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Empresa apresenta ao MCTI projeto que transforma lixo em biocombustíveis
Foto: Neila Rocha - ASCOM/MCTI
Segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) o Brasil gerou, somente em 2019, cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. A destinação ambientalmente correta desse material tem sido uma preocupação de diversas nações em todo o mundo. Nessa linha da sustentabilidade, a BNPETRO, empresa brasileira, aposta na transformação do passivo ambiental em ativo financeiro transformando toneladas de lixo gerado em três subprodutos: petróleo sintético, gás sintético e o coque siderúrgico. O deputado federal Coronel Armando (PSL/SC), que participa da Comissão Parlamentar de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, solicitou uma audiência com o ministro substituto do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Leonidas Medeiros, para levar o presidente da BNPETRO, Jonny Kurtz para apresentar o projeto ao governo federal.
“O Brasil possui um passivo depositado nos lixões e aterros superior a 1 bilhão de toneladas, totalizando uma receita bruta superior a R$1.5 trilhões. Sem contar que grande parte deste lixo acaba nos mares. Podemos eliminar este passivo ambiental e transformá-lo em um ativo financeiro”, explica Jonny Kurtz.
Segundo o presidente da BNPETRO a iniciativa pode ser um grande trunfo do país para sair da atual crise causada pela pandemia além dos elevados preços dos combustíveis. “Nossa tecnologia pode transformar o Brasil em um exportador desta commodity verde”, avalia Jonny Kurtz. A empresa está se reunindo com diferentes órgãos do governo federal em busca de apoio institucional e também busca opções de financiamento para a conclusão do desenvolvimento tecnológico.
“Temos o interesse total em apoiar este projeto. Vamos estudar de que maneira o MCTI poderá auxiliar”, afirmou Leonidas Medeiros. O ministro substituto lembrou ainda que o projeto pode ajudar a diminuir a quantidade lixões e ainda resolver um problema recorrente em aeroportos mais afastados dos centros urbanos e próximos a aterros sanitários. “Onde, tem lixo tem muitos pássaros e já houve muitos acidentes com aves e aviões”.
Uma sugestão apresentada pelo secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim é a empresa apresentar uma proposta de “projeto piloto” para concorrer em editais de financiamentos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública do MCTI. “A solução da empresa de transformação de lixo em biocombustíveis pode ser útil tanto para o governo quanto para projetos menores como condomínios por exemplo”, sugeriu Alvim.
A empresa possui a meta de construir 300 usinas nos próximos 30 anos em todo o país, inclusive em regiões remotas para atender as demandas da sociedade civil e também da área militar do governo.