Minist�rio da Educa��o Instituto Benjamin Constant Departamento T�cnico-Especializado Divis�o de Imprensa Braille Aprendendo pelo Tato Maria da Gloria de Souza Almeida Primeira Parte

I A447 Almeida, Maria da Gloria de Souza. Aprendendo pelo tato / Maria da Gloria de Souza Almeida. -- Rio de Janeiro : Instituto Benjamin Constant, 2016. 72 f. em braile ; 29 cm ISBN 978-85-67485-37-9 1. Defici�ncia visual. 2. Educa��o especial. I. T�tulo. � CDD 371.#iaa Cataloga��o na publica��o: Raquel Chagas de Ara�jo -- CRB 7/6392

� II Apresenta��o As etapas que antecedem o processo de *alfabetiza��o* propriamente dito, precisam ser entendidas como alicerce s�lido onde apoiar-se-� uma estrutura complexa e multifacetada. O desenvolvimento global de uma crian�a cega n�o admite qualquer atitude de neglig�ncia, fato que ocorrendo, causar� � crian�a graves preju�zos, impondo-lhe danosos entraves no decurso de sua aprendizagem. A crian�a cega tem de vivenciar abundantemente todo tipo de experi�ncia. O conhecimento chega at� ela atrav�s de situa��es *concretas*, viv�ncias que introjetam em sua mente uma s�rie de saberes que v�o-se consolidando em compet�ncias pertencentes a diferentes �reas e n�veis em rela��o �s fases evolutivas de sua trajet�ria de aquisi��es cognitivas. Desde o in�cio dessa caminhada, o alfabe-

� III tizando deve ser instigado a descobrir, a desvendar o mist�rio do *mundo das coisas* que o cerca. Tal procedimento cria na crian�a cega, em especial, uma curiosidade saud�vel que ir� auxili�-la em incurs�es cada vez mais amplas e direcionadas ao foco de suas necessidades e peculiaridades educativas. � de suma import�ncia abrir-se para essa crian�a um universo de possibilidades que h�o de trazer-lhe os mecanismos capazes de transmitir-lhe as informa��es necess�rias para que possa, por meio de uma constru��o paulatina e consciente, instalar e desenvolver os conceitos b�sicos que servir�o de pilares de sustenta��o do seu conhecimento. O princ�pio da *concretiza��o* imp�e-se sob qualquer ponto de vista, quando se trata do desenvolvimento global da crian�a cega. Torna-se imprescind�vel, portanto, lan�ar-se m�o dele em todas as

� IV situa��es de aprendizagem. Este procedimento did�tico deve ocupar prioritariamente as pr�ticas pedag�gicas, principalmente, na fase inicial de sua escolariza��o. O professor precisa evitar que se instale ou se enra�ze o mero *verbalismo*, mecanismo *danoso* que n�o traz ao aluno nenhuma contribui��o positiva ou vantagem de alguma esp�cie. Os objetos, o vestu�rio, o mobili�rio, os utens�lios dom�sticos, os brinquedos, os elementos da natureza, tudo enfim, transforma-se em material did�tico que propicia a constru��o s�lida do conhecimento. Dessa constru��o, assim, desenvolve-se o intelecto e aprofunda-se a cogni��o. O desenvolvimento da cogni��o se efetiva por in�meras vias. Os sentidos da vis�o, audi��o, tato, olfato e paladar entram como fatores de capta��o das informa��es que s�o levadas ao c�rebro e nele s�o processadas efetivamente.

� V Para a crian�a cega � de relev�ncia capital, trabalhar-se com extremo crit�rio e compet�ncia os chamados *sentidos remanescentes* (audi��o, tato, olfato, paladar) sempre observando-se, tamb�m, a import�ncia dos aspectos que dizem respeito aos movimentos (aspectos cinest�sicos). Esses sentidos devem ser trabalhados com esmero e perfeita adequa��o frente ao objeto e ao momento da aprendizagem em que se encontra a crian�a. Tais cuidados ao refor�arem-se esses sentidos, servem como ve�culos condutores dos dados que constituir�o os saberes espec�ficos concernentes a cada sentido. O trabalho ora apresentado aborda, particularmente, o tato. � ele a via pela qual a leitura dos cegos se realiza. Logo, faz-se imperativo o cuidado que os professores, em especial os que atuam na pr�-escola, necessitam ter em rela��o a esse assunto t�o importante.

