Notícias
GESTÃO
MEC investiu na educação para transformar vidas em 2025
Foto: Luís Fortes/MEC
Em 2025, o Ministério da Educação (MEC) completou 95 anos de atuação em prol da educação pública brasileira. Da creche à pós-graduação, o MEC é o ministério das políticas públicas educacionais, essenciais para a construção de uma nação soberana capaz de transformar vidas por meio do desenvolvimento social, econômico e humano.
O ministério olhou como nunca para a educação básica. A partir do diálogo permanente com estados e municípios, o MEC voltou a investir em políticas públicas que asseguram um espaço escolar protegido, em tempo integral, com uma alimentação adequada e que garantem todo o apoio necessário para que crianças e jovens iniciem e concluam os estudos na idade certa.
O MEC também reconheceu os professores e professoras, atento à necessidade de valorizar aquela que é a base de todas as profissões. Também voltou a investir na educação profissional e tecnológica e a fortalecer o acesso à educação superior, expandindo a rede de universidades e institutos federais em todos os cantos do país e melhorando o que já existe.
O ano de 2025 foi, ainda, de promoção da alfabetização de jovens e adultos, da educação especial inclusiva, da equidade racial na educação e da diversidade de origens e tradições do povo brasileiro. Olhando a quem mais precisa, o ministério reforçou a educação como caminho para transformação das vidas de brasileiros e brasileiras.
Educação básica – Uma das maiores políticas de incentivo à permanência escolar da história do país, o Pé-de-Meia beneficia mais de 4 milhões de estudantes por ano. O programa tem investimento anual de R$ 12 bilhões e garante R$ 200 mensais para os estudantes em vulnerabilidade social, além de R$ 1.000 por ano concluído e R$ 200 extras para quem realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no 3º ano. A evasão escolar no ensino médio, que atingia 480 mil jovens em 2022, caiu para 270 mil em 2024 — uma diminuição de mais de 43%.
Para garantir uma formação que proporcione o desenvolvimento integral dos estudantes e ampliar as oportunidades de aprendizagem, o programa Escola em Tempo Integral registrou mais de 1,8 milhão de novas matrículas entre 2023 e 2025, com investimento de R$ 4,1 bilhões entre 2023 e 2024 e R$ 3,1 bilhões via Fundeb em 2025 — os números apontam um aumento do percentual de alunos em tempo integral de 18% em 2022 para 23% em 2024. O programa fomentou ainda políticas regionais de educação integral, com um aumento de 91% desde 2023.
O MEC também avançou na implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA). Com adesão de todos os estados e municípios, o CNCA assegura a alfabetização das crianças até o final do 2º ano do ensino fundamental. Desde 2023, o investimento no programa foi de R$ 1,44 bilhão. Em 2024, 59,2% das crianças das redes públicas de ensino de todo o Brasil foram alfabetizadas na idade certa, contra 36% em 2022. Inspirado no sucesso da iniciativa, o MEC lançou o Compromisso Nacional Toda Matemática em 2025, com o objetivo de assegurar aos estudantes da educação básica o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a matemática.
Neste ano, a Estratégia Nacional Escolas Conectadas completou dois anos, alcançando a marca de 68,4% das escolas públicas brasileiras com conectividade adequada — em 2023, eram 45,4%. O Governo do Brasil beneficiou mais de 110 mil escolas, com investimentos superiores a R$ 3 bilhões desde 2023. A estratégia visa universalizar o acesso à internet de qualidade e garantir o uso pedagógico da tecnologia em toda a rede pública. Mais do que conectar escolas, as ações fortalecem a presença da educação digital e midiática nos currículos.
E pela primeira vez na história, a educação básica foi contemplada pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), para garantir a construção de novas escolas, a retomada de obras paralisadas e inacabadas, além da aquisição de transporte escolar seguro e acessível. Um total de R$ 1,5 bilhão foi investido, o que resultou em 2.137 obras concluídas e 244 mil novas vagas nas redes de ensino.
Mais Professores – O MEC lançou em 2025 o programa Mais Professores para o Brasil, composto por uma série de iniciativas: Prova Nacional Docente (PND), Pé-de-Meia Licenciaturas, Bolsa Mais Professores, Portal de Formação Mais Professores e Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB). Com investimento previsto de R$ 1,68 bilhão até 2026, o programa oferece descontos, benefícios e vantagens especiais para os 2,7 milhões de professores brasileiros, que devem impactar a qualidade do ensino ofertado a 57,3 milhões de estudantes. Além disso, ainda disponibiliza R$ 3 mil para compra de computador e tablet, bem como portal para apoiar a formação continuada de professores.
A Prova Nacional Docente foi criada para melhorar a qualidade da formação, estimular a realização de concursos públicos e induzir o aumento de professores nas redes públicas de ensino. O exame, que será aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), contou com mais de 1 milhão de pessoas inscritas na primeira edição, realizada em 2025.
Para atrair jovens talentos para a profissão docentes, o Pé-de-Meia Licenciaturas oferta apoio financeiro para fomentar o ingresso, a permanência e a conclusão das licenciaturas por estudantes com nota igual ou superior a 650 no Enem e que se matricularem em um curso de licenciatura pelo Sisu, Prouni ou Fies. No Pé-de-Meia Licenciaturas, o participante recebe mensalmente bolsa de R$ 1.050 durante o período regular de integralização do curso. Neste ano, a iniciativa contemplou 7 mil bolsistas.
EPT – Para expandir e qualificar a oferta da educação profissional e tecnológica (EPT), o MEC instituiu, em 2025, a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNEPT) e fomentou cursos nas redes estaduais e federal. O fomento da modalidade resultou em um aumento de 3,9 milhões de matrículas, em 2022, para 4,5 milhões em 2024.
O Governo do Brasil está investindo R$ 3,9 bilhões do Novo PAC para a criação de 106 novos institutos federais (IFs) em todos os estados e a melhoria da infraestrutura de unidades por todo o país. Os novos campi devem gerar mais de 140 mil vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Os recursos também estão custeando a construção de 270 novos restaurantes estudantis, além de salas de aula, bibliotecas, laboratórios, quadras poliesportivas e sedes definitivas de campi e de reitorias.
Outra ação prioritária do MEC foi o investimento no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como uma das principais ferramentas de ampliação de cursos de qualificação profissional e técnicos nas redes estaduais e federal. Em 2025, o programa destinou mais de R$ 149 milhões, viabilizando a oferta de 147,8 mil vagas. Entre as iniciativas fomentadas pelo Pronatec destacam-se o incremento de vagas de cursos técnicos pelos estados por meio do programa Escola em Tempo Integral e a oferta de qualificações profissionais pelo programa Mulheres Mil.
Além disso, neste ano, o governo criou o Juros por Educação, parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que viabiliza a renegociação de dívidas estaduais com a União, por meio de investimentos em vagas de educação profissional técnica de nível médio, melhoria da infraestrutura das redes estaduais e formação docente. O objetivo é criar 3,3 milhões de novas vagas, sendo 2,6 milhões em cursos técnicos articulados ao ensino médio, atingindo as metas previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) para o período de 2024 a 2034.
Educação superior – Em 2025, a educação superior continuou sendo tratada como um direito que transforma trajetórias e fortalece o desenvolvimento do país. A rede federal de educação superior avançou em sua capacidade acadêmica e científica. O país conta atualmente com 69 universidades federais, 11 novos campi em implantação e 45 hospitais universitários em funcionamento. Os investimentos para a expansão e consolidação das universidades e hospitais universitários somam R$ 5,5 bilhões pelo Novo PAC. A previsão é de que, até 2026, o Brasil alcance 47 hospitais universitários em operação, além de outros quatro em construção.
