43ª Operação Antártica apoia instalação de aquário para estudos em base brasileira

Como parte da 43ª Operação Antártica (OPERANTAR), uma equipe de pesquisadores brasileiros vai supervisionar e apoiar a instalação de um sistema de aquários na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), a base brasileira no continente gelado, instalada na ilha do Rei George, a 130 quilômetros da Península Antártica.

Em 6 de outubro, partiram do Rio de Janeiro o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel – H-44 e o Navio Polar Almirante Maximiano – H-41 com destino à Antártica. A previsão de retorno das embarcações é em abril de 2025.

Segundo a coordenadora-geral de Ciências para Oceano e Antártica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Andrea da Cruz, os aquários vão ampliar as pesquisas com espécies aquáticas na região.

“Nosso objetivo com essa missão é apoiar a instalação de sistemas de aquários para possibilitar experimentos de investigação com espécies antárticas, ampliando assim as possibilidades das áreas de atuação da ciência. A empresa Altamar é a responsável pela execução dos sistemas de tanques”, explica a coordenadora-geral.

Além da instalação do aquário, a operação também dá suporte e contempla 29 projetos de pesquisa e conta com a participação de 171 pesquisadores de oceanografia, biologia, meteorologia e química. Os projetos foram selecionados de acordo com o Edital nº 08/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI.

“Nessa parte da operação, o objetivo final é garantir infraestrutura adequada para que os pesquisadores estudem o ambiente antártico e os efeitos das mudanças climáticas, contribuindo para o avanço científico e o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no Tratado da Antártica.

Criado em 1982, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) tem o objetivo de promover pesquisas científicas diversificadas e de alta qualidade na região antártica. Neste ano, a Estação Antártica Comandante Ferraz completou 40 anos de história.

“O PROANTAR não apenas fortalece o papel do Brasil na comunidade científica internacional, com a produção científica, mas também assegura que o país continue a exercer essa atividade e cumpra o seu papel como membro do Sistema do Tratado da Antártica, e contribua para a sustentabilidade do planeta”, finaliza Andrea da Cruz.

Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica

Além da 43ª Operação Antártica Brasileira, o MCTI também apoia a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, comandada por um pesquisador brasileiro. O navio russo Akademik Tryoshnikov partiu no dia 22 de novembro do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Nessa expedição, 61 pesquisadores de seis países, incluindo o Brasil, em diversas áreas, percorrerão 20 mil quilômetros na costa da Antártica pelos próximos dois meses com o objetivo de estudar os impactos das mudanças climáticas nas geleiras. O grupo é liderado pelo professor brasileiro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson Simões, e tem o apoio do CNPq.