< 26 Linhas X 30 Caracteres > < COM Separação de sílabas > < Interponto > PONTINHOS Ano 66, n.o 393, abril/junho de 2025 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Missão: educar recreando, instruir divertindo, convencer esclarecendo. Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4531 ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~,

Diretor-Geral do IBC Mauro Marcos Farias da Conceição Comissão Editorial Elaine Souza da Silva Geni Pinto de Abreu Hylea de Camargo Vale Assis João Batista Alvarenga Maria Luzia do Livramento Rachel Ventura Espinheira Rafael Bomfim Dutton Colaboradores Carolina Fernandes Herdy Jéssica Medina Paim Revisão Marília Estevão

Livros Impressos em Braille: Uma Questão de Direito. Governo Federal Brasil: União e Reconstrução Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Spotify: ~,@PODfalar,~ RBC!~, Faceebook: ~,@ibcrevistas~,

Instagram: ~,@revistas{-~ rbc{-pontinhos~, Youtube: ~,@Revistas~ PontinhosRBC~, Pontinhos: revista infantojuvenil para cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de Janeiro: Divisão de Imprensa Braille, 1959 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1017 1. Infantojuvenil -- Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista infantojuvenil para cegos. III. Ministério da Educação. IV. Instituto Benjamin Constant. CDD-028.#ejhga

Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Cantigas e poesias ::::: 3 Mãe (Mário Quintana) ::::::::::: 3 Toró (Regina Siguemoto) :::::::::: 4 Cordel ::::::::::::::::: 6 Alegria em cordel (Nanda Chinaglia) :::::::::: 6 Cordel alegria (Ronaldo Reis) :::: 7 História para ler e contar :::::::::::::::: 12 O vestido azul (autor desconhecido) :::::::: 12 Quebra-cuca :::::::::::: 15 Você sabia? :::::::::::: 18 Curiosidades sobre a Páscoa pelo mundo :::: 18 Vamos rir :::::::::::::: 27 Profissão dos pais ::::: 27 Conserto da cerca :::::: 28

Conversa de pai e filho ::::::::::::::::: 29 Historiando :::::::::::: 30 A dura vida dos navegantes :::::::::::: 30 Leitura interessante ::: 38 Recado de um deficiente :::::::::::: 38 Cuidando do corpo e da mente ::::::::::::::::: 44 Dicas de perfumes para você arrasar no outono :::::::::::::::: 44 Olá, meus amiguinhos!!! Espero que estejam bem. Nesta edição da nossa revista, temos algumas surpresas para você, começando com uma homenagem carinhosa às mamães. Depois, vamos compartilhar curiosidades sobre a Páscoa no mundo, suas tradições e sobre como ela é celebrada em diversos países. Você vai saber também como era a dura vida dos navegantes, esses aventureiros que, no passado, desbravaram os mares em busca de novas terras e descobertas. E, aproveitando a chegada do outono, temos algumas sugestões de perfumes com fragrâncias ideais para a estação. Boa leitura e sempre vale a pena lembrar: estamos abertos a conversar sobre tudo o que

lemos e trocar ideias sobre essas histórias e dicas incríveis! Furinho, a mascote da Revista Pontinhos õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cantigas e poesias Mãe Mário Quintana São três letras apenas, As desse nome bendito: Três letrinhas, nada mais… E nelas cabe o infinito E palavra tão pequena Confessam mesmo os ateus És do tamanho do céu E apenas menor do que Deus! Para louvar a nossa mãe, Todo bem que se disser Nunca há de ser tão grande Como o bem que ela nos quer. Palavra tão pequenina, Bem sabem os lábios meus Que és do tamanho do CÉU E apenas menor que Deus! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Toró Regina Siguemoto Filó A formiguinha cantava toda contente Quando de repente, aconteceu um acidente... Como se um toró desabasse sobre Filó. A pobre formiguinha foi levada por uma enchente Já seu Caracol que estava distraído, ficou muito aborrecido quando ouviu o ruído A enchente seguiu em frente... E deu de cara com Edu o tatu Que, já acostumado, rolou de lado. Mas foi apanhado... Assustados, os três ficaram encharcados e quase afogados. quando Quico o cãozinho terminou seu xixi… ::::::::::::::::::::::::

