Pluralidade energética é grande força do Brasil: evento discute fortalecimento de alternativas sustentáveis
O evento “Dialogo G20 – Transições Energéticas” aconteceu em Brasília e reuniu representantes dos setores público e privado com o objetivo de engajar a sociedade brasileira nas discussões sobre o tema. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou a importância de aproveitar as diferentes fontes de energia como hidrelétricas, energia eólica, biocombustíveis e fortalecer a indústria verde para o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda.

“Nós somos protagonistas da transição energética global. Somos a nova indústria, a indústria verde”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na abertura do evento “Diálogo G20 - Transições Energéticas” que aconteceu nesta quarta-feira (28), em Brasília. O ministro ressaltou a importância do fortalecimento da indústria verde para o desenvolvimento sustentável e para a geração de emprego e renda.
Além de destacar a dimensão social do tema e o combate a pobreza energética em todas as suas formas, com foco em garantir o acesso universal à energia elétrica e as tecnologias limpas para cozinhar. Por isso, o Ministério vai lançar na reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Transição Energética, em Foz do Iguaçu, a Política Nacional de Cocção Limpa para promover a substituição do uso da lenha. “Nossas prioridades são a saúde e a dignidade das pessoas, principalmente mulheres e crianças, as maiores vítimas da cocção suja”.
Ainda segundo o ministro, a grande força do Brasil é a sua pluralidade energética, portanto, outra prioridade é promover o desenvolvimento dos mercados para combustíveis limpos, com destaque para a potencialidade dos biocombustíveis brasileiros como o etanol e o diesel verde.Já o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, destacou a liderança brasileira nos debates sobre a transição para fontes limpas e renováveis. “O presidente Lula, como presidente do G20 deste momento, pode motivar o debate, não só nos 20 maiores países, mas no mundo inteiro, de que a transição é possível, pode ser realizada e ela deve ser realizada”, disse Verri.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, lembrou à plateia que quando começou a trabalhar na empresa, em 1980, muitos não acreditavam que o programa do Pró-Álcool ia dar certo. Porém, hoje, o etanol é competitivo no mercado. “Então, a transição energética está acontecendo no Brasil há décadas, nós temos a matriz energética mais limpa dos países do G20, e a Petrobras esteve e foi decisiva para o Pró-Álcool e o biodiesel. Então, eu tenho certeza que a Petrobras vai continuar fazendo parte desse processo”.
E a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, acrescentou que a transição só vai acontecer com a participação do setor de óleo e gás. Não será como a transição do analógico para o digital em que empresas como Kodak quebraram na época e surgiram novas como o Google. “A transição energética não é uma ruptura, é uma transição. Então, a gente vai conviver com os combustíveis fósseis e fazer a transição para um futuro de carvão neutro que não é carbono zero”.

E a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, acrescentou que a transição só vai acontecer com a participação do setor de óleo e gás. Não será como a transição do analógico para o digital em que empresas como Kodak quebraram na época e surgiram novas como o Google. “A transição energética não é uma ruptura, é uma transição. Então, a gente vai conviver com os combustíveis fósseis e fazer a transição para um futuro de carvão neutro que não é carbono zero”.
O principal objetivo do diálogo foi engajar a sociedade brasileira nas discussões das três prioridades da presidência brasileira do G20 dentro do tema da transição energética. São elas: acesso ao financiamento para a transição energética, com foco principalmente nos países em desenvolvimento e economias emergentes; a dimensão social da transição energética, para que ela seja justa e inclusiva, e a importância de uma abordagem integrada para os combustíveis sustentáveis.
O evento na capital do país foi realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) com o apoio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e de Itaipu Binacional. O “Dialogo G20 – Transições Energéticas” faz parte de uma série de encontros preparatórios para a Reunião Ministerial do GT de Transições Energéticas do G20, que será realizada no dia 4 de outubro, em Foz do Iguaçu, no Paraná.