� VI A leitura feita atrav�s do Sistema Braille � t�til-cinest�sica; assim, *refinamento t�til* e *precis�o de movimentos* s�o duas pr�ticas pedag�gicas que t�m de ser levadas a s�rio para que a crian�a atinja compet�ncias capazes de garantir-lhe resultados desej�veis. Ap�s os usuais exerc�cios executados com diferentes tipos de objetos, � interessante que ofere�amos ao aluno, materiais did�ti- cos de outras proced�ncias. � de grande valia e pertin�ncia, trabalharmos essa quest�o, utilizando o pr�prio Sistema Braille. � bom ressaltar que o Braille � um excepcional fil�o do qual pode-se extrair muitos exerc�cios e diversificadas combina��es. H� uma riqueza de possibilidades que n�o pode ser descartada nem vista como um recurso pedag�gico de menor valor. "Aprendendo pelo Tato" pretende constituir-se em mais um ins-

� VII trumento para capacitar a crian�a cega a fim de que ela possa enfrentar sem maiores falhas e atrasos o per�odo delicado da aquisi��o de habilidades e capacidades exigidas pela leitura. Este livreto d� � crian�a no��es b�sicas de como se comp�e a organiza��o da *p�gina escrita*, tipos de linhas, ideia de par�grafo, no��es de *classifica��o* (comprimento, altura, tamanho, dist�ncia, quantidade, largura etc.), localiza��o espacial, introdu��o � configura��o da "cela braille", entre outras abordagens. "Aprendendo pelo Tato" est� dividido em duas partes: -- Parte I Constru��o de Conceitos Apresenta��o de Exemplos -- Parte II Caderno de Atividades Exerc�cios Este trabalho � de f�cil manuseio, porque todos os exemplos mostrados na 1� parte s�o legen-

� VIII dados. As explica��es caminham ao lado das no��es exemplificadas, n�o havendo qualquer necessidade de ter-se outro instrumento de orienta��o pedag�gica. � fundamental que compreendamos que o *tato* precisa ter um lugar nobre nas salas das s�ries iniciais, em particular, na pr�-escola. As sensa��es e percep��es t�teis necessitam ser despertadas, entendidas e buriladas. O trabalho de sensibiliza��o t�til � imprescind�vel. Desde muito cedo, � importante que a crian�a passe por variadas experi�ncias t�teis. Igualmente � necess�rio saber-se que o *tato* encontra-se em todo o corpo, mas h� uma capacidade discriminat�ria mais aguda nas m�os. Outro fato a ser considerado � que, como na lateralidade, existe uma predomin�ncia -- *esquerda* ou *direita*, tamb�m o *tato* revela uma predomin�ncia -- *m�o esquerda* ou *m�o direita*. � importan-

� IX te ficar claro que o professor tem de estar permanentemente atento a essas quest�es. O desempenho e por consequ�ncia, a efici�ncia t�til da crian�a, devem merecer por parte do professor uma a��o sempre criativa, diversificada e prazerosa. A detec��o da *m�o predominante* ir� ajudar o aluno a desenvolver-se mais r�pido e obter �xito real durante o processo de apropria��o da leitura. N�o somos n�s, os professores, menos ainda os te�ricos, que determinar�o a "m�o ideal" para a leitura em Braille. Quem fixa tal capacidade ou compet�ncia � o pr�prio indiv�duo, com suas caracter�sticas org�nicas e fun��es cerebrais. Ressalte-se que � fundamental que a crian�a seja trabalhada, passando pelas etapas b�sicas do desenvolvimento t�til: -- *Conhecer* -- A crian�a � levada a explorar minuciosamente o objeto de sua observa��o, levan-