Cordel Alegria em cordel Nanda Chinaglia Alegria é sentimento Que acolhe e faz sorrir Alegria é escolher Dos problemas saber rir Alegria é ser criança Ontem, hoje e no porvir Ser alegre é bom remédio Faz tão bem ao coração Ser alegre é viver leve Com sincera gratidão Ser alegre é ter a paz De uma simples oração Alegrar-se com ternura Com sorrisos verdadeiros Alegrar-se com as flores Com os bichos, seus parceiros Alegrar-se com detalhes Os mais simples, corriqueiros! Quem alegre busca ser Segue a trilha colorida Em que a luz se faz presente Gargalhadas sem medida Quem alegre busca ser Tem a alma mais florida! Fonte: ~,https:ÿÿ~ coletivearts.blogspot.~ comÿ2021ÿ10ÿalegria-em-~ cordel.html~, Acesso em: 12/03/2025 :::::::::::::::::::::::: Cordel Alegria Ronaldo Reis No sertão nordestino, lugar de muita história, O sol brilha ardente, trazendo alegria na memória. Vou contar em versos, num cordel bem singelo, Sobre a alegria que enche o coração, revelo. A alegria é um tesouro que todos nós buscamos, Nas pequenas coisas do dia a dia encontramos. É o sorriso no rosto, o abraço apertado, A música que toca, deixando o coração encantado. No forró animado, a alegria se manifesta, Os pés dançam soltos, num ritmo que não resta. O xote e o baião embalam a multidão, E a felicidade contagia, não tem limitação. Nas festas de São João, a alegria é abundante, A fogueira que arde, o chapéu de palha elegante.

As quadrilhas se formam, os casais se entrelaçam, E a noite se torna mágica, os corações se abraçam. A alegria está no olhar do menino que brinca, Nos versos rimados do poeta que deslumbra. Na comida saborosa, no aroma do café, Nos sonhos que almejamos e nunca deixamos de ter. Na roça verdejante, a alegria é cultivada, O suor do trabalhador, a terra abençoada. Colhendo os frutos, vendo a plantação crescer, A gratidão se mistura à alegria, no amanhecer. A alegria é um sentimento que se espalha, Pela cidade, pela praia, por cada batalha. Ela está na simplicidade do gesto, no amor compartilhado, No abraço apertado, no afeto demonstrado. Então, busque a alegria em cada momento vivido, Não deixe que as tristezas te deixem abatido. Cante, dance, sorria, seja feliz de verdade, A alegria é um presente, desfrute com vontade. Nesse cordel, encerro com um convite sincero, Deixe a alegria florescer, seja um jardineiro. Compartilhe o sorriso, a esperança, o amor, E encontre na alegria a felicidade, meu leitor. Assim termino essa história, esse cordel alegre, Que enaltece a alegria, esse bem tão nobre. Que a poesia lhe inspire, trazendo mais alegria, E que sua vida seja sempre uma doce melodia. Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ recantodasletras.com.brÿ~ cordelÿ7795228~, Acesso em: 12/03/2025 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

