< 28x34 > < Interponto > < Separar sílabas > Coleção Caminhos e Saberes Grupo de Pesquisa sobre Audiodescrição (GPEAD) Manual de Audiodescrição Como construir roteiros acessíveis Impressão Braille em volume único na diagramação de 28 linhas por 34 caracteres. Volume Único Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Departamento Técnico-Especializado Divisão de Imprensa Braille Av. Pasteur, 350-368 -- Urca 22290-250 Rio de Janeiro RJ -- Brasil Tel.: (21) 3478-4442 ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~, -- 2025 --

Governo Federal Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministério da Educação Camilo Santana Instituto Benjamin Constant Mauro Marcos Farias da Conceição Departamento de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Victor Luiz da Silveira Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa Rodrigo Agrellos Costa

Dados da obra Copyright `(C`) Instituto Benjamin Constant, 2025 Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelo conteúdo e pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é dos autores. Copidesque e revisão geral Marcela da Silva Abrantes Capa e diagramação Wanderlei Pinto da Motta Manual elaborado pelo Grupo de Pesquisa em Audiodescrição (GPEAD), vinculado ao Centro de Estudos e Pesquisas

(CEPEQ) do Instituto Benjamin Constant (IBC): Bruno Mendes Mesquita Carla Regina da Ré Amancio Lindiane Faria do Nascimento Nadir da Silva Machado Natacha Ruback da Silva Virginia Menezes de Souza G892 Grupo de Pesquisa Sobre Audiodescrição Manual de audiodescrição; como construir roteiros acessíveis [recurso eletrônico] / Bruno Mendes Mesquita... [et al]. Rio de Janeiro : Instituto Benjamin Constant, 2025. PDF; 2 MB -- (Coleção Caminhos e Saberes, v. 9) ISBN: 978-65-88612-49-1 1. Audiodescrição. 2. Acessibilidade. 3. Tecnologia assistiva. 4. Educação. I Amancio, Carla Regina da Ré. II. Nascimento, Lindiane Faria do. III. Machado, Nadir da Silva. IV. Silva, Natacha Rubak da. V. Souza, Virginia Menezes de. VI. Título. CDD -- 371.#ccc

Ficha Elaborada por Edilmar Alcantara dos S. Junior. CRB/7: 6872 Todos os direitos reservados para Instituto Benjamin Constant Av. Pasteur, 350/368 -- Urca CEP: 22290-250 Rio de Janeiro -- RJ -- Brasil Tel.: 55 21 3478-4458 E-mail: ~,dpp@ibc.gov.br~,

Coleção Caminhos e Saberes 1) Sistema Braille: simbologia básica aplicada à Língua Portuguesa 2) Técnicas de Cálculo e Didática do Soroban-metodologia: menor valor relativo 3) Manual de Adaptação de Textos Para o Sistema Braille 4) Técnicas de Cálculo e Didática do Soroban-metodologia: maior valor relativo 5) Transcrição e Impressão Braille no Programa Braille Fácil 6) Manual de Produção do Livro Falado 7) Rompendo barreiras: guia prático de Orientação e Mobilidade do IBC 8) Estimulação precoce na temática da deficiência visual 9) Manual de audiodescrição: como construir roteiros acessíveis Organização da coleção: Até o nº 5: Jeane Gameiro Miragaya Do nº 6 ao nº 8: Gabrielle de Oliveira Camacho A partir do nº 9: Rodrigo Agrellos Costa

Lista de abreviaturas e siglas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AD Audiodescrição CEaD IBC Coordenação de Educação a Distância do Instituto Benjamin Constant CEPQ/IBC Centro de Estudos e Pesquisas do Instituto Benjamin Constant DCRH Divisão de Cursos e Recursos Humanos DAL Divisão de Atividades Culturais e de Lazer DEA Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento DPME Divisão de Desenvolvimento e Produção de Material Especializado DTE Departamento Técnico Especializado GPEAD Grupo de Pesquisa em Audiodescrição

HQ História em Quadrinhos IBC Instituto Benjamin Constant TA Tecnologia Assistiva

Sumário Apresentação da coleção :::: 1 Prefácio ::::::::::::::::::: 3 1. Introdução ::::::::::::: 7 2. O que é audiodescrição? ::::::::::: 8 3. A audiodescrição no Instituto Benjamin Constant ::::::::::::::::: 9 4. Os profissionais da audiodescrição :::::::::::: 16 5. O processo de audiodescrever :::::::::::: 18 6. Audiodescrição de imagem estática :::::::::::::::::: 21 7. Audiodescrição nas mídias sociais :::::::::::: 32 8. Diretrizes para audiodescrição de imagens dinâmicas ::::::::::::::::: 49 Referências :::::::::::::::: 53

<7> Apresentação da coleção O Instituto Benjamin Constant (IBC), desde 1947, promove cursos de Formação Continuada na área da deficiência visual e, desta forma, capacita profissionais para atuarem com o público com esta deficiência. Durante esse período, ampliamos a nossa atuação e hoje oferecemos oficinas e cursos de curta duração e de aperfeiçoamento em diversas temáticas da deficiência visual, sempre com o objetivo de disseminar conhecimento, com vistas a contribuir no processo de inclusão educacional e/ou social da pessoa cega, com baixa visão ou surdocega. Nesses eventos são utilizados diferentes recursos pedagógicos — entre eles apostilas, artigos e textos acadêmicos —, desenvolvidos pelos profissionais que atuam ou já atuaram no IBC.