O MEC também anunciou, neste ano, a proposta de criação de duas novas instituições públicas de educação superior: a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte). Os projetos de lei que formalizam a criação de ambas foram enviados ao Congresso Nacional, em novembro, como parte das iniciativas da pasta para ampliar a oferta e a diversidade do ensino superior público no Brasil. Além dessas, o Novo PAC está custeando a construção de dez novos campi de universidades federais em regiões pouco assistidas. A criação das universidades consolidará o Brasil com uma das maiores redes de educação superior pública do mundo, que passará a ter 71 universidades federais.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou a crescer em 2025 e reafirmou seu papel como a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. O exame registrou mais de 4,8 milhões de inscritos e retomou a certificação do ensino médio, solicitada por mais de 98 mil pessoas. A partir de 2026, o exame será utilizado para a avaliação da qualidade do ensino médio no país. Além disso, estão sendo realizados estudos de viabilidade para aplicar o Enem em países do Mercosul a partir do próximo ano.
E como forma de apoiar a preparação dos estudantes, especialmente os da rede pública, o MEC ainda lançou o aplicativo MEC Enem, com simulados de questões alternativas por campo do conhecimento, correção automatizada de redação, materiais de reforço (vídeos e apostilas) e assistente virtual.
Pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), foram ofertadas 261,7 mil vagas em instituições públicas de ensino superior em 2025. O processo resultou na aprovação de mais de 254 mil estudantes e alcançou uma taxa de ocupação de 97,4%, a maior dos últimos sete anos. O resultado reflete o impacto de políticas como a Lei de Cotas e a Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que contribuíram para tornar o perfil dos estudantes das universidades mais diverso e representativo, com a cara da sociedade brasileira.
As políticas de acesso à educação superior na rede privada seguiram como eixo complementar. Em 2025, o Programa Universidade para Todos (Prouni), que completou 20 anos, ofertou 559,4 mil bolsas de estudo. Desde sua criação, cerca de 3,6 milhões de estudantes já foram beneficiados com bolsas integrais ou parciais para cursar a educação superior na rede privada, sendo a maioria mulheres (56%) e estudantes negros (55%). O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ofertou 112,1 mil vagas em 2025. Com o Fies Social, metade das vagas foi destinada a estudantes inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), garantindo o financiamento de até 100% do curso para quem mais precisa.
Projetos voltados à excelência e à inovação também ampliaram oportunidades em áreas estratégicas. O MEC avançou na implantação do novo campus Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Ceará e alcançou a terceira etapa das obras para implantação da instituição em Fortaleza. O investimento total previsto para as três etapas das obras soma R$ 330,4 milhões. A previsão é que a entrega da fase final da obra ocorra até 2026. Duas turmas já integram os novos cursos do campus em Fortaleza e estão em andamento no campus do ITA de São José dos Campos. Além disso, em 2025, também foi realizado concurso para professores e técnicos do instituto.
Com o objetivo de atrair jovens talentos para a educação de ponta em matemática, em 2024, foi lançado o Impa Tech — primeiro curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em ciência, tecnologia e matemática aplicada, com sede no Rio de Janeiro (RJ). Em 2025, o MEC, junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), anunciou o Impa Tech Nordeste, que terá sede em Teresina (PI), para incentivar jovens talentos e descentralizar as oportunidades educacionais no acesso à formação científica de ponta. A unidade do Rio de Janeiro contou com investimento do MEC e do MCTI de R$ 51 milhões. Já a unidade de Teresina receberá, a partir de 2026, R$ 17,9 milhões.
A garantia do acesso à universidade foi acompanhada pelo fortalecimento das políticas afirmativas e de assistência estudantil. Os investimentos em assistência estudantil cresceram, passando de R$ 1,4 bilhão, em 2021, para R$ 2,7 bilhões em 2025. Neste ano, por meio do Programa de Bolsa Permanência (PBP), foram ofertadas 17,3 mil bolsas para estudantes indígenas e quilombolas, o dobro do registrado em 2022 (8,6 mil). Para 2026, o Governo do Brasil estuda a universalização da assistência a todos os estudantes indígenas e quilombolas.