História para ler e contar O vestido azul Autor desconhecido Era uma vez uma menina que vivia em um bairro muito carente, em uma casa muito pobre e que costumava ir às aulas com roupas sujas e rasgadas. Ela também não tinha o costume de tomar banho todos os dias. Ficava triste porque seus colegas não gostavam de brincar com ela por causa das suas condições. A sua professora vendo isso, quis ajudar, foi a uma loja, comprou um lindo vestido azul e deu à menina de presente. A menina adorou o presente e na escola mesmo trocou de roupa e colocou o vestido. Chegando em casa mostrou à sua mãe o lindo presente que havia ganhado. Sua mãe, vendo o vestido, pensou que não era certo a menina usar um vestido tão lindo sem estar de banho tomado, então, a partir daquele dia começou a dar banho todos os dias na filha. Seu pai, vendo a filha tão arrumada pensou que não era certo uma menina tão linda viver em uma casa tão desarrumada e suja e resolveu fazer uns consertos, pintar algumas paredes e plantar um jardim. Seus vizinhos, vendo aquela casa tão linda e arrumada, pensaram que não era certo as outras casas estarem tão precárias e resolveram fazer um mutirão para arrumar o bairro. Então, pintaram as casas, fizeram reparos, limparam a praça e plantaram árvores. Um bom político, passando por ali, viu o que aquela gente tinha feito e pensou que não era certo pessoas tão esforçadas, não terem ajuda do governo. Então organizou uma comissão para fazer melhoramentos no bairro, fizeram um parquinho, uma quadra de esportes e uma escola nova para as crianças. Depois disso, outros bairros pobres, vendo o que tinha acontecido, decidiram fazer o mesmo e a cidade toda foi melhorando. A intenção da professora não era restaurar a cidade, mas a sua bondade com a menina desencadeou toda a transformação. Não é fácil consertar uma cidade, mas é bem simples dar um vestido azul a uma menina carente. Conselho de vó: Todo o bem que fazemos tem um retorno,

nem sempre é claro, mas todo bem sempre volta. (Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ historiasqueminhaavoconta~ va.comÿ2020ÿ09ÿ01ÿo-~ vestido-azul~, Acesso em: 27/03/2025.) :::::::::::::::::::::::: Quebra-cuca 1. Quais são os três números, nenhum dos quais é zero, que dão o mesmo resultado, quer sejam somados ou multiplicados? 1, 2 e 3, porque: 1 + 2 + 3 = 6 e 1 " 2 " 3 = 6 2. Eu pertenço ao mês de dezembro, e não a qualquer

outro mês. Eu não sou um feriado. O que eu sou? A letra "d", porque nenhum outro mês tem essa letra. 3. Eu sou seu irmão, mas você não é meu irmão. Como será que isso é possível? Você não é meu irmão, porque é minha irmã. 4. Tenho rabo, mas não sou cão Não tenho asas, mas sei voar Se me largarem, não subo, Mas saio ao vento a brincar. Quem sou eu? Uma pipa. 5. Uma jovem tem o mesmo número de irmãos e irmãs. Mas cada um dos irmãos dela tem duas vezes menos irmãos do que irmãs. Quantos irmãos e irmãs existem nessa família? Há 4 meninas e 3 meninos na família, ou seja, a jovem tem 3 irmãos e 3 irmãs (com ela, são 4 meninas). Assim, na perspectiva de um irmão, ele tem 2 irmãos e 4 irmãs. 6. A é irmão de B B é irmão de C C é a mãe de D Qual é o parentesco entre D e A? A é o tio de D. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Você sabia? Curiosidades sobre a Páscoa pelo mundo Os ovos já estavam colorindo os corredores dos supermercados desde fevereiro? Sim! Mas agora podemos dizer, de verdade, que a Páscoa está chegando. No Brasil, normalmente, se vai à missa, presenteia com ovos de chocolate e almoça com a família ou amigos no domingo. Mas e no resto do mundo? Para celebrar a data, reunimos aqui algumas das tradições mais curiosas de Páscoa de alguns dos destinos de estudo mais populares do mundo.

1. O coelhinho da Páscoa nasceu na Alemanha Você sabia que foram os alemães que inventaram o coelho da Páscoa? A lebre como símbolo da Páscoa, segundo fontes, foi mencionada pela primeira vez nos escritos alemães em 1500. A lenda alemã real do coelhinho da Páscoa conta que uma mulher pobre que morava na Alemanha decorou ovos coloridos para seus filhos encontrarem no jardim. Assim que os ovos escondidos foram encontrados pelas crianças, uma grande lebre foi vista pulando para longe. As crianças pensaram que a lebre havia deixado os ovos. E acredita-se que esse foi o nascimento da tradição do coelhinho da Páscoa

que conhecemos hoje, um símbolo de renascimento e nova vida. 2. Omelete gigante na França A maioria dos costumes de Páscoa da França deriva da tradição católica. Um deles é que os sinos das igrejas parem de tocar na Páscoa como um sinal de respeito pela morte de Jesus, e para explicar o silêncio, as crianças aprendem que os sinos voaram para Roma para serem abençoados pelo Papa. Na manhã do domingo de Páscoa, a ressurreição de Jesus, os sinos "voam de volta" para a França e jogam doces nos jardins para as crianças. Nesse dia, eles tocam alegremente como de costume. No entanto, provavelmente a tradição de Páscoa mais curiosa da França acontece nas cidades de Bessières e Haux, no sul do país, onde os moradores organizam a feitura de um omelete gigante com 15.000 ovos todos os anos. Uma dúzia de cozinheiros trabalham nessa tarefa incrível. Quando pronto, o omelete é cortado em centenas de porções e servido com pão aos moradores que participam da festa. 3. As bruxas da Páscoa na Finlândia e Suécia O Halloween chega mais cedo à Finlândia e à Suécia. Nesses países da Europa, as crianças se vestem de bruxas da Páscoa e vagam pelas ruas, de porta a porta, com vassouras pedindo chocolate, em uma tradição folclórica centenária. Os jovens usam lenços decorados, pintam o rosto e carregam galhos de salgueiro decorados, pinturas e desenhos que trocam por guloseimas. 4. Caça ao coelho na Nova Zelândia… literalmente Enquanto em outros lugares do mundo se caça ovos de chocolate escondidos pela casa, na Nova Zelândia se caçam coelhos. Sim, você não leu errado. Em Otago, na Ilha Sul, há a anual "Grande caça ao coelhinho da Páscoa", um verdadeiro abate de 10.000 a 12.000 coelhos por ano. A ideia para a criação dessa tradição na contramão do mundo, na qual o coelhinho é abatido e não celebrado, é livrar as fazendas de "pragas invasoras". Os coelhos são um problema não-nativo na região de Otago -- sem predadores naturais, os proprietários de terras têm a obrigação legal de controlá- -los. A grande caça da Páscoa tem a participação de mais de 500 caçadores e há até mesmo um troféu e um prêmio em dinheiro para quem matar mais. 5. Conscientização da espécie em extinção na Austrália Enquanto o país vizinho extermina coelhos na Páscoa, a Austrália usou a data para conscientizar a sua população sobre uma espécie em extinção. A população de bilbies está diminuindo drasticamente. Atualmente, existe uma única espécie dessa família de marsupiais, o bilby-grande, que corre perigo de extinção.

A outra espécie, bilby-pequeno, se extinguiu em 1931. Segundo o site Conexão Planeta, estima-se que há apenas 10 mil bilbies na vida selvagem da Austrália: "Os biólogos explicam que a reintrodução desses marsupiais é importante também para restabelecer o equilíbrio original dos ecossistemas em que habitam." Por isso, confeiteiros na Austrália começaram a fazer bilbies de chocolate para a Páscoa. Os australianos, a cada mordida, lembram-se da importância de ajudar a salvar uma espécie em extinção. 6. O funeral do arenque na Irlanda Até meados do século passado, durante a Quaresma, os irlandeses deixavam um pequeno pedaço de carne pendurado na parede, como símbolo de tentação. No domingo de Páscoa, a peça era retirada e queimada no fogo para dar um aroma tentador à casa antes da festa que acontece no final do dia. Outra tradição curiosíssima era o "funeral do arenque". Como muitos irlandeses só comiam peixe durante os 46 dias da Quaresma, no domingo de Páscoa já estavam cansados da iguaria. Como brincadeira, os açougueiros locais organizavam um "funeral" para um dos tipos mais comuns de peixe, o arenque, para que as pessoas pudessem se despedir dele até a próxima Quaresma. Fonte com alterações: ~,https:ÿÿwww.hotcourses.~ com.brÿstudy-abroad-infoÿ~ once-you-arriveÿ~ cursiosidades-sobre-a-~ pascoa-pelo-mundoÿ~ #:~:text=5.,salvar%~ 20uma%20esp%C3%~ A9cie%20em%20~ extin%C3%A7%C3%~ A3o~, Acesso em 17/03/2025. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos rir Profissão dos pais É o primeiro dia de aula e a professora quer saber o que os pais dos alunos fazem. -- Agora, eu quero saber qual a profissão do pai de cada um de vocês. Alberto, o que é que o seu pai faz? -- Ele é comerciante, professora. -- Ah, muito bem. -- E você, Bartolomeu? O que o seu pai faz? Ele é gerente do banco, professora. E assim ela vai percorrendo a lista de chamada até que chega a vez de Juquinha. -- Juquinha, o que é que seu pai faz? -- Professora, sniff! Sniff! Meu pai morreu na semana passada. -- Ah, eu não sabia, Juquinha. Os meus pêsames. Mas o que ele fazia antes de morrer? -- Toss, toss, arrghhh! Arrghh! Plufft! :::::::::::::::::::::::: Conserto da cerca Joãozinho observa atentamente o padre, enquanto este conserta a cerca do jardim da igreja. Notando o interesse do garoto, o padre pergunta: -- Você quer aprender como se conserta uma cerca, não é, meu filho? -- Não, padre! Só tô curioso pra saber o que um padre fala quando dá uma martelada no dedo! ::::::::::::::::::::::::

Conversa de pai e filho O pai conversa com o filho. É uma dessas conversas sérias, de homem pra homem. E finaliza: -- Espero que você tenha entendido tudo o que eu lhe falei, meu filho, porque um pai que não se comunica e não se faz entender por seu filho é um verdadeiro ignorante, um estúpido. Entendeu? -- Não, papai. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Historiando A dura vida dos navegantes Nas caravelas dos descobrimentos, a busca por aventura, fama e fortuna fazia os marinheiros passarem por maus bocados. Fome, sede e doença eram apenas algumas das palavras comuns no cotidiano dos navegantes nos séculos XV e XVI. Fugindo de uma vida dura na Europa, centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns buscavam enriquecimento rápido e fama; outros, penitência pelos pecados e oportunidade de difundir a fé em Cristo. Contudo, encontravam surpresas nem sempre agradáveis. Dentre os obstáculos que precisavam ser vencidos para desbravar os mares, nenhum superava a dureza do dia a dia nas caravelas. Os navegantes eram confinados a um pequenino espaço que impedia qualquer tipo de privacidade. Os hábitos de higiene eram precários. Proliferavam insetos parasitas: pulgas, percevejos e piolhos. O mau cheiro se acumulava, tornando-se insuportável em pouco tempo. Além disso, havia o perigo constante de naufrágio e a possibilidade de serem mal-recebidos pelos nativos. Ainda assim, apesar de todas as dificuldades, a vida no mar podia ser instigante: encontrar novas terras e gentes, escapar da rotina... O ambiente de permanente tensão era gerado, em parte, pelo aperto a bordo. As caravelas tinham dimensões modestas. A chamada “caravela latina”, então muito utilizada, tinha 16 metros de comprimento por 5 metros de largura. Além do convés, que ficava a céu aberto, qualquer tipo de caravela tinha no máximo mais dois pavimentos inferiores. Este espaço era lotado com canhões, pólvora, munição e, principalmente, água e alimentos necessários para enfrentar o alto-mar, deixando pouco espaço para os marujos. O número de tripulantes variava entre 12 e 120, muitas vezes envolvendo, além de marinheiros, bombardeiros responsáveis pelo manuseio dos canhões e soldados que deveriam garantir a segurança no desembarque em praias lotadas de nativos potencialmente violentos.

Nos andares inferiores, o ar e a luz eram escassos, fornecidos apenas por fendas entre as tábuas de madeira, que também deixavam passar água, tornando os porões abafados, quentes e úmidos. Devido ao aperto nos navios, a alimentação era um problema constante. Os gêneros (alimentos) embarcados tinham sempre uma péssima qualidade, começando a estragar ainda no início da viagem. Os produtos oficialmente embarcados incluíam carne vermelha defumada, peixe seco ou salgado, favas, lentilhas, cebolas, vinagre, banha, azeite, azeitonas, farinha de trigo, laranjas, biscoitos, açúcar, mel, uvas-passas, ameixas, conservas e queijos. Também eram transportados barris de vinho e água, embora, depois de algumas semanas, o vinho se transformasse em vinagre e a água, em um fétido criadouro de larvas. Para garantir a presença de alimento fresco, iam a bordo alguns animais vivos, principalmente galinhas, e, por vezes, bois, porcos, carneiros e cabras, brindando os embarcados com muito esterco e urina, que contribuíam para agravar o quadro de doenças entre os humanos. Mesmo assim, raramente havia carne vermelha fresca, e, quando existia, uma arroba era fornecida, por mês, para cada homem -- o equivalente a 2,510 quilos. Mas, o embarque de animais de grande porte não era recomendado, tomava muito espaço, consumia víveres e água, deixava o ambiente ainda mais sujo.

Em viagens longas, passado um mês, o que sobrava para comer era uma espécie de biscoito duro e seco, então já todo roído por ratos e baratas. Nestas condições, a ração era distribuída três vezes ao dia, praticamente nunca excedendo uma porção de biscoitos, meia medida de vinho e uma de água. Diante da fome, muitos outros optavam por tentar caçar os muitos ratos presentes a bordo. A dieta pobre em vitaminas explica as diversas doenças que apareciam nas viagens, com sintomas como disenteria, febre, fraqueza extrema e desnutrição. A principal era o escorbuto, chamado na época de “mal das gengivas” ou “mal de Luanda”, provocado pela falta de vitamina C. Causava inchaço das gengivas e perda dos dentes, dilatações e dores nas pernas, conduzindo a uma lenta, horrível e dolorosa morte. A ausência de hábitos básicos de higiene piorava tudo. Não era costume, por exemplo, lavar as colheres e os pratos usados. Estes utensílios eram compartilhados, sendo de uso coletivo entre os tripulantes. Além disso, piolhos, pulgas e percevejos saltavam dos animais transportados e encontravam nas pessoas um farto terreno para proliferar. Os tripulantes precisavam conter seu nojo diante dos companheiros de viagem, que arrotavam, vomitavam, soltavam ventos e escarravam perto dos que comiam sua refeição. Não havia instalações sanitárias a bordo. Eles faziam as necessidades se debruçando na borda do navio, voltados para o mar. Alguns caíam enquanto buscavam alívio e nunca mais eram vistos. Tudo em meio ao convívio com gente que havia embarcado fugindo de desafetos ou da Justiça. Apesar de muitos buscarem redenção pelos pecados, outros estavam à procura de oportunidades de arranjar mais encrenca, cometer estu- pros ou atirar o companheiro ao mar para se apoderar de seus pertences. Fonte: ~,https:ÿÿ~ materiaisdehistoria.~ com.brÿgrandes-navegacoes-~ a-dura-vida-dos-navegantes~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Leitura interessante Recado de um deficiente Eu perdi um pouco de minha visão aos quatro anos. Bastante visão aos dezesseis e, praticamente tudo, do pouco que me restava, uns três anos depois. Tive momentos difíceis na hora de estudar, na hora de querer namorar, na hora de querer dançar em uma festa. Não é fácil se adaptar ao mundo quando não se enxerga, mas é importante entender que poucas coisas realmente valiosas são fáceis. Rapidamente, percebi que tinha só duas opções. Eu podia ficar fechado em casa, chorando, porque era uma vítima. Ou podia sair e viver a vida.