A fim de possibilitar o amplo acesso a esse conhecimento para professores, pesquisadores, estudantes e diversos profissionais da sociedade civil — uma vez tendo sistematizado métodos, técnicas e materiais de ensino utilizados nos eventos de formação —, o IBC passa a publicar os seus materiais a partir de 2019. É importante lembrar que as publicações são materiais utilizados por nossos professores nos cursos e oficinas realizados pelo IBC, sendo instrumentos de apoio em sala de aula. Convidamos todos a conhecer a programação de cursos de Formação Continuada disponível no site da instituição. Esperamos, assim, que a presente publicação contribua para a prática dos profissionais que atuam na área da deficiência visual. Elise de Melo Borba Ferreira Jeane Gameiro Miragaya Valéria Rocha Conde Aljan <8>

Prefácio Ao ser convidada para prefaciar este manual de audiodescrição, senti-me honrada. O assunto me traz boas recordações de quando, ainda na ativa, fui “precursora” da audiodescrição no Instituto Benjamin Constant (IBC). Descrever para pessoas com deficiência visual sempre norteou a prática dos servidores da instituição. A partir do momento que a prática ganha status de recurso, com diretrizes, normas e pesquisas na área, procurei estudar com diferentes expoentes do assunto no Brasil e no mundo — como, por exemplo, Francisco Lima, Lívia Motta, Joel Snyder, Josélia Neves, para citar alguns — e incentivar colegas a fazerem o mesmo. Em 2010, em parceria com Graciela Pozzobon, ministrei um

curso de 40 horas para os interessados na instituição. Posteriormente, em 2013, com membros da então “Comissão de Audiodescrição do IBC”, começamos a disseminar o conhecimento tanto para o público interno, como externo, por meio de oficinas de 8 horas e cursos de 40 horas. Sejam bem-vindos ao Manual de Audiodescrição do IBC, um breve guia prático para criar descrições acessíveis. O manual foi elaborado com o objetivo de fornecer orientações e práticas para os que desejam criar audiodescrições de qualidade visando a tornar conteúdos visuais acessíveis a pessoas com deficiência visual, e abordou um pouco da história da audiodescrição no Brasil e no IBC, assim como a cadeia produtiva e os profissionais envolvidos. A audiodescrição é uma ferramenta essencial para garantir a inclusão e a igualdade de acesso a

uma ampla gama de conteúdos imagéticos, desde filmes e programas de TV a exposições de arte, teatro, redes sociais, eventos ao vivo, entre outros. Este manual, entretanto, se concentra na audiodescrição de imagens estáticas relacionadas a pessoas, histórias em quadrinhos, *cards* e mídias sociais (aborda o texto alternativo do Instagram e Facebook). Ele oferece os princípios fundamentais da audiodescrição, com técnicas e melhores práticas para criar descrições claras e informativas. <9> É destinado a todos os envolvidos na produção de conteúdos audiovisuais, bem como a pessoas interessadas em promover a acessibilidade e a inclusão por meio da audiodescrição. Espero que seja uma fonte valiosa de conhecimento e inspiração para todos que buscam

criar experiências inclusivas e acessíveis. Ana Fátima Berquó (1) :::::::::::::::::::::::::::::::::: (1) Professora Titular do Instituto Benjamin Constant aposentada desde 2018, em 2012 presidiu a Comissão de Audiodescrição do IBC e, em 2017, coordenou quando foi instituída a Coordenação de Audiodescrição da referida instituição. <10>

1. Introdução A comunicação imagética está presente nos livros didáticos, em filmes, vídeos, espaços publicitários, espaços culturais, entre outros, e precisa estar acessível, às pessoas com deficiência visual: cegos, com baixa visão ou com visão monocular. Esta temática é crescente, como também é crescente o número de professores que buscam por materiais que possam orientá-los na tarefa de tornar acessíveis as imagens usadas na prática pedagógica com alunos com deficiência visual. Logo, ao falarmos de acessibilidade comunicacional, destacamos a audiodescrição, uma tecnologia assistiva que propicia de forma autônoma e independente às pessoas com deficiência visual o acesso imagético nos mais diversos contextos.

Nesse sentido, o Grupo de Pesquisa em Audiodescrição (GPEAD) criado em 2021 desenvolveu este Manual, fruto de estudos e pesquisas sobre o recurso da audiodescrição, assim como o trabalho desenvolvido pelos profissionais que atuam no IBC, com o objetivo de apresentar os procedimentos diretrizes para a elabo- ração de audiodescrição. 2. O que é audiodescrição? De acordo com Lima, a audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam entender melhor e assistir a eventos visuais em filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo/lendo o que pode ser visto (Lima, 2011). Para Motta, a audiodescrição é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica e uma ferramenta pedagógica que transforma informações visuais em sonoras, propiciando assim a inclusão social, cultural, escolar, acadêmica e científica da pessoa com deficiência visual (Motta; Romeu Filho, 2010). <11> As duas definições apresentadas nos fazem perceber que a audiodescrição vai muito além de uma tradução de imagem em palavras para pessoas com deficiência visual. Por meio da audiodescrição, a pessoa com deficiência visual (cega, com baixa visão, surdocega ou com visão monocular) terá acesso ao conteúdo imagético, sendo desse modo uma importante ferramenta de acessibilidade que favorece a inclusão social, cultural, escolar. 3. A audiodescrição no Instituto Benjamin Constant Descrever imagens para estudantes com deficiência visual sempre norteou a prática dos professores do Instituto Benjamin Constant, tanto em sala de aula quanto em passeios pedagógicos ou na exibição de filmes promovida pela antiga Divisão de Atividades Culturais e de Lazer (DAL). Tudo começou quando um grupo de professores se reunia quinzenalmente no Auditório Maestro Gurgulino de Souza (sala 251) e exibia filmes para alunos e professores. Após cada exibição fazia-se um debate sobre a temática do filme e verificava-se o entendimento das cenas descritas. No ano de 2003, com o Festival Assim Vivemos, o Brasil pôde conhecer formalmente a audiodescrição; assim, nós professores do IBC tivemos contato com este recurso a partir do convite feito à instituição para participação do Festival. O Festival Assim Vivemos acontece de dois em dois anos nos Centros Culturais do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com a exibição de filmes sobre e com pessoas com deficiência, e em algumas sessões acontece um debate sobre a temática de inclusão e acessibilidade. Após este evento, e percebendo a importância e relevância do recurso, a Direção Geral do IBC, ofereceu aos servidores cursos de formação e capacitação na área, com os professores Francisco Lima e Graciela Pozzobon. Com a conclusão destes cursos, foi criada, em março de 2012, a Comissão de Audiodescrição, sob a *Portaria nº 65 (2012)* vinculada ao Gabinete da Direção Geral do IBC. Esta Comissão tinha como objetivos: incrementar uma política voltada à inclusão; criar um acervo institucional; promover oficinas e cursos para o público externo e interno; dar consultoria a instituições; supervisionar, <12> avaliar a produção dos

