PONTINHOS Ano LXII, n.o 382, Julho/Setembro de 2022 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Educação, Cultura e Recreação Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~,

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Maria Campos Menezes de Moraes Rachel Ventura Espinheira Colaboração Carla Maria de Souza Daniele de Souza Pereira Regina Celia Caropreso Revisão Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima

Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Pátria Amada Brasil Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.fmÿ~ podfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, Youtube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Pontinhos: revista infanto- juvenil para cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de Janeiro: Divisão de Imprensa Braille, 1959 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1017 1. Infantojuvenil -- Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista infantojuvenil para cegos. III. Ministério da Educação. IV. Instituto Benjamin Constant. CDD-028.#ejhga

Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Cantigas :::::::::::::::: 1 Vamos Aquecer ::::::::: 1 Primavera :::::::::::::: 5 Trava-línguas :::::::::: 6 Cordel :::::::::::::::::: 9 Olha que cordel legal ::: 9 Histórias para Ler e Contar :::::::::::::::: 13 Crônica: Pneu furado ::: 13 O caracol e a pitanga ::: 15 Quebra-cuca ::::::::::::: 17 Você sabia? ::::::::::::: 18 Vamos rir? :::::::::::::: 21 Historiando ::::::::::::: 22 Festa junina: origem, quando ocorre e como comemorar :::::::::::::: 22 Leitura Interessante ::: 31 Construa pontes e não barreiras :::::::::::::: 31

Cuidando do Corpo e da Mente ::::::::::::::::: 35 Como lidar com a raiva :::::::::::::::::: 35 Cantigas _`[{imagem do mascote da Revista Pontinhos, Furinho, em formato de um punção. A parte superior é a cabeça, com olhos e boca; a ponta é o corpo; das laterais, saem braços com as mãos na cintura; os símbolos "õxo" representam a cabeça, "éé" o corpo._`] õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Agora é só _ é l aquecer! _ é h:::::::::::::::::::::::j Vamos Aquecer Elisângela Aparecida Carvalho Cardoso e Emmerson Morvan Conceição de Araújo Quando acordo cansado Eu busco o que fazer

Procuro uma forma De me aquecer Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo Me conecto com a natureza Estico os braços pro lado Estico os braços pro outro Estico os braços pro lado Estico os braços pro outro, devagar! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo, devagar (Respiro quatro vezes profundamente) Quando acordo cansado Eu busco o que fazer Procuro uma forma De me aquecer Respiro bem fundo! Respiro bem fundo! Respiro bem fundo! Respiro bem fundo! Me conecto com a natureza Os pezinhos pro lado Os pezinhos pro outro, devagar! Os pezinhos pro lado Os pezinhos pro outro, devagar! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Primeiro pra direita Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Depois pra esquerda Esticou! Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo Devagar!

Respiro bem fundo Respiro bem fundo Respiro bem fundo Solta o ar! :::::::::::::::::::::::: Primavera Quando o inverno chegar Eu quero estar junto a ti Pode o outono voltar Que eu quero estar junto a ti Por que (é primavera) Te amo (é primavera) Te amo (é primavera), meu amor Trago esta rosa (para te dar) Trago esta rosa (para te dar) Trago esta rosa (para te dar) Meu amor (hoje o céu está tão lindo) Vai chuva

Hoje o céu está tão lindo (vai chuva) Hoje o céu está tão lindo (vai chuva, é primavera) Hoje o céu está tão lindo (vai chuva, é primavera) Hoje o céu está tão lindo (vai chuva, é primavera) Hoje o céu está tão lindo (vai chuva) Compositores: Genival Cassiano dos Santos / Sebastião Rodrigues Maia / Silvio Roberto Aloe Rochael õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Trava-línguas õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Essa eu _ é l quero ver! _ é h:::::::::::::::::::::::j Os naturistas são naturalmente naturais por natureza.

O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra. Perto daquele ripado está palrando um pardal pardo. O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa. Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros que não são quadrados são dois dos quadros quatro e um dos quadros três. Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta perfeitamente portas, paredes e pias por parco preço, patrão. Pedreiro da catedral, está aqui o padre Pedro? – Qual padre Pedro? – O padre Pedro Pires Pisco Pascoal. – Aqui na catedral tem três padres Pedros Pires Piscos Pascoais, como em outras catedrais. Se o Papa papasse papa, se o Papa papasse pão, se o Papa tudo papasse, seria um Papa papão. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos têm um paralelepípedo. Mil paralelepípedos têm uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia? A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.

Vocabulário Palrar: v. Emitir sons incompreensíveis. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cordel õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Celular! _ é h:::::::::::::::::::::::j Olha que cordel legal (Autor desconhecido) Esse tal de celular É negócio interessante Eu que antes criticava Hoje teclo a todo instante. Quase nem durmo ou almoço E quem criou esse troço Tem uma mente brilhante. Quem diria que um dia Eu pudesse utilizar Calculadora e relógio

Câmera de fotografar. Tudo no mesmo aparelho Mapa, calendário, espelho E telefone celular. E agora a moda pegou Pelas "Redes Sociais" É no "Face" ou pelo "Zap" Que o povo conversa mais. Talvez não saiba o motivo Que esse tal de aplicativo É mais lido que os jornais. Eu acho muito engraçado Porque muita gente tem Um Grupo só pra Família Um do Trabalho também. E até aquele contato Que só muda de retrato Mas não fala com ninguém! Tem o Grupo da Escola O Grupo da Academia Grupo da Universidade O Grupo da Poesia.

Tem o Grupo das Baladas, Das Amigas Mais Chegadas E o da Diretoria. Tem quem mande Oração, "Bom dia!", de vez em quando Que só mande figurinhas Quem só fica reclamando. Nos Grupos é que é parada Dia, noite, madrugada Sempre tem alguém teclando. Cada um que analise Se é bom ou se é ruim Ou se a Tecnologia É o começo do fim. Talvez um voto vencido Porém o Zap tem sido Até útil para mim. Eu acho que a Internet É uma coisa muito boa Tem coisas muito importantes Porém muita coisa à toa.

Usar de forma acertada Ou, por ela, ser usada Vai depender da pessoa. Comunicação é bom Vantagens que hoje se tem Feliz é quem tem amigos Fora das Redes também. A vida só tem sentido Quando o que é permitido É aquilo que convém. Pra quem meu verso rimado Acabou de receber Compartilhe esta mensagem Que finaliza a dizer: "Viva a vida intensamente Porque é pessoalmente Que se faz acontecer!" Esse vale a pena compartilhar. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Histórias para Ler e Contar õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Ah coitado! _ é h:::::::::::::::::::::::j Crônica: Pneu furado Luís Fernando Veríssimo O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão bonita que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo: “Pode deixar. Eu trocarei o pneu”. -- Você tem macaco? – perguntou o homem. -- Não – respondeu a moça. -- Vamos usar o meu – disse o homem. – Você tem estepe? -- Não – disse a moça. -- Vamos usar o meu – disse o homem. E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro. -- Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado. -- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar. -- Coisa estranha. -- É uma *compulsão*. Sei lá. Vocabulário Compulsão: s. f. Imposição interna irresistível que leva o indivíduo a realizar

determinado ato ou a comportar-se de determinada maneira. :::::::::::::::::::::::: O caracol e a pitanga Há dois dias, o caracol *galgava* lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando, parando e subindo. Quarenta e oito horas de esforço tranquilo e caminhar filosófico. De repente, quando ele fazia mais um esforço para avançar, desceu pelo tronco, apressadamente, no seu passo *fustigado* e ágil, uma formiga-maluca, dessas que vão e vêm mais rápidas que coelho de desenho animado. Parou um instantinho, olhou *zombeteira* o caracol e disse:

-- Volta, volta, velho! Que é que você vai fazer lá em cima? Não é tempo de pitanga. -- Vou indo, vou indo – respondeu calmamente o caracol. – Quando eu chegar lá em cima, vai ser tempo de pitanga. Millôr Fernandes, Fábulas Fabulosas -- Nórdica. Vocabulário Fustigado: adj. Maltratado, Desancado. Galgava: v. Escalava. Zombeteira: adj. Brincalhona, debochada. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Quebra-cuca õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Só quero ver! _ é h:::::::::::::::::::::::j _`[{furinho enfurecido._`] 1- O que é o que é que o pernilongo tem que é maior que o elefante? 2- O que é o que é que se compra para comer, mas a gente não come? 3- O que é o que é que é seu, mas é muito mais usado pelos outros? 4- O que é o que é que o lápis disse para o papel? 5- O que é o que é que não faz nada de errado, mas vive apanhando? 6- O que é o que é que mesmo atravessando o rio não se molha?

