defendeu o presidente.

Lula disse ser um torcedor do futebol feminino, que sonha com o dia em que esse esporte possa lotar estádios. "É um trabalho de politização, de divulgação, de convencimento das pessoas". Ele lembrou que um dos primeiros pedidos da ministra Ana Moser, logo na ocasião de sua nomeação, foi sobre a necessidade de se dedicar grande atenção ao esporte feminino.

A gente vai sim, para essa Copa do Mundo, representar tantas mulheres que jogam, ou que não jogam, mas que são mulheres de fibra, de garra e que têm o sonho de serem valorizadas como merecem
TAMIRES GOMES
Lateral-esquerda da Seleção Brasileira

BOLSA ATLETA — Ana Moser mencionou que o presidente Lula deverá sancionar, na segunda-feira (3), a Lei do Programa Bolsa Atleta para as gestantes, que poderão continuar recebendo o benefício durante a gravidez e até 6 meses após o nascimento. As atletas poderão ainda solicitar nova bolsa para a retomada dos treinos e da prática esportiva, visando ao alto desempenho após a maternidade.

Entre as 26 convocadas (incluindo as três suplentes) que vão jogar o amistoso no Mané Garrincha neste domingo, 19 são beneficiárias do Bolsa Atleta. Desde 2005, o governo mantém um dos maiores programas de patrocínio individual no mundo, que garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições. Atualmente, são seis as categorias de bolsa oferecidas: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico e Pódio.

MULHERES DE FIBRA — A lateral-esquerda Tamires Gomes disse que a ida da seleção à Copa fortalece o sonho de tantas meninas que têm o desejo de jogar futebol. “E a gente vai sim, para essa Copa do Mundo, representar tantas mulheres que jogam, ou que não jogam, mas que são mulheres de fibra, de garra e que têm o sonho de serem valorizadas como merecem”, celebrou.

A partida contra as chilenas marcará a despedida do Brasil antes da viagem para a Austrália e Nova Zelândia, onde ocorrerá a Copa do Mundo, nos meses de julho e agosto. Pela primeira vez na história a competição contará com 32 seleções e a seleção brasileira estreia no dia 24 (às 8h), contra o Panamá, no Hindmarsh Stadium, em Adelaide.

“Estamos muito felizes em receber e abraçar a nossa seleção de futebol feminina em Brasília, que vai para o outro lado do mundo construir mais um capítulo da sua história. Que elas levem nosso carinho e nossa torcida para representar a maior paixão das brasileiras e brasileiros”, disse a ministra Ana Moser.

FAVORITISMO — Em busca do título inédito na competição, a seleção da técnica sueca, Pia Sundhage, carrega a responsabilidade de ser uma das favoritas a levantar a taça. E para isso, conta com a experiência de Marta.

Aos 37 anos, a meia-atacante — eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo – disputará o seu 6º mundial com o mérito de ser a maior artilheira (entre homens e mulheres) do torneio, com 17 gols.