roteiros de AD; e realizar a AD de eventos da instituição. Os cursos e oficinas de audiodescrição ofertados pela Comissão tiveram início em 2013, em parceria com a Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento (DEA), e se ampliaram também para o formato remoto em 2020, no período da pandemia de covid. O Instituto Benjamin Constant e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) fizeram parte do circuito de visitação dos ícones da 28ª Jornada Mundial da Juventude em 2013, e coube à Comissão de Audiodescrição tornar acessível o evento. Além disso, na área cultural realizamos a audiodescrição das peças “O Auto da Compadecida” e “Dá um Tempo pra Falar do Tempo”, do Grupo Corpo Tátil, protagonizadas por atores, alunos e ex- -alunos do IBC, com produção e direção da professora de teatro do IBC, Marlíria Flávia Cunha.

Tivemos também no IBC exibição dos filmes: *Encantados (2017)*; *Quando o Universo Conspira (2016)*, ganhador de melhor audiodescrição no Festival VerOuvindo; e o documentário *TRANS (2016) da Globo News*, que contou com a participação da cineasta Tizuka Yamazaki e dos produtores da Globo News. Cabe ressaltar que o roteiro de audiodescrição dos filmes em questão foram elaborados por Ana Fátima Berquó C. Ferreira, membro da Comissão de Audiodescrição. A partir de março de 2017 passamos a ser uma Coordenação, vinculada à Divisão de Desenvolvimento e Produção Material Especializado (DPME), do Departamento Técnico Especializado (DTE), sob o comando das servidoras Ana Fátima Berquó e Nadir Machado, e ocupamos uma sala na DPME. Com o surgimento de pesquisas sobre audiodescrição e com intuito de estudarmos as suas diversas vertentes de aplicabilidade, em maio de 2021 foi criado o Grupo de Pesquisa em Audiodescrição (GPEAD), registrado no CNPQ e no Centro de Estudos e Pesquisas do Instituto Benjamin Constant (CEPQ/IBC). Este grupo de pesquisa tem como objetivo pesquisar e refletir o uso da audiodescrição por alunos e reabilitandos nos mais diversos contextos. <13> *Você sabia?* Em 2014, a Universidade Federal de Juiz de Fora em parceria com a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência promoveu o 1º curso de Especialização em audiodescrição com o intuito de aperfeiçoar os trabalhos nas instituições e capacitar servidores para serem multiplicadores. Foram oferecidas cinquenta (50) vagas para todo território nacional, e as servidoras Ana Fátima Berquó C. Ferreira e Nadir Machado, membros da Comissão, foram selecionadas e concluíram a Especialização. Nossa equipe é composta por servidores do IBC e voluntários, pessoas cegas, com baixa visão (consultores) e pessoas sem deficiência visual (audiodescritores). O trabalho de audiodescrever imagens é coletivo e demanda tempo, estudo e dedicação. Desse modo, trazemos a definição de audiodescrição da Norma Técnica Brasileira NBR 16.452 (2016, p. 1): recurso de acessibilidade comunicacional que consiste na tradução de imagens em pala- vras por meio de técnicas e habilidades, aplicadas com o objetivo de proporcionar uma narração descritiva em áudio para a ampliação do entendimento de imagens estáticas ou dinâmicas, texto e origem de sons não contextualizados, especialmente sem o uso da visão. Esta norma, apresenta os profissionais que devem fazer parte da equipe de audiodescrição, os quais veremos na próxima sessão. 4. Os profissionais da audiodescrição Os profissionais que trabalham com audiodescrição são: audiodescritor roteirista, audiodescritor consultor e audiodescritor narrador. Cada um com suas atribuições, como veremos a seguir: <14> Audiodescritor roteirista: Pessoa sem deficiência visual que, por meio da observação criteriosa, irá traduzir o evento visual. O audiodescritor roteirista deve rastrear no universo imagético as pistas visuais e selecionar as informações indispensáveis ou mais relevantes. Audiodescritor consultor: Pessoa com deficiência visual (cego ou com baixa visão) que deverá avaliar a pertinência, a qualidade, a eficácia e a funcionalidade das escolhas tradutórias elaboradas pelo audiodescritor roteirista. Audiodescritor narrador: O audiodescritor narrador, ou locutor, fará a leitura do roteiro utilizando adequadamente a respiração, as pausas, entonação, dando ritmo, velocidade, tom e fluidez à narração do roteiro audiodescrito.