Foi fácil entender isso intelectualmente. Emocionalmente, demorei um pouco para aceitar esta simples lógica. Eu queria trabalhar, ter responsabilidade, ser produtivo, ser amado, casar, ser independente. Nada disso me seria garantido se eu arriscasse e fosse à luta. Mas, se eu ficasse me sentindo uma vítima, era certo que nunca teria nada do que queria. A decisão era fácil, embora a luta não fosse. Acredito que algo que sempre incomoda quando se está enfrentando um desafio, como a cegueira, é que acreditamos que tudo isso é injusto. Por que eu? Por que eu estou ficando cego? Com certeza, outras pessoas se perguntam outras coisas como: por que eu tenho câncer? Por que não tenho dinheiro? Por que não sou o homem mais bonito ou popular? O interessante é que sempre achamos que o nosso problema é o mais sério. O certo é que não damos valor a nada do que temos. Então, sempre parece que não temos nada. Só damos valor a coisas que perdemos. Quando estava fazendo mestrado em Washington, triste por algum motivo, nem sei se era porque, como cego, estava tendo dificuldades ou se meu computador estava com problemas, escutei, através do rádio, as notícias de um professor universitário na Califórnia que era quadriplégico. Ele precisava pegar um lápis com sua boca e escrever no seu computador, apertando uma tecla de cada vez.

Imagine: eu me sentindo a maior vítima. No entanto, eu podia andar por todo o campus, sem ajuda de ninguém, podia escrever mais rápido à máquina do que qualquer pessoa na minha sala. Aquele professor me ajudou a valorizar muitas coisas que eu não estava dando importância. Perguntei-me: O que é justo? O que é injusto? É justo eu ter pernas quando não as utilizo para ganhar medalhas nas Olimpíadas? Ou não as uso para ajudar o próximo e nem sequer as valorizo? É justo eu ter um cérebro e não utilizá-lo ao máximo? É justo eu ter braços fortes e não usá-los para abraçar, demonstrar meu amor a quem, todos os dias, me dá tanto? É justo eu ter uma vida e não me lembrar de agradecer, todos os dias, aos meus pais por me terem permitido nascer? É justo eu ter uma esposa, um curso universitário, um coração que pulsa, rins que funcionam, pulmões fortes, mãos rijas, e não me recordar de dizer ao meu criador: obrigado, Deus, por me teres criado? * * * A carta que acabamos de ler é de um jovem brasileiro, que trabalha em Nova Iorque. Sua filosofia pessoal, com certeza, não alentará somente aqueles que estão enfrentando cegueira física, mas também a todos aqueles de nós que portamos a cegueira espiritual, que não nos permite enxergar as bênçãos de que somos portadores.

