Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração Carla Maria de Souza Daniele de Souza Pereira Leida Maria de Oliveira Gomes -- Ilustradora da História em Quadrinhos do Superbraille Regina Celia Caropreso Revisão Hylea de Camargo Vale Fernandes Lima

Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Pátria Amada Brasil Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.fmÿ~ podfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, Youtube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Pontinhos: revista infanto- juvenil para cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n. 1 (1959) --. Rio de Janeiro: Divisão de Imprensa Braille, 1959 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1017 1. Infantojuvenil -- Cego. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista -- Periódico. I. Pontinhos. II. Revista infantojuvenil para cegos. III. Ministério da Educação. IV. Instituto Benjamin Constant. CDD-028.#ejhga

Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Seção Infantil Cantiga infantil :::::::: 1 Canção de Verão :::::::: 1 Trava-línguas ::::::::::: 2 Cordel A criança e a rede social ::::::::::::::::: 4 Histórias para Ler e Contar As gavetas da avó de Clara ::::::::::::::::: 12 Seção Juvenil Quebra-Cuca :::::::::::: 16 Você Sabia? Vamos Rir? ::::::::::::: 23 Historiando Clássicos da pintura :::: 26

Leitura Interessante Por que climas diferentes? :::::::::::: 28 Cuidando do Corpo e da Mente A importância de cuidar da saúde mental: 10 dicas valiosas ::::::::: 32 História em quadrinhos do Superbraille :::::::::: 41 Seção Infantil Cantiga _`[{imagem do mascote da Revista Pontinhos, Furinho, em formato de um punção. A parte superior é a cabeça, representada pelos símbolos "õxo". A parte inferior é o corpo, representado pelo símbolo "é"._`] õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Vamos Cantar! _ é h:::::::::::::::::::::::j Canção de Verão Luiza Mc Arthur Costa Guedes e Luiz Roberto Guedes É como um sol de verão Queimando no peito Nasce um novo desejo Em meu coração

É uma nova canção Rolando no vento Sinto a magia do amor Na palma da mão É verão Bom sinal Já é tempo De abrir o coração E sonhar õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Trava-línguas õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Essa eu quero _ é l ver! _ é h:::::::::::::::::::::::j Se a liga me ligasse, eu ligava a liga, mas como a liga não me liga, eu não ligo a liga. Alô, o tatu tá aí? -- Não, o tatu não tá.

Mas a mulher do tatu “tando”, é o mesmo que o tatu tá. Paga o pato, dorme o gato. Foge o rato, paga o gato. Dorme o rato, foge o pato. Paga o rato, dorme o pato. Foge o gato, paga o pato. Se casa suja é chão sujo, só tem casa suja quem tem chão sujo. O princípio principal do príncipe principiava prin- cipalmente no princípio principesco da princesa. Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastro... õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Cordel õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Interessante! _ é h:::::::::::::::::::::::j A criança e a rede social Fatima Teles Criança e adolescente Venho aqui para falar A importância da leitura Para você interpretar Celular não ensina isso Só o livro é que vai dar A internet oferece Bastante informação Porém o conhecimento Só com o livro em sua mão Pra poder abrir a mente Causando transformação É preciso ter cuidado Com a rede social De forma bem positiva

Use o lado cultural Mas esteja sempre atenta Pois nem tudo é natural Amizade com estranho Nem de noite e nem de dia O que vemos é maldade E a tal *pedofilia* Que abusa de você Retirando a alegria Desconfie de elogio Carinho e admiração Pode ser uma armadilha Para um golpe de armação Depois virá um prejuízo Restando a decepção O ideal é o estudo E o hábito de ler Pra mudar a sua vida Leia que você vai ver O aprendizado é tudo A leitura tem poder

Tem adulto na internet Oferecendo a amizade A criança e adolescente De toda e qualquer idade Mas no fundo ele só quer Praticar sua maldade Seja esperta e acredite Ele vai presentear Com bombom ou com revista Pra querer *galantear* Convencer com sua fala Depois lhe *pisotear* A certeza é que existe Adulto sem coração Que já olha pra criança Com segunda intenção Desejando o seu corpo Planejando a exploração Adulto marcando encontro Tome logo seu cuidado De *assédio* é suspeito E de caso estudado Diga não logo de cara Seja bem desconfiado