5. O processo de audiodescrever Audiodescrever imagens, sejam elas estáticas ou dinâmicas, requer do audiodescritor uma observação criteriosa, uma escrita concisa, coerente, específica e vívida. É importante realçar que o audiodescritor deve usar uma linguagem adequada à obra e ao público a quem se destina a audiodescrição, ou seja, se o público é infantil, deve-se usar uma linguagem de mais fácil compreensão. 5.1 Etapas da produção de um roteiro de audiodescrição A construção de um roteiro de audiodescrição passa por algumas etapas, transcritas a seguir. 1) Tudo começa com a pesquisa da imagem, do autor da obra, do estilo da obra ou do filme. <15> 2) Após, o audiodescritor deve usar o princípio da rastreabilidade visual, ou seja, o sentido do olhar: da esquerda para a direita e de cima para baixo. 3) Estando o roteiro pronto, este deve ser enviado para o consultor, que avaliará a pertinência dos termos usados e validará o roteiro. 4) No caso de imagens dinâmicas/filmes, é recomendável que o audiodescritor leia o roteiro em voz alta para verificar se não há sobreposição da fala às cenas. 5) Na etapa da locução, os ajustes já deverão estar feitos e o locutor ou narrador pode usar um estúdio para gravar, ou mesmo usar o gravador do celular. 6) A mixagem do áudio no vídeo é a última etapa, mas, se desejado, pode-se recorrer à produção de um QR Code em caso de imagens estáticas. A gravação pode ser feita em um celular desde que se tenha o cuidado de estar em um ambiente silencioso. Na elaboração de roteiros para vídeos e filmes pode-se usar um programa para legendas, o que facilita a inserção da minutagem da audiodescrição. O audiodescritor roteirista deve colocar rubricas no roteiro para o locutor como as deixas (fala dos personagens) ou indicação da forma como deve ser lida a frase. Exemplo: [ler rápido]. Saiba mais! Para inserir a audiodescrição em um vídeo, podemos usar o programa gratuito *Open Shot Vídeo Editor*. Produtos acessíveis com audiodescrição poderão ser disponibilizados através de QR Code. Para saber como gerar o QR Code, clique em ~,qrcodefacil.com~, <16>

Você sabia? Uma das opções para ter acesso a filmes exibidos no cinema com audiodescrição é o aplicativo *MovieReading*, disponível gratuitamente no *Google Play* e *App Store*. Após realizar o download da audiodescrição do filme desejado, você sincroniza com o filme na sala de cinema utilizando o celular e fones de ouvido pessoais. Para saber mais clique em: ~,moviereadingbrasil.com.br~, 6. Audiodescrição de imagem estática As imagens estáticas, são classificadas e identificadas como: infográficos, mapas, desenhos, pinturas, fotografias, ilustrações, gravuras, gráficos, slides e esquemas, entre outras. Para construir um roteiro de imagem estática, além das etapas descritas no capítulo anterior, é importante seguir também estas orientações: • Identificar o tipo de imagem. • Identificar o ambiente. • Localizar o espaço. • Descrever do geral para o específico, de cima para baixo e da esquerda para direita. • Descrever os objetos presentes. • Identificar pessoas/personagens citando as características físicas, como: gênero, faixa etária, cor da pele, estatura, biotipo, cabelo, vestuário, entre outras informações pertinentes. • Ser claro e objetivo, priorizando informações importantes para a compreensão do conteúdo presente na imagem. • Escolher o vocabulário adequado ao grupo que será beneficiado com o recurso. <17>

*Atenção!* A tradução das imagens estáticas não possui obrigatoriedade de tempo para leitura/escuta pelo usuário. Desta forma, tem-se a falsa impressão de que se podem descrever minuciosamente os detalhes. No entanto, deve-se atentar para não causar cansaço auditivo ao usuário ou fazê-lo perder o foco da tradução visual. Assim, o roteiro deve ser construído usando no máximo 300 palavras e priorizando as informações principais. Apresentamos a seguir a ilustração do livro paradidático *A menina que batizou um planeta e outras histórias de jovens cientistas (2005)*, de Marc McCutcheon e Jon Cannell. Veja como ficou a audiodescrição desta ilustração:

<18> _`[Nota Introdutória: O livro "A menina que batizou um planeta" é composto por vários desenhos de traços finos feitos a lápis. Imagem de um rapaz (Louis Braille) de cabelos curtos e lisos, com blusa social amarela. Segura na mão direita, uma sovela (ferramenta para furar couro) sobre uma base retangular. Na parede ao fundo, letras (de a até g) em tinta e em braille e um quadro com as ferramentas._`] Percebam que existe a Nota Introdutória, em que se apresenta a obra em linhas gerais; porém esta seção não faz parte da audiodescrição. 6.1 Como audiodescrever pessoas Para audiodescrever pessoas é necessário escolher as características a serem descritas, contudo,

como já dissemos, essa descrição depende do objetivo da imagem. Atenção aos seguintes descritivos físicos: • Gênero: homem, mulher. • Cor/etnia: branca, preta, amarela, indígena, negra, pele clara, pele escura. • Estatura: baixa, pessoa com nanismo, mediana, alta. • Biotipo corporal: gorda, magra, magérrima, obesa. • Cabelo: cor: castanho, loiro, ruivo; característica do fio: liso, ondulado, cacheado, crespo; tamanho: curto, médio, longo, raspado. • Rosto: pequeno, grande, oval, fino, quadrado. • Orelha: grande, pequena. Acessórios: usa brinco, piercing, alargador. • Sobrancelhas: arqueadas, arredondadas, retas.