7- O que é o que é que de dia tem quatro pernas e de noite tem seis? 8- O que é o que é que entra na água e não se molha? Respostas: 1- O nome. 2- O garfo. 3- O seu nome. 4- Você vive me desapontando. 5- O tambor. 6- A ponte. 7- A cama. 8- A sombra. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Você sabia? õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Interessante! _ é h:::::::::::::::::::::::j O thaumoctopus mimicus é um polvo capaz de mudar sua cor e imitar a de outros seres marinhos. Em suma, até hoje, são conhecidas 15 cores que ele pode imitar. Um beija-flor, afinal, pode pesar menos que uma moeda de um centavo. Se um leão macho se torna o líder do grupo, ele mata todos os filhotes do líder anterior. A língua das girafas pode chegar a medir 50 cm. Sobretudo, elas também as usam para limpar suas orelhas. O corpo de uma água-viva é composto de 95% de água. Cães de *pradaria* se cumprimentam com beijos. As vacas são capazes de definir suas melhores amigas e sofrem com as perdas. A pele de uma rã dourada venenosa possui toxinas suficientes para matar 100 pessoas. Ao contrário da crença popular, a cor vermelha não atiça os touros. Os únicos mamíferos capazes de voar são os morcegos. Fonte: ~,https:ÿÿsegredosdomundo.~ r7.comÿ90-curiosidades-~ do-mundo-que-sao-quase-~ inacreditaveisÿ~, Vocabulário Pradarias: s. f. Região plana ou ondulada recoberta principalmente por capins. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos rir? õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- você é _ é l brilhante! _ é h:::::::::::::::::::::::j Você sabe por que a água foi presa? -- Porque ela matou a sede. Por que o professor usava óculos escuros na sala de aula? -- Porque os seus alunos eram brilhantes. Por que o *motoboy* foi demitido? -- Porque ele não estava “capacetado” para o trabalho. O que um pato disse ao outro? -- Estamos empatados.

Qual é o fim da picada? -- Quando o mosquito vai embora. Qual é o doce preferido dos átomos? -- É o pé de moléculas. Por que o astronauta não conseguiu reservar um quarto de hotel na Lua? -- Porque ela estava cheia. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Historiando õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Nem sempre foi _ é l assim! _ é h:::::::::::::::::::::::j Festa junina: origem, quando ocorre e como comemorar As festas juninas são comemoradas durante todo o mês de junho, em honra a três santos populares: Santo Antônio, São João e São Pedro. Há quem defenda a ideia de que devem ter início no dia 12 (véspera de Santo Antônio) e terminar no dia 29 (dia de São Pedro). Origem da festa junina Apesar de hoje estar embasado num forte *teor* cristão, a origem das festas juninas é *pagã*. No mês de junho, é o final da primavera e começo do verão no hemisfério norte, e o dia 24 é o *solstício* de verão nesse hemisfério. Era essa a ocasião em que os povos promoviam festas para pedir fartura nas colheitas. Como não conseguia extinguir essa tradição, a Igreja Católica introduziu nelas o caráter religioso. Fez isso aproveitando os dias dos santos mais populares que são comemorados no mês de junho. Primeiro com São João e São Pedro, e mais tarde, especialmente em Portugal, com Santo Antônio. Santo Antônio, o santo casamenteiro: 13 de junho Santo Antônio, popularmente chamado de “santo casamenteiro”, é comemorado no dia 13 de junho, dia da sua morte. Na véspera, Dia dos Namorados, as moças que querem casar fazem simpatias e orações ao santo. Como natural de Lisboa, esse santo sempre teve *apreço* entre os portugueses que trouxeram esta devoção para o Brasil. Além dos templos levantados sob sua *invocação*, é raro encontrar uma igreja que não tenha uma imagem sua.

São João, o santo festeiro: 24 de junho São João é comemorado no dia 24 de junho, dia do seu nascimento. Além de ter batizado Jesus, São João era seu primo e o primeiro a reconhecer Jesus como o Messias. A *devoção* a São João é popular devido aos portugueses. "João" foi o nome de vários reis de Portugal que faziam construir uma capela para honrar seu padroeiro. As festas juninas também são conhecidas como festas de São João, afinal esse é o mês do “santo festeiro” da comemoração. É possível que o nome decorra do mês, enquanto há quem justifique que São João é o motivador dessa *nomenclatura*. Vale lembrar que, no princípio, a festa era conhecida como Festa Joanina. São Pedro, o pescador: 29 de junho São Pedro é comemorado no dia 29 de junho, data da sua morte. Pescador, foi discípulo e o primeiro Papa da Igreja. Também é conhecido como o dia de São Pedro e São Paulo por essa ser a data da morte dos dois santos. Como São Pedro é padroeiro dos pescadores, as cidades costeiras do Brasil quase sempre têm uma capela em sua homenagem, o que contribui para a popularização da festa. Características da festa junina O Brasil tem uma tradição forte e um dos maiores símbolos das festas juninas é a fogueira. O acendimento das fogueiras juninas ocorre no dia de cada santo.

