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EDUCAÇÃO SUPERIOR
MEC empossa reitoras de universidades federais do Sul do país
Cerimônia ocorreu na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF) Foto: Bruna Araújo/MEC
O ministro da Educação, Camilo Santana, empossou, nesta terça-feira, 19 de agosto, as reitoras da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A cerimônia ocorreu na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF).
“São três mulheres altamente preparadas. Para mim, é uma honra empossá-las, isso mostra a força das mulheres ocupando o espaço de liderança nesse país e nas nossas universidades”, ressaltou o ministro.
Para a nova reitora da UFCSPA, Jenifer Saffi, que está à frente da instituição na gestão de 2025 a 2029, “assumir a reitoria é assumir um compromisso com a educação, obviamente, mas também com a saúde pública, com o planeta, com a ciência e com o futuro desse país”, disse.
Ela é graduada em farmácia e doutora em Ciências Biológicas – Bioquímica pela UFRGS, possui doutorado e pós-doutorado. Atualmente, é professora associada do Departamento de Ciências Básicas da Saúde/Bioquímica e do núcleo permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFCSPA. Também atua como professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular (PPGBCM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Já Suzane da Rocha Vieira Gonçalves, da Furg, afirmou que “as universidades públicas brasileiras são muito mais que instituições de ensino, elas são estratégicas para a soberania nacional porque produzem ciência, tecnologia, conhecimento crítico e inovação, sendo indispensáveis para o desenvolvimento do país. Sem universidades fortes não há soberania científica, tecnológica, alimentar, energética ou cultural”, completou.
A nova reitora da Furg é associada no Instituto de Educação da universidade, onde atua no curso de pedagogia e no Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutora em Educação Ambiental, é integrante do Conselho Técnico e Científico da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) desde 2024 e integrante do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliadores da Educação Superior (Basis).
A reitora Úrsula Rosa da Silva assumirá a reitoria da Universidade Federal de Pelotas, onde atua como professora desde 1995. Para ela, uma universidade não se faz sozinha. Ela é construída por muitas mãos, mentes e corações que acreditam na ciência, no conhecimento, na cultura e na tecnologia como pilares para a construção de uma sociedade mais justa. “É muito significativo para mim estar com essas mulheres aqui hoje, porque todas temos um compromisso de mudar a realidade de nosso país. Nós, em cada um dos nossos lugares de representação, temos esse poder. E nós precisamos ocupar os espaços e narrativas para que isso aconteça”, disse.
Ursula Silva possui licenciatura em filosofia pela Universidade de Caxias do Sul. Tem mestrado em filosofia e doutorado em história, ambas as formações pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Possui, ainda, doutorado em educação pela UFPel. Também é professora do programa de mestrado em artes visuais da universidade, atuando na linha de Ensino da Arte e Educação Estética.
O secretário de Educação Superior do MEC, Marcus Vinicius David, estava presente na cerimônia e destacou que com as três reitoras empossadas a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) se aproxima de uma paridade de gênero. “Em 2022, eram 14 reitoras, e agora já estamos passando de 30. Isso é muito importante. Outro destaque que gostaria de fazer, principalmente no atual momento político, é sobre o papel fundamental que as universidades cumprem como garantidoras da democracia, e ainda mais as universidades públicas. Por essa razão que as universidades são sempre as primeiras a serem atacadas por segmentos mais conservadores”, disse.
Curso de medicina – Em seu discurso, Santana ainda pontuou as medidas anunciadas pelo MEC, nesta terça-feria (19), sobre os cursos de medicina. A partir de 2026, o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) será aplicado no 4º e no 6º anos dos cursos de medicina. Em caso de baixo desempenho, os cursos entrarão em supervisão do Ministério da Educação.
“Nós vamos avaliar no processo intermediário para avaliar como está a condução daquele curso de medicina e vamos, a partir da avaliação deste ano (2025), estabelecer algumas medidas cautelares para os cursos que estão em andamento hoje, dependendo da nota que ele tirar. Se tirar nota um ou dois, nós vamos suspender a ampliação de vaga, inclusive a oferta de vestibular a partir do ano que vem, para garantir a qualidade na formação dos nossos profissionais de saúde nesse país”, explicou. O ministro também informou que em caso de persistência na avaliação baixa dos cursos de medicina, “o MEC irá extinguir esses cursos para garantir o padrão ouro de excelência que nós temos nas nossas universidades federais na formação dos médicos”.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu)