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ARQUITETURA FINANCEIRA INTERNACIONAL

Grupo de Trabalho sobre Arquitetura Financeira Internacional faz primeira reunião e debate desafios e prioridades globais

A primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Arquitetura Financeira Internacional do G20, presidida pelo Brasil, discutiu propostas para remodelar a ordem financeira global. Foco está em fortalecer instituições financeiras internacionais, abordar desafios da dívida soberana e promover fluxos de capital resilientes. A busca por uma arquitetura financeira mais eficaz e representativa deve dominar as propostas do grupo de trabalho, com avanços importantes na estabilidade econômica e financeira mundial

26/01/2024 08:45 - Modificado há 2 anos
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Com foco na reforma da arquitetura financeira para o século 21 e os crescentes riscos de dívida dos países, aconteceu nos dias 24 e 25 de janeiro de 2024, a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Arquitetura Financeira Internacional, ligada à Trilha de Finanças. 

Para o coordenador do GT, Felipe Antunes, do Ministério da Fazenda, uma das ideias apresentadas para o G20 pelo presidente Lula foi bem aceita pelos participantes, “que é reavaliar a dívida dos países em desenvolvimento, principalmente do continente africano”.

Karin Vazquez, do Ministério da Fazenda, coordenou a mesa para reforma dos Bancos de Desenvolvimento Multilaterais (MDBs) e Paulo Mamede, chefe da Consultoria de Relações com Organismos Internacionais do Banco Central, também participou da coordenação da reunião 

Durante a coletiva de imprensa após o encontro, Felipe Antunes explicou as propostas e os desafios da arquitetura financeira internacional. O foco será aprofundar e acelerar reformas das instituições financeiras internacionais. Ele explica que “alguns dos objetivos do grupo são discutir o papel dos bancos de desenvolvimentos, as dívidas soberanas dos países em desenvolvimento, segurança financeira e fluxo internacional de capitais”. 

Karin Vasques explicou que o GT discute como tornar os MDBs melhores, maiores e mais eficazes: “vamos estabelecer um plano de ação, coordenado pelo Brasil, e um roteiro do G20 para um sistema de MDBs aprimorado”. A abordagem inclui revisão operacional, debate sobre tamanho e cronograma de capitalização e que exigirá uma reestruturação das operações e avaliação dos requisitos de capital a longo prazo. Paulo Mamede destacou a participação de países do Sul Global dentro do sistema financeiro internacional.

Outros pontos apresentados são referentes à promoção dos fluxos de capital resilientes para os países em desenvolvimento de mercado emergente. O foco é avaliar fatores que influenciam os fluxos de capital, especialmente aqueles relacionados à transição verde, garantindo estabilidade macroeconômica.

Além do roteiro para os MDBs, o GT pretende apresentar propostas de avanços no tratamento da dívida, reformas de governança, análises de fluxos de capital e impactos macro financeiros da integração de sistemas de pagamento. O documento será discutido em reuniões previstas para junho deste ano e o documento final será apresentado na reunião de cúpula do G20 em novembro no Rio de Janeiro.