As tradições fazem parte do folclore brasileiro e compreendem aspectos de culinária, danças, brincadeiras e simpatias. Comidas e bebidas típicas de festa junina: bolo de milho, paçoca, espiga de milho verde, pinhão cozido, canjica, pamonha, curau; quentão, vinho quente, pé de moleque, batata doce assada na brasa, cuscuz; amendoim doce, pipoca, doce de abóbora, bolo de tapioca, tapioca, caldo de feijão, arroz doce, bolo de fubá etc. Brincadeiras de São João: pescaria, boca do palhaço, correio elegante, jogo de argolas, corrida do saco, cadeia, rabo do burro, tomba lata, corrido do ovo na colher, dança da laranja, cabo de guerra, corrida de três pernas, casamento caipira, qua- drilha, bingo etc. Festas juninas no Nordeste Embora seja comemorada em todo o Brasil, é no nordeste brasileiro que encontraremos as maiores festas juninas. Na cidade de Campina Grande, na Paraíba, se realiza o "Maior São João do Mundo", uma celebração comparável ao Carnaval carioca em termos de organização, infra- estrutura e retorno econômico. A festa inclui concurso de quadrilha. Contudo, a cidade de Caruaru, em Pernambuco, disputa o título com a cidade paraibana, oferecendo um mês de festa, forró e o Festival de Comidas Gigantes. Nota: A história das Comidas Gigantes já faz parte da tradição junina de Caruaru, sendo realizada há mais de 25 anos. Segundo os organizadores, a tradição teve início a partir da Festa da Pamonha Gigante, em 1999. Com isso, ano após ano, os moradores dos bairros deram surgimento a novos pratos e assim se estende a comemoração. Fonte: ~,https:ÿÿwww.calendarr.~ comÿbrasilÿfesta-junina~ ÿ#:~:text=As%20festas~ %20juninas%20s%C3%~ A3o%20comemoradas,~ (dia%20de%20S%~ C3%A3o%20Pedro)~, Vocabulário Apreço: s. m. Consideração que se tem por alguém ou alguma coisa; admiração. Devoção: s. f. Apego sincero e fervoroso a Deus ou aos santos. Invocação: s. f. Ato de chamar em auxílio, em socorro. Nomenclatura: s. f. Reunião de termos particulares ou nomeação específica de uma ciência, de uma arte, de um ofício, de uma profissão. Pagã: s. f. [Pejorativo] Que não segue nem acredita em preceitos e dogmas religiosos considerados verdadeiros (como o batismo). Solstício: s. m. Solstício é um evento astronômico em que um dos polos da Terra se encontra no seu ponto máximo de inclinação em direção ao Sol. Se o Polo Sul estiver mais voltado para o Sol, é solstício de verão no Hemisfério Sul (onde está o Brasil). Se for o Polo Norte, é solstício de verão no Hemisfério Norte (onde estão os Estados Unidos). Teor: s. m. [Fig.] Norma, regulamento. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Leitura Interessante õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- E você? _ é h:::::::::::::::::::::::j Construa pontes e não barreiras Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram certa vez em conflito... O que começara com um pequeno mal-entendido finalmente ex- plodiu numa troca de palavras *ríspidas*, seguida por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Era um carpinteiro com uma caixa de ferramentas procurando por trabalho.

-- Tenho trabalho para você — disse o fazendeiro. -- Está vendo aquela fazenda além do riacho? É do meu irmão. Quero que construa uma cerca bem alta para que eu não precise mais vê-lo. -- Entendo a situação — disse o carpinteiro. -- Farei um trabalho que o deixará satisfeito. O fazendeiro foi até a cidade e deixou o carpinteiro trabalhando. Quando retornou, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia cerca nenhuma! Em seu lugar, havia uma ponte ligando um lado ao outro do riacho. Ao erguer os olhos para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, sorrindo de braços abertos. Correram um na direção do outro e abraçaram-se no meio da ponte.

Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas para partir. -- Não, espere! — disse o mais velho. -- Fique conosco mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você. E o carpinteiro respondeu: -- Adoraria ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir. Dessa história, extraímos duas lições: a primeira é que podemos ser pessoas que constroem barreiras ou pontes. Particularmente, prefiro construir pontes, pois elas significam a união e a *conciliação*. As barreiras simbolizam a resistência e o impedimento de meu próprio desenvolvimento.

A segunda lição é que, mesmo sendo contratados para construir barreiras, podemos ter uma atitude como a do carpinteiro e construir pontes em vez de fortalezas. As pessoas, no fundo do coração, querem isso de nós. Fonte: Alexandre Rangel -- O que Podemos Aprender com Os Gansos. Ed. Original 2002. Vocabulário Conciliação: s. f. Ação ou efeito de agir de maneira pacificadora. Ríspida: adj. Brutais, grosseiras, desagradáveis. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cuidando do Corpo e da Mente õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Vamos nos _ é l cuidar! _ é h:::::::::::::::::::::::j Como lidar com a raiva Ela vem de supetão, e a gente sente no corpo, com calor, tremor, coração acelerado. Mas é possível aprender a encarar esse sentimento e até ver o lado bom dele. Veja como. Manuela Aquino A raiva é uma espécie de resposta do corpo a situações em que sentimos que há algo errado. Nessas horas, ativamos uma parte do cérebro responsável por reações rápidas, a *amígdala*. “A raiva é um estado de alerta, uma reação primitiva de sobrevivência, como o medo. Um impulso para a ação estimulado por uma irritação, um aborrecimento ou uma rejeição”, explica a psicóloga Triana Portal, de São Paulo. Reconhecer essa emoção e refletir sobre ela é essencial para controlá-la: assim ativamos outra parte do cérebro, o córtex pré-frontal, que nos dá a capacidade de parar e pensar sobre nossas ações. Aprender a reconhecer as situações que lhe deixam raivoso é um jeito de se preparar para elas. Pense sobre momentos em que sentiu essa emoção e, de cabeça fria, reflita so- bre formas de agir que não sejam ditadas pela raiva. Dessa maneira, você aumenta a chance de, em uma próxima vez, escolher um caminho mais racional. E evita também problemas de saúde. “Se a raiva tiver uma intensidade alta com longa duração, pode agravar quadros como hipertensão e diabetes. E *suprimi-la* pode nos deixar deprimidos ou ansiosos”, diz a psicóloga Daniela de Oliveira, de São Paulo. Não teve jeito e a raiva chegou? Espere antes de falar ou agir. “Contar até dez devagar é uma das formas de se acalmar. Assim você evita reações que podem trazer arrependimentos”, diz Triana. Não se trata de engolir sapo, mas de conseguir agir da maneira mais equilibrada, pensando também no futuro. Outra opção é se afastar do ambiente, sair para dar uma volta, beber um copo de água. E então ponderar se vale uma reação mais enérgica. Dê a si mesmo um tempo para pensar e só depois volte e tente o diálogo. Ou, se achar que não

será produtivo, encerre a conversa. Se a raiva for provocada por outra pessoa, faça um esforço para buscar um diálogo. Talvez não naquele momento, mas mais tarde. Conversando calmamente você poderá entender o motivo de o outro agir daquela maneira e, também, comunicar seu incômodo. Um cuidado aqui é escolher bem as palavras, falando de si e dos seus sentimentos, sem fazer acusações. “Porém, tudo tem limite: o diálogo é possível, é importante, mas esgotadas as possibilidades de entendimento devemos evitar o convívio”, diz Triana. Nada de virar um depósito do lixo tóxico alheio. Cuide de si. A raiva também pode estimular atitudes positivas. Imagine que você viu uma pessoa tratando mal uma criança ou seu colega colocou em você a culpa por um problema que ele provocou. “Diante de algo que é injusto ou ofensivo, quando você consegue *externalizar* a raiva, a sensação pode ser prazerosa, de resolução”, diz o professor de psicologia Marcelo Alves, da Universidade Mackenzie, de São Paulo. Esse é um sentimento legítimo e, se sua reação for uma intervenção respeitosa ou mesmo a chamada para um diálogo franco, pronto: você conseguirá transformá-la em algo produtivo. Para conseguir reconhecer a própria raiva e reagir da melhor maneira a ela, é preciso fortalecer a mente e o corpo. Quando nos sentimos inteiros, fica mais fácil identificar nossas emoções e escolher, de forma consciente, o que fazer com elas. Manter o bem-estar físico inclui movimentar-se, comer e dormir bem e não abusar do álcool. E o cuidado com a saúde mental deve ser um hábito. “Através de terapia e meditação, trabalhamos a *autorregulação* emocional, que nos ajuda a lidar com nossos sentimentos”, sugere a psicóloga Daniela de Oliveira. Fonte: Revista Sorria Para Ser Feliz Agora, 8ª edição, ano 14. Vocabulário Amígdala: s. f. É uma zona do cérebro. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando a pessoa em situação de alerta. Autorregulação: s. f. Ação ou efeito de regular a si mesmo, sem intervenção externa.

Externalizar: v. Manifestar, revelar, colocar para fora. Suprimir: v. Ocultar. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu Revisão Braille: João Eterno de Castro Produção: Instituto Benjamin Constant Ano: 2022