� X tando as caracter�sticas e os aspectos formadores daquilo que � observado por ela. -- *Reconhecer* ou *Identificar* -- Uma vez conhecido, o objeto pode ser misturado a outros objetos. Atrav�s da an�lise t�til, a crian�a ter� condi��es de reconhecer ou identificar o objeto anteriormente conhecido. -- *Discriminar* -- � a etapa mais importante e delicada dessa fase. A *discrimina��o* pressup�e um profundo refinamento interpretativo. Em se tratando do tato, as caracter�sticas muito semelhantes precisam ser analisadas e agu�adas. Para que se crie tal compet�ncia, � necess�rio que a crian�a tenha v�rias experi�ncias t�teis. Se esses cuidados forem observados, o �xito da crian�a cega, no per�odo da alfabetiza��o, far-se-� mais completo, eficiente e prazeroso, longe dos trope�os e m�ltiplos entraves penosos que muitas

� XI vezes ocorrem, provocando atrasos e baixo rendimento no processo educativo da crian�a cega, anulando sua autoestima, habituando-a ao fracasso, colocando-lhe r�tulos destrutivos de incompet�ncia trazidos pela cegueira. O professor precisa estar constantemente atento e reavaliando sua postura e pr�ticas pedag�gicas. A autora Tipos de Linhas Tr�s linhas pontilhadas e afastadas entre si, com espa�os em branco entre os pontos. a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Tr�s linhas pontilhadas cont�nuas e afastadas entre si. aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Tr�s linhas tracejadas e afastadas entre si, com espa�os em branco entre os tra�os. c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Tr�s linhas tracejadas cont�nuas e afastadas entre si. cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Quatro linhas iguais, tracejadas, longas e afastadas entre si. cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Tr�s linhas pontilhadas com intervalos entre os grupos formados por 3 pontos na primeira linha, 4 pontos na segunda linha e 5 pontos na terceira linha. aaa aaa aaa aaa aaa aaa aaa aaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaa aaaaa aaaaa aaaaa aaaaa aaaaa �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Quatro linhas tracejadas com intervalos entre os grupos formados por 2 tra�os na primeira linha, 3 tra�os na segunda linha, 4 tra�os na terceira linha e 5 tra�os na quarta linha. :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: :: ::: ::: ::: ::: ::: ::: ::: ::: :::: :::: :::: :::: :::: :::: ::::: ::::: ::::: ::::: ::::: �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Comprimento Curto -- M�dio -- Longo Duas linhas longas e outra curta entre elas. cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Tr�s linhas: A primeira curta, a segunda m�dia e a terceira longa. ccccccc ccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Sete linhas tracejadas, afastadas entre si. A primeira e a quarta come�am no terceiro espa�o. Fa�a a crian�a observar que a primeira e a quarta linha est�o fora da margem. Portanto, mais para dentro da linha. cccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Doze linhas tracejadas e pr�ximas. A primeira, a quinta e a nona, come�am a partir do terceiro espa�o. Introduz-se a ideia de par�grafo. cccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Tr�s linhas de semic�rculos abertos para a direita. � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Tr�s linhas de semic�rculos abertos para a esquerda. o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Duas linhas de bolinhas com espa�os em branco entre elas. �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Duas linhas de bolinhas sem intervalos entre elas. �o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o �o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de bolinhas unidas, duas a duas, por um tra�o em cima, deixando um espa�o vazio entre elas. �oc�o �oc�o �oc�o �oc�o �oc�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Uma linha de bolinhas unidas, agora, por um tra�o no meio. �o:�o �o:�o �o:�o �o:�o �o:�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de bolinhas unidas por um tra�o embaixo. �o-�o �o-�o �o-�o �o-�o �o-�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de semic�rculos, voltados para dentro e ligados por um tra�o em cima. �co �co �co �co �co �co �co �co �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Uma linha de semic�rculos, ligados por um tra�o no meio. �:o �:o �:o �:o �:o �:o �:o �:o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de semic�rculos, ligados por um tra�o embaixo. �-o �-o �-o �-o �-o �-o �-o �-o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de semic�rculos, virados