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Marcos Pontes participa de live do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta (22)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes participou na noite desta quinta-feira (22), da tradicional live que o presidente da República, Jair Bolsonaro realiza semanalmente em suas redes sociais. Também participou do bate papo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Na descontraída conversa com Bolsonaro, Marcos Pontes lembrou da visita realizada nessa quarta (21), ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do MCTI. Na ocasião tanto o presidente quanto Marcos Pontes foram participar da inauguração da primeira linha de luz síncrotron do Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, em Campinas (SP).
“O Sirius é um acelerador de partículas de 4ª geração, o que tem de mais avançado no planeta. Mais de 80% feito com tecnologia e empresas nacionais. É a nossa estação de ciência mais avançada do país e da América Latina. E a função dele é estudar estruturas atômicas e moleculares de qualquer material que precisa ser pesquisado”, destacou Pontes.
Durante a conversa o presidente Bolsonaro recordou que o estudo de combate ao coronavírus com o fármaco nitazoxanida começou no CNPEM. Pontes explicou que foi realizada uma técnica que se chama reposicionamento de fármacos no qual cerca de 2 mil medicamentos que já estão no mercado foram testados para verificar se algum deles seria eficaz no combate a Covid-19. Desse total foram selecionados os cinco medicamentos com o melhor resultado na inibição da replicação viral do sars- cov-2 in vitro. Dos cinco medicamentos, dois com os melhores resultados foram escolhidos para continuar a pesquisa. E o mais promissor foi o nitazoxanida com 94% de inibição do vírus nos testes in vitro. Na fase seguinte foi realizado um estudo clínico com cerca de 1,5 mil voluntários que estavam na no início da doença. Ao final de quatro meses foi concluído que o medicamento é eficaz na replicação viral. Porém os dados oficiais estão mantidos em sigilo para que o estudo seja publicado numa renomada revista internacional de ciências. Só então com essa verificação e publicação que o estudo terá respaldo da comunidade científica mundial.
O presidente explicou que, apesar das dificuldades orçamentárias está estudando com alguns especialistas uma forma de poder investir mais nos projetos do CNPEM. “A Petrobras possuía um patrocínio com uma escuderia de Fórmula 1 no valor de R$700 milhões. Soube que o contrato foi rescindido. Vamos procurar a Petrobras para sugerir que esta verba seja investida no CNPEM. Precisamos de mais recursos para alavancar a ciência e pesquisa em nosso país”, declarou o presidente.