• Olhos: cor: castanhos, azuis, pretos; formato: redondos, amendoados, protuberantes. • Nariz: grande, pequeno, reto, adunco. • Boca: boca pequena, lábios pequenos, finos, grossos. <19> Informações importantes: cabelo preso, solto, em coque, usa batom, delineador, sombra, óculos de grau, óculos escuros. Não esquecer que descrevemos o que vemos, então *não* usar informações como: sem batom, sem blusa. A seguir dois exemplos de audiodescrição de pessoas. 1. Fotografia *Surucucus, Roraima, 1983 `([2018]`)*, da exposição *Claudia Andujar: a luta Yanomami*. <20> _`[Fotografia em preto e branco de um menino indígena Yanomami. Ele é magro, tem cabelos lisos cortados em formato circular, sobrancelhas ralas, olhos pequenos e amendoados, lábios finos entreabertos, dentes grandes. Ele usa um chumaço de palha na orelha esquerda, três hastes longas e finas perpassadas nos cantos da boca e no lábio inferior. Uma placa preta com o número 11 na cor branca presa ao pescoço por um fio. Nos braços estendidos ao longo do corpo, braceletes. Atrás dele, há uma parede de madeira._`] 2. Fotografia de Rebeca Andrade (Squire; Getty Images, 2020) _`[Fotografia: Rebeca é negra e de corpo atlético. Tem os cabelos pretos, presos em coque com laço vermelho. Usa brinco pequeno, collant de mangas longas de lycra azul e amarelo com pedrarias. Sorridente, de frente, suspensa no ar em salto longo com o braço esquerdo erguido, o direito na horizontal com as mãos flexionadas e as pernas estendidas, a direita para frente e a esquerda para trás. Ao fundo, uma arquibancada com poucas pessoas, o número 20 e os Anéis Olímpicos grafados em um painel azul._`] <21> 6.2 Audiodescrição em histórias em quadrinhos Histórias em quadrinhos, ou HQs, são um modo de narrar histórias por meio de desenhos, balões, texto, onomatopeias e outros recursos. A narrativa presente nas histórias tem fundamentos básicos, como enredo, personagens, tempo, lugar e desfecho, com uma linguagem, no geral, verbal e não verbal. Este gênero textual está presente no cotidiano de muitas crianças e também de adultos.

Para os leitores com deficiência visual, a audiodescrição é um recurso fundamental para a compreensão dessas histórias, que são compostas majoritariamente por imagens e diálogos escritos dentro de pequenos balões que apontam para o personagem correspondente. Por se tratar de diversas apresentações de diálogos por meio de balões, é impossível uma pessoa com deficiência visual imaginar o que está acontecendo só pela leitura simples, sem AD. Eis alguns exemplos de representação de falas: balões de linhas contínuas, balões com linhas tracejadas e os balões em forma de nuvens. O que significam esses balões sem AD? Nada. A intenção do balão precisa ser audiodescrita, assim como as imagens. Por exemplo: os balões com linhas contínuas sugerem uma fala em tom neutro; os balões com linhas tracejadas indicam que a personagem está sussurrando; os balões em forma de nuvens apontam pensamentos; já os balões com traços pontiagudos indicam gritos. Como fazer a audiodescrição em histórias em quadrinhos: • Identificar o gênero textual: historinha em quadrinhos, tira ou charge. • Informar o título. • Indicar o número total de quadrinhos. • Citar os personagens e carac- terísticas importantes. • Identificar cada quadrinho com a letra Q (em maiúscula) e o número correspondente do quadrinho. • Descrever o cenário e tempo. <22> • Informar o diálogo, discriminando a intenção de fala dos personagens a partir do significado do formato dos balões. Exemplo: fala, pensa, grita, sussurra... Quando houver narrador inserir esta informação. • Descrever símbolos gráficos característicos de HQs.

<23> História em quadrinhos *Dorinha (2019)*, da Turma da Mônica. _`[História em quadrinhos da Dorinha, da Turma da Mônica, em cinco quadrinhos. Os personagens da história são Dorinha e o cão-guia Radar. Dorinha é uma menina cega, branca de cabelos loiros lisos e curtos, usa óculos escuros, blusa roxa, calça azul, tênis roxo e bengala branca longa. Radar é um cão marrom de médio porte e usa um peitoral azul. Eles estão em uma pracinha e as falas estão em balões. Q1: Dorinha em frente ao Radar fala: Agora Radar você fica aqui, que eu vou te mostrar uma coisa! Q2: Dorinha em pé na extremidade esquerda de uma gangorra, fala: Não se preocupe! Isto é uma gangorra! E sabe o que ela me ensinou? Radar pensa:

Cuidado!! Ao lado dele, em um balão de fala, um ponto de interrogação. Q3: Dorinha em pé no meio da gangorra, fala: Que a vida tem altos... Q4: Dorinha em pé na outra extremidade da gangorra recostada no chão, fala: ... E baixos! E grita: UII! Q5: Dorinha agachada na grama, com as mãos sobre Radar, que está com a língua para fora. Corações flutuam sobre eles. Ela fala: Mas o importante é estar viva e curtir a vida numa boa! Entendeu? Sobre a gangorra, ao fundo em um balão de pensamento: Puxa! Quem diria..._`] 7. Audiodescrição nas mídias sociais As mídias sociais ou redes sociais são espaços virtuais muito utilizados no contexto atual, as principais redes sociais são: *Instagram, Facebook, WhatsApp, TikTok e YouTube*. Essas plataformas englobam as imagens estáticas e/ou dinâmicas e são utilizadas por pessoas, organizações e/ou empresas como meio de interação social e divulgação de serviços/produtos, por meio de publicações e envio de mensagens, textos, vídeos e imagens. Este manual, no entanto, deter-se-á na audiodescrição de imagens estáticas no *Instagram*, <24> visto que é a rede social mais utilizada atualmente tanto para fins pessoais quanto profissionais. As pessoas com deficiência visual utilizam as redes sociais pelos smartphones ou computadores por meio de leitores de tela, ou seja, softwares de leitura usados para obterem respostas por meio sonoro. São exemplos de leitores de telas e sintetizadores de voz usados por pessoas com deficiência visual: *Jaws*, NVDA, *TalkBack*, *VoiceOver*, entre outros. Algumas pessoas com baixa visão não utilizam leitores de tela, preferindo o recurso da fonte ampliada. Os leitores de tela percorrem textos e leem em voz alta tudo o que encontram na tela, porém eles não são capazes de traduzir as imagens, e sabemos que nessas plataformas majoritariamente é feito o uso de recursos visuais, seja para dinamizar, ilustrar e até mesmo informar um conteúdo. Portanto, para a pessoa com deficiência ter acesso às informações visuais é necessário o uso do recurso da audiodescrição. O texto com a audiodescrição no *Instagram* e *Facebook*, por exemplo, pode ser inserido na função de texto alternativo em configurações avançadas, porém esta função só será acessada com o uso de um leitor de tela. Caso o usuário seja baixa visão e utilize apenas um ampliador de telas, não terá acesso à audiodescrição, podendo apresentar dificuldades para distinguir elementos nas imagens. Por este motivo sugerimos que o recurso seja inserido na legenda da publicação para que todas as pessoas com deficiência visual sejam contempladas, assim como todo o público para o qual a audiodescrição favoreça a compreensão da imagem. A audiodescrição de imagens estáticas e dinâmicas presentes nas redes sociais seguem os mesmos princípios já descritos, porém, por ser um espaço considerado imediatista, a técnica deve estar focada no objetivo que se pretende transmitir com a imagem. <25> Então vejamos como tornar uma rede social acessível: 1. Utilize a hashtag "Audiodescrição" antes de fazer a audiodescrição propriamente dita: #kAudiodescrição. 2. Sinalize "Fim da audiodescrição" caso opte por inserir o

recurso anteriormente à legenda. Desta forma, o usuário não irá confundir o texto descritivo com o texto da legenda. 3. Audiodescrições curtas são bem-vindas. As redes são muito dinâmicas e nem sempre temos tempo de detalhar tudo. Se houver algo descrito na legenda referente à imagem, isso já auxilia na compreensão. 4. No fim da postagem, recomendamos usar até três hashtags para não ficar muito cansativa a leitura da postagem. Exemplo de algumas hashtags importantes para a divulgação do recurso da audiodescrição: #kparacegover #kparatodosverem. 5. Caso haja necessidade de sinalizar mais hashtags, utilize nos comentários. 6. Caso seja necessário inserir emojis, evite usar de forma excessiva, pois se torna cansativo, assim como o uso excessivo de *hashtags*.

7. Nos *reels* e nos *stories*, insira a audiodescrição junto à legenda. 8. Na possibilidade de criar vídeos sincronizados com a AD, o ideal é colocar duas vozes diferentes na gravação. Uma para o narrador e a outra para o audiodescritor. 9. Nos comentários, evite usar figurinhas, o leitor de tela não as lê. <26> Exemplo de audiodescrição nas redes sociais: _`[Imagem: *Print* de publicação da página do Instagram @ibenjaminconstant do Instituto Benjamin Constant `(2023a`). #kAudiodescrição: *Card* com duas fotografias. Texto: Esporte, Atletas e profissionais convocados para os Jogos Parapan. ~,www.gov.br`/ibc~, À esquerda, foto de três atletas do judô: Wilians Silva, Brenda Souza e Sérgio Fernandes, em pé lado a lado com medalhas no pescoço. À direita, foto de dois profissionais do Goalball: Daniel Brandão e Fábio Brandolin agachados seguram tigres de pelúcias. Entre eles um grande troféu. Na margem inferior, logos do IBC e do Governo Federal. Fim da Audiodescrição._`] “O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a convocação dos atletas e profissionais que irão representar a Seleção Brasileira paralímpica nos Jogos Parapan-Americanos, que acontecem de 17 a 26 de novembro na cidade de Santiago, Chile. Serão 17 modalidades esportivas e, pelo judô, o IBC terá entre os atletas: Brenda Souza de Freitas, Sérgio Fernandes Junior e Willians Silva de Araújo; e entre os profissionais: o fisioterapeuta Daniel Brandão Martins e o auxiliar técnico, Fábio Brandolin, pela Seleção Brasileira de Goalball. <27> Saiba mais em: ~,https:`/`/~ www.gov.br`/ibc`/pt-br`/assuntos`/~ noticias`/atletas-e-profissionais-~ do-ibc-sao-convocados-para-~ representar-o-brasil-nos-~ jogosparapan-americanos~, Você sabia? Que o IBC também fez lives durante a pandemia de COVID-19? O Instituto Benjamin Constant fez uma *live* para falar e divulgar o seu trabalho com audiodescrição, através do canal do *Youtube* da Coordenação de Educação a Distância (CEaD IBC), transmitida em 08 de julho de 2020, com o título “Live: A audiodescrição no Instituto Benjamin Constant” (2020). Participaram: Lindiane