para fora e unidos por um tracinho em cima. oc� oc� oc� oc� oc� oc� oc� oc� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Uma linha de semic�rculos, unidos por um tracinho no meio. o:� o:� o:� o:� o:� o:� o:� o:� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Uma linha de semic�rculos, unidos por um tracinho embaixo. o-� o-� o-� o-� o-� o-� o-� o-� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Uma linha com pequenos ret�ngulos. �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Ret�ngulos colocados acima da linha. �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y -------------------------------- �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Ret�ngulos colocados abaixo da linha. cccccccccccccccccccccccccccccccc �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Verticalidade Tr�s colunas em p� �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Horizontalidade Duas linhas de bolinhas deitadas �o�o�o�o�o�o�o�o�o�o �o�o�o�o�o�o�o�o�o�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Paralelismo Duas linhas que se colocam uma ao lado da outra. �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Conte�do Cheio -- Vazio Quadrinho Cheio Dezoito sinais �gggggggggggggggggggg� � � � = = = = = = � � � � = = = = = = � � � � = = = = = = � � � �====================� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Quadrinho Vazio �ggggggggggggggg� � � � � � � � � �===============� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Quantidade Muito -- Pouco Vinte e sete sinais �ggggggggggggggggggggg� � � � = = = = = = = = = � � � � = = = = = = = = = � � � � = = = = = = = = = � � � �=====================� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Seis sinais �gggggggggggggggggggg� � � � � � = = = = = = � � � � � �====================� �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Posi��o Dentro -- Fora Cinco bolinhas dentro do quadrinho. pcccccccccccccccccccc� l _ l _ l �o �o �o �o �o _ l _ l _ v--------------------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Oito bolinhas fora do quadrinho. pccccccccccccccccccccc� l _ l _ v---------------------# �o �o �o �o �o �o �o �o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Dist�ncia Perto -- Longe �o pccccccccccccc� �o l _ �o l _ �o l _ �o v-------------# �o As bolinhas est�o perto do ret�ngulo. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo �o pccccccccccccc� �o l _ �o l _ �o l _ �o v-------------# �o As bolinhas est�o longe do ret�ngulo. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Altura Alto -- Baixo �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Tamanho Grande -- Pequeno Ret�ngulo Grande pccccccccccccccccc� l _ l _ l _ l _ v-----------------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Ret�ngulo Pequeno pccccccccc� l _ v---------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Largura Estreito -- Largo pcc� pccccccccccc� l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ v--# v-----------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Posicionamento no Espa�o Escadinha Que Sobe Embaixo -- No meio -- Em cima -:c -:c -:c -:c -:c -:c �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Escadinha Que Desce Em cima -- No meio -- Embaixo c:- c:- c:- c:- c:- c:- �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Lateralidade Esquerda -- Direita Escadinha � Esquerda da Linha -:c cccccccccccccccccccc �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Escadinha � Direita da Linha cccccccccccccccccccc -:c �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Espessura Fino -- Grosso l l � l � l � l � l � l � l � l � l � � �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Equival�ncia (igualdade) Leve a crian�a a compreender os dois quadros apresentados quanto ao tamanho e ao formato.

�o�o�o�o�o�o�o�o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o�o�o�o�o�o�o�o �o�o�o�o�o�o�o�o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o �o�o�o�o�o�o�o�o Os quadrinhos foram confeccionados com 8 bolinhas nos 4 lados. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Diferen�a (desigualdade) Observe os quadros que se seguem: �y�y�y�y�y�y�y�y�y�y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y �y�y�y�y�y�y�y�y�y�y

pccccccccccccccc� l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ v---------------# O primeiro quadro � formado por 10 ret�ngulos nas linhas horizontais e 8 ret�ngulos nas linhas verticais. O segundo quadro tem nas partes superior e inferior, 15 tra�os e nas laterais, 15 sinais formados por 3 pontos na posi��o vertical.