Pensemos nisso e mudemos o foco das nossas vidas de lutas, dissabores e dificuldades para vidas de oportunidades, testes e aprendizado. (Redação do Momento Espírita) Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ reflexao.com.brÿ?sect=~ mensagens&t=ler&id=1017~, Acesso em: 26/02/2025 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cuidando do corpo e da mente Dicas de perfumes para você arrasar no outono O outono, com seu clima ameno e agradável, oferece o cenário ideal para explorar uma gama diversificada de fragrâncias que capturam a essência desta estação singular. Não tão quente quanto o verão, nem tão frio quanto o inverno, é um período de transição que inspira notas olfativas envolventes e sofisticadas. É o momento de abandonar as fragrâncias frescas e leves do verão e abraçar perfumes mais ricos e encorpados, que se harmonizam perfeitamente com a atmosfera outonal. Para aproveitar ao máximo seus perfumes durante esta estação, Poliana Palhano, gerente da perfumaria Fragrance de L'Opéra, de Paris, compartilha dicas valiosas sobre cuidados com o perfume. Confira! 1. Aplique com moderação: com as temperaturas mais amenas do outono, lembre-se de que menos é mais. Opte por uma aplicação mais sutil do perfume para evitar que se torne avassalador, permitindo que as notas se desenvolvam de maneira suave e cativante ao longo do dia. 2. Escolha camadas sutis: experimente combinar seu perfume favorito com produtos complementares, como loções perfumadas ou óleos corporais, para criar camadas sutis de fragrância. Essa técnica não apenas aumenta a durabilidade do perfume, mas também adiciona uma dimensão extra à sua experiência olfativa. 3. Explore notas profundas: durante o outono, as fragrâncias com notas mais ricas e encorpadas ganham destaque. Explore opções como baunilha, patchouli, âmbar e especiarias, que evocam uma sensação de calor e conforto, perfeitas para os dias mais frescos desta estação. 4. Aplique nos pontos de pulsação: aplique o perfume nos pontos de pulsação, como o pescoço, os pulsos e atrás das orelhas, para aproveitar ao máximo sua projeção e longevidade. Essas áreas do corpo emanam calor, o que ajuda a difundir a fragrância de maneira mais eficaz. 5. Armazenamento adequado: para garantir a integridade e a qualidade do seu perfume, armazene-o em um local fresco e escuro, protegido da luz solar direta e do calor excessivo. Isso ajudará a preservar sua fragrância e frescor por mais tempo. Confira a seguir, dicas de perfumes masculinos e femininos para você se inspirar no outono: Para elas 1. Chanel: Coco Mademoiselle Uma verdadeira joia da perfumaria, esta fragrância combina notas cítricas de bergamota com a suavidade das rosas e a profundidade do patchouli, criando uma aura de

elegância e feminilidade perfeita para o outono. 2. O Boticário: Her Code Touch Sensual e instigante, esta fragrância amadeirada combina o exclusivo Código Secreto, acorde olfativo único e instigante, à sofisticação envolvente da baunilha absoluta, aquecidos pela feminilidade floral do ylang ylang e à força do sândalo, revelando nuances quentes e sensuais que aguçam o prazer feminino. Para eles 3. O Boticário: Malbec É quase impossível não falarmos de um dos clássicos no grupo das fragrâncias amadeiradas. Malbec é desenvolvido através de um processo de fabricação exclusivo no mundo com o álcool vínico, obtido através da fermentação da uva e envelhecido em barris de carvalho francês. Sua fra- grância traz notas amadeiradas quentes que se combinam ao frescor frutal a nuances especiadas, sendo mais seca e menos adocicada. 4. Dior: Sauvage Fresco e vibrante, com notas de bergamota, pimenta e madeira de sândalo, ideal para homens confiantes e aventureiros que buscam uma fragrância que os leve da cidade à natureza com elegância e estilo. Fontes: ~,https:ÿÿwww.~ boticario.com.brÿdicas-~

de-belezaÿmelhores-~ fragrancias-para-o-outono~, ~,https:ÿÿwww.agazeta.com.~ brÿsecuidaÿ10-perfumes-~ femininos-e-masculinos-~ ideais-para-o-outono-0424~, Acesso em 14/03/2025. Vocabulário: Bergamota: substantivo feminino -- [Brasil: Rio Grande do Sul e Santa Catarina] O mesmo que tangerina e tangerineira. Especiadas: adjetivo -- Termo usado em fragrâncias que possuem característica e aroma resultantes do uso de especiarias como cravo e canela. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

E aí, pessoal, acabou por aqui! Espero que tenham se divertido com a coluna “Vamos rir” e os convido a refletir sobre o recado do texto que trouxemos na coluna Leitura Interessante. Agora, é hora de se despedir, mas não se preocupe, a próxima edição já já está chegando! Nos encontramos logo! Furinho, a mascote da Revista Pontinhos õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra

Produzido e distribuído pela Divisão de Imprensa Braille do Instituto Benjamin Constant :::::::::::::::::::::::: Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alínea *d*.