Conversa em *WhatsApp* Somente com a família O seu pai, a sua mãe Com estranho desconfia Bate-papo com estranhos Pode ser pedofilia Muita gente não se mostra De verdade como é Na internet é comum Ter adulto de má fé Com a fala muito mansa Pra pegar Maria ou Zé Conte sempre a sua mãe O que você *acessou* No Colégio e amizades Como o dia se passou Como está interagindo E o que lhe interessou Sua mãe é sua amiga Ela vai lhe ajudar Em toda situação

Na hora que precisar Tenho isso como certo Nela deve confiar Use sua inteligência Seja bem desconfiada Não responda em seguida A mensagem enviada Pense na sua resposta Pra não ser *aliciada* *Facebook* e *Instagram* Veja só a explicação Mexem com a vaidade Tiram a concentração Tem que ter maturidade Não são mera distração Pegue um livro ou revista Do gibi pra você ler Uma palavra cruzada Brinquedo vá escolher Pode ser quebra-cabeça Ou bola para bater Protegendo um animal Ofereça seu carinho Aprenda com cada bicho Cuidar de um passarinho Observar uma árvore Veja a beleza de um ninho Não se engane com a internet Ela não lhe dá cultura Uma aula de teatro Te dará *desenvoltura* Mudando o comportamento Construindo uma postura Um instrumento musical Promove o conhecimento Experimente logo um Concentre seu pensamento Você vai se emocionar Vivendo o encantamento Exerça bem o direito Do estudo e do brincar Aproveite toda a fase Logo ela vai passar Não se apresse com paquera Que essa hora vai chegar

O livro é um passaporte Pra sua sabedoria Ele vai levar você Rumo a sua melhoria É um amigo fiel Quer teu bem e alegria Tem na rede social Muita gente mascarada Se mostrando como boa Chegando pela beirada Conhecendo mais de perto É uma desnaturada Criança e adolescente É preciso *precaução* Analisem bem os gestos Com a observação O que vale é atitude O resto é *enganação* Vocabulário Acessou: v. Estabeleceu comunicação com computador ou

rede de computadores para obter e utilizar dados, programas, serviços etc. Aliciada: v. Estimulada, por meio de promessas ou favores enganosos, a participar, colaborar ou agir com cumplicidade. Assédio: s. m. (Fig.) Insistência em aproximar-se de, em abordar alguém; perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém. Desenvoltura: s. f. Capacidade de criar ou desenvolver algo com facilidade. Enganação: s. f. Ação de induzir alguém ao erro; mentira. Galantear: v. Cercar de atenções. Pedofilia: s. f. Atração sexual de adulto por criança. Pisotear: v. (Fig.) Humilhar; maltratar.

Precaução: s. f. Prevenção, cuidado. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Histórias para Ler e Contar õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Você também tem? _ é h:::::::::::::::::::::::j As gavetas da avó de Clara Angela Chaves Na casa da avó de Clara, há três gavetas: uma azul, uma amarela e outra rendada. Na azul, guardam-se as fitas. Na amarela, as pinturas e tintas. E na rendada... segredos. A rendada, preferida de Clara. Segredo de avó é muito antigo. Tem gosto de volta e sabor de brinco de argola dourada. Clara, mãos cor de fada, cabelos de caracóis, alcança o puxador de madeira. Abre, gaveta rendada! Cada vez, uma novidade. Ou seria uma interrogação? Um retrato vira um passeio. Um broche: um Natal. O anel revela um baile. E a tesoura de osso? Um risco. Mas Clara sabe que não há nada a temer. E com mais um passo, *de- bruça-se* inteira sobre os tesouros da avó. A gaveta cede, quase cai sobre os pés da menina, que não para. Clara mexe e remexe, com cuidado, barulho nenhum. Coisa boa brincar com o silêncio! A avó entra no quarto: um *flagra*. -- Menina, que bagunça é essa nas minhas coisas? Clara, susto na voz, quer explicar as buscas, mas só consegue exclamações. A avó examina a desordem, põe mel nas palavras: -- Você pode se machucar, minha querida. Só pode mexer aí comigo do lado, entendeu? Oba! A avó topa brincar! E a gaveta despeja os segredos na cama. São tantos e sempre novos! Mesmo os mais velhos. -- Vó, que papéis amarelos são esses, embrulhados com fita azul? -- São as cartas do seu vô... quando éramos namorados. Naquele antes, os cabelos negros da avó batiam nos ombros e os sonhos do avô construíram um quintal. -- Nosso quintal tinha uma árvore imensa. Quando dava flor, cobria tudo, até o chão... como um tapete cor- -de-rosa. -- E quem subia lá no alto da árvore, vó? – quer saber a menina outra vez. A avó repete, lembrança gostosa:

-- Sua mãe, Clara... Sua mãe. Os olhos da avó já viram muito e viram tanto que às vezes se cansam de olhar. Não para Clara, sua neta, mais preciosa que o tempo. -- Ah, quanta coisa se passou! Isso de lembrar não acaba nunca – suspira. Clara suspira também, aliviada. O dia foi embora, o hoje se despede com a noite que avança. Mas o passado não tem começo nem fim. A menina se *aninha* no colo da avó, pega um vidro azulado, perfume de ontem. E espera mais uma história, duas, infinitas! Depois vai dormir e sonhar... com as gavetas da avó. Vocabulário Aninha: v. Abriga no colo da avó de forma carinhosa. Debruça-se: v. Inclina-se. Flagra: s. f. (Gíria) Ação de ser surpreendido no momento em que se faz algo. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Seção Juvenil Quebra-cuca _`[{furinho enfurecido._`] õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Só quero ver! _ é h:::::::::::::::::::::::j 1. O que é? O que é? a) Tem coroa, mas não é rei; tem raiz, mas não é planta? b) Tem pé, mas não caminha; tem cabelo, mas não penteia? c) Quanto mais seca, mais molhada fica? d) Que o pernilongo tem maior que a girafa? e) Tem dentes, mas não come; tem barba, mas não é homem?

f) No mar cresci, no mar me criei, mas se me jogarem no mar, no mar morrerei? g) Tem coroa, mas não é rei; tem escamas, mas não é peixe? h) Uma ave colorida que, se o nome escrever, poderá ler de trás para frente e o mesmo nome irá ver? Respostas: 1. a) Dente b) Milho c) Toalha d) Nome e) Alho f) Sal g) Abacaxi h) Arara õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Você sabia? õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Interessante! _ é h:::::::::::::::::::::::j Vacinas O que é vacina? É uma descoberta da ciência que nos protege de algumas doenças causadas por *microrganismos*. É uma maneira segura e eficaz de não ficarmos doentes. O que tem dentro dela? Os próprios microrganismos que nos deixam doentes. Calma! Calma! Na vacina, os cientistas colocam os microrganismos mortos (*inativados*), bem fraquinhos (*atenuados*) ou pedacinhos deles (*subunidades*). E assim, nosso corpo é treinado para lutar contra esses inimigos.

O sistema imune é o nosso exército de defesa. Ele é o responsável por lutar contra as infecções. Esse sistema de defesa é formado por soldados, que são as nossas células. E também por algumas armas, que são as moléculas que o nosso corpo produz para o combate. Temos dois grupos em nosso exército imunológico: imunidade natural e imunidade adquirida. Cada grupo desses têm seus soldados (célula de defesa) e suas armas (moléculas produzidas pelo nosso corpo). Imunidade natural – os soldados e armas deste grupo são responsáveis por: 1- Patrulhar o corpo: Eles patrulham nosso corpo em busca dos microrganismos inimigos e, quando os encontra, ligam o alarme para os outros soldados entrarem na guerra. 2- Entrar na batalha com o inimigo para tentar eliminá- -lo. Mas, sem as armas certas, nem sempre vencem a luta. 3- Passar informações dos inimigos aos agentes da imunidade adquirida. Os soldados da imunidade natural passam um relatório dos inimigos para o grupo da imunidade adquirida entrar na guerra com as armas certas, conhecendo o inimigo. Imunidade adquirida – os soldados (células) e armas (moléculas) da imunidade adquirida são responsáveis por: a) Produzir armas superpoderosas contra os inimigos e dar superpoderes aos soldados do nosso sistema de defesa. b) Batalhar contra esses vilões, utilizando as armas certas. c) Guardar as informações dos inimigos para saber como derrotá-los, caso ataquem novamente no futuro. As informações sobre os pontos fracos dos vilões ficam gravadas na memória dos agentes da imunidade adquirida, chamada de Memória Imunológica que funciona por muitos anos. E é graças a essa memória que não ficamos doentes quando o vilão invade nosso corpo novamente. E é aqui que entram as vacinas! Quando tomamos uma vacina, o nosso corpo recebe os vilões bem fraquinhos, mortos ou pedacinhos deles, se lembram? E assim nossos soldados da imunidade adquirida treinam para uma batalha no futuro. Aí, quando o vilão de verdade aparecer, todo poderoso, o sistema imune já sabe como fazer para derrotá-lo.

A vacina foi uma ideia genial, você não acha? Fonte: Série Pequenos Cientistas – Mundo Invisível Vocabulário Atenuados: adj. Reduzidos, diminuídos. Inativados: v. Desativados, interrompidos, paralisados. Microrganismos: s. m. Organismos excessivamente pequenos, visíveis somente com a ajuda de um microscópio: as bactérias, os fungos, os vírus. Subunidades: s. f. Divisão de uma unidade. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos rir? õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Será que vou _ é l rir? _ é h:::::::::::::::::::::::j O médico pede ao paciente que vá até a janela, se debruce e ponha a língua para fora. O paciente obedece, mas depois pergunta curioso: -- Que espécie de exame é esse, doutor? -- Não é exame, não. É que eu não vou com a cara de meus vizinhos. :::::::::::::::::::::::: O assaltante entra na biblioteca e diz: -- A bolsa ou a vida? A bibliotecária: -- Qual é o autor? :::::::::::::::::::::::: Na feira de arte, o turista escolhe um quadro: -- Gostei! Vou levar este! -- O senhor fez uma ótima escolha! Essa tela me custou dez anos de vida! – diz o pintor. -- Caramba! Dez anos! Deve ter dado um trabalhão! – diz o comprador. -- Ô se deu!... Foram dois dias para pintar e o resto para conseguir vender! :::::::::::::::::::::::: -- Não gosto de ninguém que meta o nariz em meus negócios. -- Já eu gosto! -- É porque você não tem amor-próprio. -- Tenho, mas sou fabricante de lenços. ::::::::::::::::::::::::

-- Parece-me que você está atrapalhado com a minha pergunta? -- Não, professor, o que está atrapalhado é a minha resposta. :::::::::::::::::::::::: O vendedor ambulante para a dona de casa. -- Interessa-lhe uma apólice de seguros? -- Não, já tenho uma. -- E a enciclopédia Barsa, em nova encadernação? -- Não, senhor. Muito obrigada. -- Uma bateria eletrônica com 837 ritmos diferentes? -- Claro que não! Não quero nada! -- Pra se ver livre de mim, a senhora compraria um sabonete? -- Compro até dois!