Os dois quadros diferem na configura��o dos sinais empregados, como tamb�m, no tamanho. Fica assim caracterizada a diferen�a entre ambos. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Semelhan�a (similitude: algo que se parece, que guarda, entre algumas coisas, aspectos pr�ximos) �occ�occ�occ�occ�occ�o l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ �o--�o--�o--�o--�o--�o

�occcccccccc�occcccccccc�o l _ l _ l _ l _ l _ l _ l _ �o----------�o----------�o Os dois quadros se assemelham porque foram confeccionados com linhas tracejadas na parte superior do ret�ngulo. Nas linhas laterais, foram usados sinais de 3 pontos verticais. Empregaram-se tamb�m bolinhas nas linhas horizontais, isto �, em cima e embaixo. O que os diferencia, portanto, � que o primeiro tem 6 bolinhas nas linhas de cima e de baixo. O segundo quadro tem 3 bolinhas: duas nas extremidades e outra no centro das linhas horizontais.

H� ainda uma pequena diferen�a de tamanho. O primeiro quadro tem 22 caracteres nas linhas horizontais e 7 caracteres nas linhas verticais. O segundo quadro tem 26 caracteres nas linhas horizontais e 8 caracteres nas linhas verticais. Partindo-se desses exemplos, podemos trabalhar os conceitos de *semelhan�a* e *diferen�a*. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Textura Liso -- �spero pccccc� pcccccccccccccc� l _ l ,,,,,,,,,,,, _ l _ l ,,,,,,,,,,,, _ l _ l ,,,,,,,,,,,, _ v-----# v--------------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Pareamento J� vimos o conceito de *equival�ncia* (igualdade). Aproveitando tal no��o, daremos agora, a ideia de *pareamento*, conceito empregado em in�meros exerc�cios de diferentes disciplinas e conte�dos. Preste bem aten��o. Os exemplos que se seguem, mostrar�o que os quadrinhos que contiverem figuras iguais, estar�o ligados, diferentemente dos que n�o formarem par.

pccccccc� pccccccc� l _ l _ l :�y: _cccccl :�y: _ l _ l _ v-------# v-------# pccccccc� pccccccc� l _ l _ l �y _ l �o _ l _ l _ v-------# v-------# pccccccc� pccccccc� l _ l _ l `(`) _-----l `(`) _ l _ l _ v-------# v-------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Contagem Vamos contar os quadradinhos que est�o nas colunas abaixo? A crian�a deve ser orientada a pesquisar, primeiramente, a coluna da esquerda e depois passar para a coluna da direita. Este procedimento seguir� a sequ�ncia num�rica. Assim, o aluno n�o perder� a linha do racioc�nio matem�tico, pois que dever� associar o numeral � quantidade nele expresso. Nessa etapa ainda n�o h� a representa��o do numeral. O que existe � a concretiza��o do numeral relacionado � quantidade.

Vejamos os exemplos: pcccccccccc� pccccccccccc� l _ l _ l g _ l g g _ l _ l _ l _ l g g _ v----------# v-----------# pcccccccccc� pccccccccccc� l _ l = = _ l = = _ l _ l _ l = = = _ l _ l _ v----------# v-----------# pcccccccccc� pccccccccccc� l _ l = = = _ l g _ l _ l = = _ l = = = _ l _ l _ v----------# v-----------#

pccccccccccc� pcccccccccccc� l _ l g g g _ l g g g _ l _ l _ l g g g _ l = = = = _ l _ l _ l g g g _ l _ l _ v-----------# v------------# pccccccccccc� pcccccccccccc� l _ l = = _ l g g g g _ l = = = _ l _ l _ l = = = = _ l = = _ l _ l = = = _ l _ l _ v-----------# v------------# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