Nascimento, Nadir Machado e Virgínia Menezes, membros da Coordenação de AD. Vale ressaltar que as *lives* da CEaD IBC contavam com acessibilidade, audiodescrição e janela de LIBRAS, sendo a AD realizada pela Coordenação de Audiodescrição. Para conhecer este trabalho acesse o link: ~,https:`/`/www.~ youtube.com`/watch?v=~ 2AeAhfMkaHA&t=1764s~, Saiba mais! Vamos falar de hashtag? A hashtag #kpracegover começou com a organização de um evento virtual no Facebook, realizado no dia 04 de janeiro de 2012 com o nome da hashtag, pela professora Patrícia Silva de Jesus (Patrícia Braille) como uma forma de provocar a percep- ção acerca da presença das

pessoas com deficiência visual no mundo digital. Segundo a criadora da hashtag, a frase é aplicada como uma maneira de destacar a palavra "ver" no sentido de "ter acesso" a algo. O foco principal <28> do seu uso era disseminar a cultura da acessibilidade digital e mostrar que todo mundo pode, por meio de um simples passo, perceber e integrar pessoas com deficiência dentro do seu universo. Além da conscientização, a hashtag ainda hoje é usada para indicar para usuários que, a partir daquele ponto, haverá a descrição da imagem e que o conteúdo está acessível. Para tornar sua postagem acessível, faça a audiodescrição e use: #kAudiodescrição #kPraCegoVer

7.1 Audiodescrição de *card* de divulgação Muitas organizações e empresas utilizam-se de um *Card* para divulgação de eventos. Fique atento às seguintes orientações: 1. Identifique a imagem como *Card* de divulgação. 2. As informações gerais sobre o evento são mais importantes do que os elementos gráficos, por isso informe primeiramente o nome do evento, data, local. Em caso de palestrantes ou convidados, estes poderão ser citados neste momento também. 3. Descreva os demais elementos ornamentais da imagem de forma breve e simples. 4. Localize os elementos gráficos: canto superior esquerdo, direito... 5. Não há necessidade de citar novamente os elementos textuais já informados, apenas os localize e descreva a formatação.

6. Caso haja fotografia de pessoas, audiodescrever de forma breve citando características relevantes. Se a AD ficar muito longa com essa informação, apenas citar que há fotografia de uma pessoa, nomeando-a. <29> _`[Imagem: *Print* de *Card* de divulgação da página do Instagram ~,@ibenjaminconstant~, do Instituto Benjamin Constant (2023b). Descrição: I Webinário Ética no IBC: ações e reflexões. Palestrante: Davi Cavalieri -- Procurador Federal -- AGU. Como Podemos Construir uma Cultura de Saúde Mental no Trabalho? Dia: 10/11/ /2023, hora: 14 horas no canal da comissão de Ética do IBC. Evento organizado pela Comissão de Ética do IBC.

*Card* de divulgação: Sobre fundo cinza, na margem superior esquerda, dois quadrados amarelos pontilhados. Centralizado, em letras amarelas maiúsculas, o nome do evento. Abaixo, à esquerda, foto do rosto do palestrante. À direita, em letras brancas maiúsculas, o título da palestra. Abaixo, o dia, horário e local em letras amarelas. Ao lado, ícone do Youtube. Na margem inferior, à esquerda e à direita, formas na cor amarela. Ao centro em letras brancas maiúsculas, o nome do organizador._`] <30> 7.2 Como inserir audiodescrição em texto alternativo no Instagram Para inserir a AD no texto alternativo no *Instagram*, siga as etapas a seguir:

1. Abra o *Instagram*. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, o aplicativo do *Instagram*._`] 2. Clique no sinal de *+* na barra inferior. _`[Imagem: *print* da tela do aplicativo do *Instagram*._`] <31> 3. Selecione uma imagem em sua galeria e clique em “Avançar” na margem superior. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Avançar”._`] 4. A próxima tela é a de edição, clique novamente em “Avançar”. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Avançar”._`] <32> 5. Role a tela de “Nova publicação” até encontrar “Configurações avançadas” e clique nesta opção. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Configurações avançadas”._`] 6. Role a tela de “Configurações avançadas” até encontrar o item “Escrever texto alternativo” e clique nele. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Escrever texto alternativo”._`] <33> 7. Escreva a audiodescrição e depois clique em “Concluir”. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Concluir”._`] 8. Após clicar em “Concluir”, retornará a tela de “Configurações avançadas”. Clique no botão de retornar representado por uma seta voltada para esquerda (*<:*) _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, o botão de retornar._`] <34> 9. Ao clicar em retornar (*<:*) e voltar à tela “Nova publicação”, clique no botão “Compartilhar”. _`[Imagem: *print* da tela do celular, em destaque, com um círculo vermelho, a opção “Compartilhar”._`] 10. Pronto! Sua foto foi publicada com o texto alternativo e estará acessível somente ao leitor de telas, informe na legenda que a imagem possui esse recurso. _`[Imagem: *print* da tela do celular, com a publicação no *Instagram*._`] <35> Fique atento!!! • O texto alternativo é acessível apenas ao usuário do leitor de telas, então, colocar a audiodescrição na legenda da publicação é o mais adequado para que outras pessoas com deficiência visual (baixa visão) sejam contempladas; • Se a opção for inserir a audiodescrição no Texto Alternativo, *não* inserir a audiodescrição na legenda. Para o usuário de leitor de tela, a informação aparecerá duplicada; • Se o *Instagram* estiver sincronizado com o *Facebook*, a imagem será publicada com o texto alternativo nas duas plataformas. 8. Diretrizes para audiodescrição de imagens dinâmicas A audiodescrição de imagens dinâmicas tem algumas peculiaridades às quais devemos atentar: 1. Por haver um tempo mínimo entre as falas dos personagens, é importante que a AD não se sobreponha ao diálogo; e mesmo em um filme sem diálogo o mesmo cuidado deve ser tomado, pois a ausência de falas não significa que a dinâmica das cenas e o enredo da história sejam lentos. 2. Ao assistir ao filme, prestar atenção às informações sonoras de difícil identificação; o ideal é apenas ouvir o filme, não ver as imagens para melhor capturar os sons.