-- Obrigado, senhora. É isso mesmo que eu vendo. São cinco reais. :::::::::::::::::::::::: Em todas as profissões, o profissional começa por baixo até atingir as alturas. -- Não na minha. -- Por quê? -- Porque sou perfurador de poços. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Historiando õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Interessante! _ é h:::::::::::::::::::::::j Clássicos da Pintura Gare Saint-Lazare é uma estação de trem em Paris onde passavam as locomotivas a vapor vindas de todas as partes da França. O *ateliê* de Edouard Manet (1832-1883) era tão próximo dessa estação que ele podia sentir o chão estremecer quando os trens chegavam e partiam. Através de sua janela, dava para ver a fumaça que saía das locomotivas. Manet registrou o lugar, retratando duas figuras femininas: uma menina observando a fumaça dos trens e uma jovem senhora com um pequeno cachorro e um livro no colo, que parecem estar à espera de alguém. O público estranhou a obra, pois não pertencia a nenhuma das categorias de pintura até então conhecidas. Não era um retrato nem uma paisagem, nem tampouco o registro de um evento histórico. Era apenas uma cena do cotidiano da cidade de Paris, tema incomum naquela época. Outros artistas também pintaram a Gare Saint-Lazare, entre eles Monet `(1840- -1926`), que pintou mais de doze telas da estação e suas proximidades. Fonte: Gênios da Escola 12 Vocabulário Ateliê: s. m. Oficina ou estúdio de pintor, fotógrafo, alfaiate, costureiro etc. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leitura Interessante õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Preste atenção! _ é h:::::::::::::::::::::::j Por que climas diferentes? Alguns lugares do planeta são mais frios, outros mais

quentes. Essa variação é determinada principalmente por três fatores: O primeiro fator é a maior ou menor proximidade do lugar em relação ao *equador* e aos polos. Os lugares mais quentes estão mais próximos do equador. Lá os raios solares incidem na superfície de forma perpendicular, percorrendo a distância mais curta através da atmosfera, e se concentram em uma área limitada, onde faz muito calor o ano todo. Já nos polos e próximo a eles, os raios incidem de forma oblíqua, fazem uma trajetória mais longa e se espalham por uma área maior, aquecendo menos. O segundo fator é a altitude. O lugar é mais frio quanto mais alto em relação ao nível do mar. A cada 180 me- tros de altitude a temperatura diminui um grau. No verão, por exemplo, no *sopé* das montanhas dos Andes faz calor, enquanto o *cume* permanece congelado. O terceiro fator é a maior ou menor distância do lugar em relação ao mar. A proximidade da água ajuda a atenuar o calor nos lugares quentes e o frio nos lugares frios. Isso se deve ao fato de que a água esfria ou esquenta mais lentamente do que a terra, o que a torna um moderador da temperatura. As variações climáticas acontecem quando existe um aquecimento ou esfriamento da Terra. Nos 450 milhões de anos de existência do planeta isso aconteceu naturalmente várias vezes. Atualmente, acredita-se que a temperatura está aumentando por causa dos gases poluentes lançados na atmosfera pelo homem, que retêm o calor do Sol na superfície: é o chamado efeito estufa. Nas últimas décadas, muitas espécies de pássaros, estrelas-do-mar e insetos migraram até 100 km em direção aos polos, por causa do clima. Com o aumento da temperatura média da Terra, algumas aves migratórias adiantam em várias semanas suas viagens, arriscando-se a não encontrar alimento ao chegar ao destino. A Terra sempre teve variações climáticas, mas a velocidade da mudança atual pode desorganizar perigosamente os ecossistemas. Fonte: Gênios da Escola 10 Vocabulário Cume: s. m. Ponto ou parte mais alta (de monte, serra etc.) Equador: s. m. Linha imaginária que divide a Terra em

dois hemisférios, norte e sul. Sopé: s. m. Parte inferior, mais próxima do plano, de monte, rocha, encosta, muro etc. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cuidando do Corpo e da Mente õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Proteja-se! _ é h:::::::::::::::::::::::j A importância de cuidar da saúde mental: 10 dicas valiosas Regiane B. S. Cruz Por que as pessoas não falam em saúde mental? Quando se fala em saúde mental ainda há um tabu enorme, muitas pessoas têm preconceitos sobre o assunto, alguns pensam que a questão da saúde mental é para “doido ou maluco”, e dizem: “não preciso disso”, é “frescura”, é “desperdício de tempo” e até mesmo existem pessoas que têm medo de falar sobre suas emoções e sentimentos, acham vergonhoso, ou aquelas que acham que saúde mental é um luxo, e somente os ricos podem desfrutar dela. Mas, não se engane, não se deixe levar por essas ideias pré-concebidas e desenvolvidas de forma errônea a respeito do tema! Saúde mental é um fato. Assim como o nosso corpo físico adoece, nossa mente tam- bém pode adoecer. O adoecimento mental existe. Adoecer mentalmente não é de forma alguma um sinal de fraqueza, que você não é bom ou que é inferior aos outros. Pelo contrário, demonstra que você foi forte, aguentou o quanto pode, mas que agora precisa de ajuda. Saúde mental é assunto para todas as pessoas. E pra que não haja dúvidas e antes que você diga que está ou não saudável, é importante saber qual é o conceito de saúde atualmente aceito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o termo é utilizado para descrever um estado de “completo bem-estar físico, mental e social”. Vale lembrar que isso não está relacionado somente com ausência de *moléstias* e doenças. E quando o assunto é especificamente a saúde mental, temos a seguinte afirmação, por parte da OMS: A saúde mental é determinada por uma série de fatores socioeconômicos, biológicos e ambientais. Devido ao contexto moderno, deste mundo *frenético* em que estamos inseridos, tudo muda numa velocidade incrível, e isso exige muito mais das pessoas. Por isso não é difícil que ocorram sobrecargas mentais, sejam elas frutos de estresse no trabalho, medos, problemas familiares, afetivos, rápidas mudanças sociais, violência, violação de direitos, estilo de vida não saudável, entre tantos outros fatores que podem desencadear alguma dificuldade em relação à saúde mental. Se sua mente não vai bem, seu corpo sofre, pois aquilo que não é resolvido na mente, o corpo acaba transformando em doenças físicas. Isso é a mais pura verdade e é mais comum do que você imagina! Quantas pessoas têm sofrido constantemente com: dores de cabeça, dores musculares, problemas estomacais, palpitações, nervosismo, insônia, enjoo, falta de ar, sensação de aperto no peito, boca seca, cansaço, tremores, tonteira, problemas de memória, falta de concentração, impotência, refluxo, azia, aumento do apetite, desregulação do ciclo menstrual e manchas no corpo. Por mais que se faça exames médicos, nunca esses exames apontam nada de anormal. Isso só ocorre pois o sofrimento está presente na mente, sendo fruto de algo que não foi resolvido de forma correta. Talvez esteja relacionado a um trauma, uma emoção reprimida, às pressões e o estresse do dia a dia, mudanças repentinas e tudo mais que a mente não está conseguindo lidar, mas que o corpo está mostrando que precisa ser resolvido. Sem dúvida, ter saúde mental é algo essencial e indispensável para que você possa afirmar categoricamente que goza de saúde plena e completa, e isso vai muito além da ausência de transtornos ou deficiências físicas.

Os fatores que influenciam o nível de saúde mental de uma pessoa são diversos, e podem estar associados tanto a questões sociais, psicológicas e biológicas, podendo a exemplo citar os problemas socioeconômicos, o aumento da violência, repentinas perdas, condições de trabalho, fatores psicológicos e de personalidade, fatores genéticos que podem contribuir para o desequilíbrio químico do cérebro, violação de direitos etc. Os problemas mais frequentes de adoecimento mental encontrados na população em geral são: estresse, ansiedade, dependência química, dependência emocional, perturbações psicóticas, medo, demências, luto, ansiedade social, pânico, relações tóxicas, entre outros. Diante de todos os bombardeios e sobrecargas a que somos expostos dia após dia nos diversos contextos em que vivemos como manter a saúde mental? A reposta pode ser simples ou talvez necessite de ajuda profissional para desenvolver melhores estratégias. No entanto, algumas dicas são im- portantes para que você possa começar a ter uma vida mais saudável: 1. Praticar o autocuidado. 2. Aceitar-se como você é e viver a sua própria vida. Não queira ser como outra pessoa, seja você mesmo, goste de quem você é. 3. Mantenha-se ativo diariamente, faça atividades físicas, estude, se empenhe em uma atividade. 4. Adquira novas habilidades, exercite seu cérebro: que tal tentar um novo hábito, melhorar um comportamento, aprender a tocar um

instrumento, fazer um tipo de artesanato. 5. Mantenha o equilíbrio entre as responsabilidades e atividades de lazer. 6. Reserve um tempo para ter contato com sua família, com seus amigos: converse, sorria, abrace. 7. Relaxe, sempre separe um tempinho para fazer algo que gosta: assistir a um bom filme, uma caminhada, passeio em família, a leitura de um bom livro, futebol, tocar um instrumento, ou outra atividade que lhe proporcione prazer. 8. Preze sempre por uma boa noite de sono, para recarregar as energias. 9. Mantenha cuidados básicos com um estilo de vida saudável. Procure alimentar-se corretamente (nessa correria do mundo e a busca pelo corpo perfeito as pessoas estão deixando de *ingerir* alimentos que são essenciais para a saúde). Cuidado com isso. 10. Busque ajuda sempre que sentir que não está bem. Você não precisa sofrer sozinho, conte com a sua rede de apoio. Essas são pequenas decisões que poderão fazer muita diferença em sua forma de pensar e agir. Podem ser a saída para uma mente saudável. Fonte: ~,https:ÿÿ~ vitalfisiocare.com.brÿa-~ importancia-de-cuidar-da-~ saude-mental-10-dicas-~ valiosasÿ~, Vocabulário Frenético: adj. Que está ou permanece em grande agitação. Ingerir: v. Introduzir no estômago; engolir. Moléstia: s. f. Mal-estar, sofrimento físico ou moral. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo História em quadrinhos do Superbraille õxo !:::::::::::::::::::::::ÿ é l -- Obaaaaaa! _ é h:::::::::::::::::::::::j _`[{história do Superbraille "Curiosidade II!", em dez quadrinhos: Q1: Os meninos, Luís e Marcos, estão de frente para a biblioteca, e Luís diz: “Poxa, Marcos! Essa pandemia só atrapalhou, viemos aqui à toa”. Q2: Luís e Marcos estão em frente a uma placa: “Fechado para obra”. Marcos diz: “Pelo menos, eles foram espertos, aproveitaram esse

período para fazer a reforma”. Q3: Luís pensa em Natália e diz: “Outro dia, a Natália estava me contando que foi a uma outra biblioteca aqui no Centro. Você conhece?” Q4: Marcos, ao lado de Luís, diz: “Sim, é a Biblioteca Estadual, que fica localizada na Avenida Presidente Vargas, 1.261, aqui no Centro.” Q5: Luís pega o celular e diz: “Será que ela está aberta? Vou pesquisar aqui no celular. Xi, tem que marcar a visita.” Marcos pergunta: “Será que tem horário vago agora? Tenta aí, cara.” Luís responde: “Tem sim, vamos?” Marcos diz: “Claro.” Q6: Luís e Marcos estão de frente para a biblioteca, e Luís pergunta: “Vamos

conhecer a parte acessível da biblioteca?” Marcos responde: “Vamos.” Q7: Na biblioteca, encontram duas crianças lendo livros em braille, e Marcos pergunta: “Eu não conhecia essa parte. Aqueles livros estão em branco?” Luís responde: “Não, Marcos, chega aqui! Passa a mão, está em relevo, este texto está em braille.” Q8: Luís e Marcos estão próximos às estantes, e Marcos pergunta: “E qual é o público-alvo para esse tipo de livro?” Luís responde: “É para pessoas cegas. Marcos, você é um mané.” Q9: Em frente a uma impressora braille, Marcos pergunta: “Poxa, Luís! Eu não conheço. Como fazem esses relevos?”

Luís responde: “Assim! Te ý"apresentoý" a impressora braille.” Q10: Marcos diz: “A gente escuta muito sobre inclusão, porém não conhecemos nada.” Luís, pensando no Superbraille, diz: “Por isso precisamos conhecer e divulgar. Bate aqui!” E ambos, com uma das mãos fechadas, batem uma contra a outra._`] õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Prezado leitor, nessa edição, você recebe o livro falado intitulado "A invenção de Hugo Cabret" de Brian Selznick. Este material foi gravado e editado pela Coordenação do Livro Falado do Instituto Benjamin

Constant. O livro falado é seu, não necessária a devolução! õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu Revisão braille: Elvis Filgueiras Ramos Produção: Instituto Benjamin Constant Ano: 2022