Pós-graduação – Na área de ciência e pós-graduação, foram destinados R$ 6,59 bilhões, desde 2023, para o fomento à pesquisa e à produção acadêmico-científica. Em 2023, as bolsas de mestrado e doutorado tiveram reajuste de 40%, além da retomada de programas estratégicos de apoio à pós-graduação e à cooperação acadêmica. Além disso, o MEC, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), retomou o programa institucional de bolsas de pós-doutorado no país, com a concessão de 813 bolsas e investimento total de mais de R$ 176 milhões em bolsas e custeio para 36 meses.
Outro avanço foi a retomada, após dez anos, do Programa Pró-Equipamentos. Em 2025, a iniciativa teve investimento de R$ 139,3 milhões para aquisição de equipamentos de uso compartilhado entre os programas de pós-graduação, beneficiando mais de 207 instituições de ensino superior e mais de 4 mil programas de pós-graduação.
Programas como Move La America — que concede bolsas para estudantes de mestrado ou doutorado vinculados a instituições de ensino e pesquisa estrangeiras da América Latina e do Caribe, nas modalidades mestrado e doutorado sanduíche no Brasil — contribuíram para a Cooperação Sul-Sul, com a participação de mais de 1,4 mil bolsistas da América Latina e do Caribe que vieram para o Brasil em estágios de curta duração. Com o programa Montevidéu, foi ampliada a cooperação bilateral ou multilateral entre programas de pós-graduação de instituições de ensino superior do Brasil e de universidades membros da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM).
Equidade – O Ministério da Educação reafirmou o seu compromisso em 2025 com políticas públicas que promoveram a equidade e a inclusão. Entre as iniciativas que foram lançadas ou fortalecidas estão a Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), o Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para o Acesso de Estudantes da Rede Pública de Ensino à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (PartiuIF), a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva (Pneei), a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq) e o Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA).
Na CPOP, o MEC investiu R$ 49,8 milhões e apoiou 384 cursinhos populares de todo o Brasil, com suporte técnico e financeiro para a preparação de mais de 12,5 mil estudantes socialmente desfavorecidos, que buscam ingressar na educação superior pelo Enem. A CPOP garante R$ 200 mensais voltados à permanência nos estudos, além de apoio técnico e administrativo para os cursinhos populares. Em 2026, a previsão é que sejam apoiados 500 cursinhos, a partir do investimento de R$ 108 milhões.
Já nas ações do Partiu IF, 26 mil estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública foram beneficiados em 2025, com investimento de R$ 115,8 milhões. A iniciativa representa mais oportunidades de ingresso na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, com o auxílio de R$ 200 por mês, além de aulas e atividades voltadas à recuperação das aprendizagens.
O Governo do Brasil instituiu a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva, por meio do Decreto nº 12.686/2025, publicado em outubro de 2025. A Pneei visa garantir o direito à educação de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e com altas habilidades ou superdotação, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades. No âmbito das ações, foram investidos R$ 638 milhões em novas salas multifuncionais (2023-2025) com 27.987 escolas contempladas. Outros R$ 74 milhões garantiram a formação de profissionais de educação.
Lançada em 2024, a Pneerq contou com a adesão de todos os estados e de 97,3% dos municípios. A política formou 262 mil profissionais até 2025 e tem previsão de investir R$ 2 bilhões até 2027. Neste ano, também foi realizado o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva para 436 secretarias de educação. O selo promove o fortalecimento institucional das redes públicas que desenvolvem políticas educacionais voltadas à equidade racial e quilombola, com foco na Lei nº 10.639/2003, atualizada pela Lei nº 11.645/2008, que determinam o ensino da história e da cultura afro-indígenas brasileiras nas escolas.
O Pacto EJA teve, durante o ano 2025, 200 mil beneficiados em ações de alfabetização e 80 mil profissionais realizando ações de formação. O objetivo é superar o analfabetismo e elevar a escolaridade de jovens, adultos e idosos, com a ampliação da oferta de matrículas da educação de jovens e adultos nos sistemas públicos de ensino, inclusive a oferta da EJA integrada à educação profissional. Até 2027, a previsão é de que sejam investidos R$ 4 bilhões para a superação do analfabetismo entre jovens e adultos do Brasil.
Assessoria de Comunicação Social do MEC