3. Marcar as cenas com pouco espaço entre os diálogos. 4. Adiantar ou atrasar ligeiramente a audiodescrição tendo o cuidado de não antecipar informações. 5. Descrever o que vê: aquilo que é visto é descrito. 6. Menos é mais: ao escrever o roteiro pense no que é importante descrever para que o usuário forme conceitualmente a imagem. <36> 7. Usar frases curtas: quando se usam frases curtas o texto fica claro, coeso e objetivo. 8. Fornecer elementos para a construção imagética. 9. Não esquecer de mencionar as cores, elas fazem parte do contexto visual. 10. Não descrever utilizando a negativa. Exemplo de roteiro audiodescrito de imagem dinâmica:

Trecho do roteiro de AD do vídeo Show da Luna — Plaquetas em ação. _`[Tabela adaptada linearmente: Tempo: 05:18:52/05:21:18 Audiodescrição: ((sangue é feito de várias coisas)) ((Cláudio: mas o que será esta coi...?)) Claudio vê uma plaqueta representada por estrela amarela. Tempo: 05:22:93/05:25:31 Audiodescrição: Eles deslizam com olhos arregalados e braços erguidos. Tempo: 05:33:48/05:38:78 Audiodescrição: ((Claudio o que tá acontecendo aí)) Duas bactérias lilases saem de um buraco.

Tempo: 05:49:46/05:52:55 Audiodescrição: ((o policial: tirem esses intrusos)) Os glóbulos brancos agarram as bactérias._`] Fonte: Machado, 2024. Para acessar o vídeo com o recurso da audiodescrição clique neste link: ~,https:`/`/drive.~ google.com`/file`/d`/1~ UHVCOyhl4yA90b4w2~ pcwNssaUfgxV-oE`/view~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo <37>

Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. *NBR 16452*: Acessibilidade na comunicação — Audiodescrição. Rio de Janeiro, 2016. ENCANTADOS. Direção: Tizuka Yamasaki. [S. l.]: Globo Filmes: Scena Filmes, 2017. 1 DVD (78 min.). INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT. *Portaria nº 65*, de 31 de maio de 2012. Institui a Comissão de Audiodescrição e designa servidores para composição. Rio de Janeiro: IBC, 2012. LIMA, Francisco José de. Introdução aos estudos do roteiro para áudiodescrição: sugestões para a construção de um *script* anotado. *Revista brasileira de

tradução visual*, [s. l.], v. 7, ano 11, n. 8, 2011 Disponível em: ~,https:`/`/www.~ associadosdainclusao.com.br`/~ enades2016`/sites`/all`/themes`/~ berry`/documentos`/08-~ introducao-ao-estudo-do-~ roteiro.pdf~, Acesso em: 08 ago. 2022. MACHADO, Nadir da Silva. *O uso da audiodescrição no Ensino de ciências para alunos com deficiência visual*: uma proposta de sequência didática sobre o Sistema Circulatório. Orientador: Prof. Dr. Aires da Conceição Silva, 2024. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ensino na Temática da Deficiência Visual) – Programa de Pós-Graduação em Ensino na Temática da Deficiência Visual – Instituto Benjamin Constant, Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: ~,http:`/`/repositorio.ibc.gov.~ br`/TerminalWebRI`/acervo`/~ detalhe`/17321~, Acesso em: 20 mar. 2025. MOTTA, Lívia Maria Vilela Melo; ROMEU FILHO, Paulo (org.). *Audiodescrição*: transformando imagens em palavras. São Paulo: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2010. QUANDO o Universo Conspira. Direção e roteiro: Caio Bortolotti. Realização: No Ar Comunicação. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (ca. 15 min). Disponível em: ~,https:~ `/`/www.youtube.com`/watch?v=~ BZuYDsSHMME~, Acesso em: 17 mar. 2025. TRANS. Roteiro e edição: Renata Baldi. [Rio de Janeiro]: GloboNews, 2016. 1 vídeo (53 min.). Filme exibido pela GloboNews. <38>

IMAGENS com audiodescrição. ANDUJAR, Claudia. Surucucus, Roraima, 1983. *In*: ANDUJAR, Claudia. *Claudia Andujar: a luta Yanomami*. [2018]. 1 fotografia. INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT. *O Comitê Paralímpico* [...]. Rio de Janeiro, 25 out. 2023~a. Instagram: ~,ibenjaminconstant~, Disponível em: ~,https:`/`/www.~ instagram.com`/p`/~ Cy1OT75L0Zo`/~, Acesso em: 05 dez. 2023. INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT. [Sem título]. Rio de Janeiro, 26 out. 2023b. Instagram: ~,ibenjaminconstant~, Disponível em: ~,https:`/`/www.~ instagram.com`/p`/~ Cy3xcLXiJKW`/~, Acesso em 05/12/2023.

MCCUTCHEON, Marc; CANNELL, Jon. *A menina que batizou um planeta e outras histórias extraordinárias de jovens cientistas*. Título original: The kid who named Pluto. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 69. SQUIRE, Jamie; GETTY Images. [Sem título]. 2020. 1 fotografia. Disponível em: ~,https:`/`/www.metropoles.~ com`/esportes`/toquio-2020`/na-~ final-do-salto-rebeca-andrade-~ quer-mais-um-podio-em-toquio~, Acesso em: 17 mar. 2025. TURMA DA MÔNICA. *Dorinha*. [S. l.], 3 nov. 2019. Facebook: ~,turmadamonica~, Disponível em: ~,https:`/`/~ www.facebook.com`/~ turmadamonica`/photos`/pb.~

100044601032017.-2207520000`/~ 1703854373079353`/?type=3~, Acesso em: 17 mar. 2025. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim do Manual Produzido e distribuído pela Divisão de Imprensa Braille do Instituto Benjamin Constant :::::::::::::::::::::::: Distribuição gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998, art. 46, inciso I, alínea *d*.