No��o de Princ�pio, Meio e Fim, relacionados �s linhas Usaremos o recurso da bolinha para indicar � crian�a esses 3 posicionamentos espaciais. Empregamos uma pequena linha que serve de guia � crian�a para que n�o se perca no espa�o. -- No��o de Princ�pio ou Come�o da Linha �o ::::::::::::::::::::::::: �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo -- No��o de Fim ou T�rmino da Linha ::::::::::::::::::::::::: �o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

-- No��o de Meio ou Centro da Linha ::::::::::: �o ::::::::::: �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo No��o de Anterioridade e de Posterioridade (antes e depois) A escadinha que sobe est� antes do ret�ngulo de bolinhas. ----- -:c �o�o�o�o�o�o�o�o�o �o �o �o �o �o�o�o�o�o�o�o�o�o �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

A escadinha que desce est� depois do ret�ngulo de bolinhas. �o�o�o�o�o�o�o�o�o �o �o �o �o �o�o�o�o�o�o�o�o�o ccccc c:- �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Observe o desenho da cruz que se encontra abaixo: �y �y �y�y�y�y�y�y�y �y �y �y �y �y �y �y Leve a crian�a a entender que esta figura � formada por uma linha vertical longa e outra linha horizontal mais curta que parte das laterais da linha vertical. A linha que est� acima da horizontal � vertical e bastante curta. Assim, o aluno dever� compreender que esta pequena linha vertical � o come�o da linha vertical longa. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Localiza��o Espacial Esquerda -- Direita �occcccpcc�ccccc�o l _ l _ l _ �o:::::l _:::::�o l _ l _ l _ �o-----v--#-----�o O professor dever� levar a crian�a a explorar cuidadosamente o ret�ngulo. Sua aten��o precisa ser total para que ela perceba que, da parte superior, do meio e da parte inferior do ret�ngulo, � esquerda e � direita, saem 3 linhas. Com o dedo da leitura, que j� dever� ter sido definido, o aluno percorrer�, em primeiro lugar, o lado esquerdo, contando: uma linha em cima, uma no meio e outra embaixo. O mesmo procedimento deve ser repetido � direita. A crian�a, sem que se aperceba, j� vai introjetando a configura��o da �cela braille�. Para que se torne um leitor eficiente e �gil, � necess�rio que a crian�a cega domine satisfatoriamente o espa�o, principalmente, a localiza��o futura dos pontos 1, 2, 3 e 4, 5, 6, que formam a �cela braille� verdadeira.

Fa�a a crian�a observar minuciosamente a figura que se apresenta abaixo: pccccc� 1 l�o �o_ 4 2 l�o �o_ 5 3 l�o �o_ 6 v-----# �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo O professor precisa conduzir o aluno a pesquisar e a analisar a figura como um todo. A explora��o deve come�ar pelo contorno do ret�ngulo. Depois, leve a crian�a examinar o interior da figura. Mostre-lhe as duas colunas verticais, formadas por 3 bolinhas, chamando-lhe a aten��o para a lateralidade. 3 bolinhas � esquerda e 3 bolinhas � direita. Agora, percorra a parte externa do ret�ngulo, sempre privilegiando as laterais. � esquerda teremos os numerais: 1, 2 e 3; � direita, os numerais: 4, 5 e 6. Os numerais est�o posicionados na dire��o das bolinhas. Esta � uma representa��o da �cela braille� que, posteriormente, ser� estudada pelo alfabetizando. Tal representa��o concreta ajuda o aluno a compreender, mais facilmente, os 6 pontos que constituem a �cela braille� real. Nessa fase a crian�a ainda n�o l� efetivamente, mas � imprescind�vel que seja trabalhado um conjunto de conhecimentos que favorecer� sua aprendizagem no momento da aquisi��o da *leitura* e da *escrita*. �xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Primeira Parte