"Metamorfose", de Franz Weissmann

Escultura. Metamorfose. Franz Weissmann. 252x70cm.

Entre as criações do escultor Franz Weissmann (Knittelfeld, Áustria, 1911 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005), está a obra Metaformose, instalada no mezanino do Palácio Itamaraty, em Brasília.

A obra, como o próprio nome indica, sugere transformação: sua percepção se altera de acordo com o ponto de vista do observador, produzindo múltiplas experiências visuais. Ao deslocar-se em torno da peça, o público é convidado a perceber formas que se abrem, se fecham e se reorganizam em um constante jogo entre presença e ausência, cheio e vazio.

Essa dimensão mutável permite estabelecer um paralelo com a própria prática diplomática. Assim como a escultura apresenta diferentes faces a depender da perspectiva, também nas negociações internacionais convivem visões diversas, que não se anulam mutuamente, mas demandam compreensão recíproca e busca de consensos. “Metamorfose”, nesse sentido, transcende a condição de obra plástica para se tornar metáfora da diplomacia e do diálogo entre nações.

Escultura Metamorfose, ao fundo. Mezanino do Palácio Itamaraty em Brasília. Créditos: AIG/MRE.

O artista

Franz Joseph Weissmann nasceu em Knittelfeld, Áustria, em 1911, e chegou ao Brasil ainda criança, em 1921. Tornou-se um dos principais nomes da escultura moderna no país, pioneiro na introdução do construtivismo e integrante do Grupo Frente e do Neoconcretismo. Sua obra é marcada pela investigação da geometria, pelo uso criativo do espaço vazio — que o artista chamava de “vazio ativo” — e pela construção de formas que estimulam a interação entre arte, ambiente e público.

Após experiências figurativas em sua juventude, Weissmann consolidou um estilo rigoroso e experimental, explorando cortes, dobras e planos em materiais como ferro, alumínio e aço. Autor de esculturas emblemáticas em espaços públicos no Brasil e no exterior, destacou-se pela capacidade de integrar arte, arquitetura e espaço urbano, criando obras que convidam à contemplação e ao diálogo.

Fonte: Itaú Cultural (adaptado).

Franz Weissmann, (S.D). Fonte: Dan Galeria, autoria desconhecida.