Notícias
CNPq/MCTI comemora 70 anos e lança selo comemorativo
Foto: Leonardo Marques - SEAPC/MCTI
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), fundação vinculada ao MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, promoveu na sexta-feira (16), em Brasília, um evento em comemoração aos 70 anos da instituição. A cerimônia destacou a história do CNPq, responsável pelo fomento à pesquisa científica no país em todas as áreas do conhecimento, e a importância da ciência para o país, principalmente no combate à pandemia de Covid-19.
Por videoconferência, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, parabenizou o CNPq e defendeu os investimentos em ciência e tecnologia como uma forma de vencer a crise da pandemia e retomar o crescimento econômico. O ministro também ressaltou o papel do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em investimentos futuros em CT&I, após a liberação pelo Congresso Nacional.
“É importante lembrar que todos os países que hoje são desenvolvidos acreditaram e investiram na ciência de maneira estável ao longo de muitos anos, principalmente em momentos de crise. Recursos para ciência e tecnologia não são gastos, mas investimentos com retorno garantido. Nós temos grande expectativa pela liberação efetiva dos recursos do FNDCT, para que eles entrem no orçamento e possam ser usados para ajudar o país. São recursos que trazem resultados efetivos, vacinas nacionais, como a Versamune® MCTI, testes, respiradores e na preparação do país para encarar outras pandemias. Tudo isso tem participação do CNPq”, afirmou.
Já o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, falou sobre a missão do conselho no financiamento da pesquisa em todas as áreas do conhecimento; apoio a pesquisadores e criação de instituições voltadas a solução de problemas da sociedade. “O mundo nos mostra que é assim que se constrói uma sociedade mais justa e soberana, com o conhecimento científico, tecnológico e inovações. Há 70 anos o CNPq vem financiando a pesquisa científica e tecnológica, tendo contribuído para criar e consolidar uma comunidade científica com os institutos vinculados que aqui nasceram e muito nos orgulham”.
O evento teve o lançamento de um selo comemorativo dos Correios em alusão ao aniversário do CNPq e trouxe depoimentos de presidentes e diretores de instituições vinculadas ao MCTI parabenizando a instituição. Representantes de entidades científicas do país e servidores da casa também gravaram mensagens falando sobre a importância do conselho.
O senador Izalci Lucas, presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Inovação e Pesquisa, listou conquistas para a ciência nacional aprovadas no Congresso. “Eu quero aqui parabenizar o CNPq, pelos 70 anos de luta, capacidade e competência. Parabenizar todos os nossos pesquisadores do Brasil e servidores do CNPq. São referências para nós. Depois de colocarmos a inovação na Constituição, aprovar o Marco Legal da Inovação, conseguimos uma vitória com o FNDCT. O governo não poderá mais contingenciar recursos da ciência”.
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, que já foi presidente substituto do CNPq, detalhou momentos de crise do país em que o CNPq foi usado para encontrar soluções.
“Foi a partir da criação do conselho que todo o sistema brasileiro de ciência e tecnologia foi formado. Eu posso citar momentos importantes do país em que o CNPq esteve presente e respondeu: a crise do Zika vírus, o, derramamento de óleo na costa brasileira, e agora na pandemia da Covid-19. É através do CNPq que temos o fomento à pesquisa, a vacina nacional, testes diagnósticos, sequenciamento do vírus com recursos expressivos, de aproximadamente R$ 452 milhões. O CNPq é a casa do cientista e presta serviço fundamental para a nossa sociedade”.
Pelo MCTI, também participaram do evento o ministro substituto, Leonidas Medeiros, o secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim e a secretária de Articulação e Promoção da Ciência, Christiane Corrêa.
História
O CNPq foi fundado em 1951, pelo almirante Álvaro Alberto, então representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A Lei nº 1.310 de 15 de janeiro de 1951, que criou o CNPq, foi chamada por Álvaro Alberto de "Lei Áurea da pesquisa no Brasil". No entanto, o marco inicial de criação do CNPq é tido como a data da instalação do seu Conselho Deliberativo, maior instância de poder decisório do órgão, em 17 de abril de 1951, durante sua primeira reunião.
Atualmente, o CNPq financia cerca de 80 mil bolsas de pesquisas nas mais diversas modalidades, além de pesquisas em todas áreas do conhecimento. Esse investimento assegura a presença de brasileiros em instituições estrangeiras relevantes e garante ao país soberania nacional, ao promover a presença de pesquisadores brasileiros em territórios estratégicos, como os arquipélagos e o continente Antártico.
Além disso, o CNPq possui o maior banco de currículos da América Latina - a Plataforma Lattes – e coordena trabalhos científicos de programas que têm impactos sociais, econômicos, ambientais e culturais importantes, como o PRONEX (Programa de Núcleos de Excelência), criado em 1996; o Proantar (Programa Antártico), estabelecido em 1991; o PELD (Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração), fundado em 1999; o Programa Arquipélago e Ilhas Oceânicas, criado em 2004; o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), organizado em 2008; e o Programa Ciência sem Fronteiras, estabelecido em 2011.