Na Trilha de Finanças, expectativa do G20 é por consenso em documentos sobre tributação, economia global e geopolítica
A presidência brasileira do G20 espera a aprovação de três documentos cruciais durante a reunião de deputies no Rio de Janeiro. Um marco inédito no fórum e um esforço diplomático do Brasil

A presidência brasileira do G20 acredita que haverá consenso nos três documentos que estão em debate e elaboração pelos ministros e vice-ministros de Finanças e vice-presidentes de Bancos Centrais do fórum, os deputies, reunidos nesta semana no Rio de Janeiro. Os temas abrangem tributação, economia global e geopolítica, com um acordo inédito entre os países-membros.
De acordo com a embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20, a expectativa é que sejam entregues aos ministros dos países-membros, que se reúnem a partir da próxima quinta-feira, 25/7, três documentos: um tratando exclusivamente sobre o tema de tributação internacional; outro sobre os demais assuntos relacionados à economia global, como reforma dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento e o financiamento climático; e um terceiro sobre a questão geopolítica.
A embaixadora lembrou que na segunda reunião de deputies de Finanças do G20, realizada em fevereiro, a conjuntura geopolítica foi um desafio para a construção do comunicado. Naquele momento, foi possível apresentar apenas um sumário da reunião com os pontos discutidos pelos representantes.
Nos últimos meses, disse Rosito, as Trilhas de Finanças e Sherpas se reuniram e encontraram como caminho a construção de três documentos consensuais, “que foram testados e têm tido o acordo de todos”. “Esta é a primeira vez que que haverão declarações conjuntas. Esse é um elemento que o Brasil trouxe. Já houve uma experiência prévia com declarações pelos ministros do Desenvolvimento”, salientou Rosito, sobre a reunião ministerial que foi realizada em paralelo aos debates econômicos, nesta semana, no Rio de Janeiro.