Crianças no G20: uma parceria para colocar as crianças no centro do debate
Espaço do grupo “Crianças no G20” no site do G20 Social busca conscientizar governos a priorizar as crianças nas decisões globais, garantindo seus direitos e reconhecendo-as como agentes de mudança em um mundo com múltiplas crises.

Você sabia que mais da metade das crianças do mundo vive em países do G20? Apesar disso, esses milhões de meninos e meninas são mencionados e mencionadas apenas de forma ocasional nas declarações e iniciativas de líderes mundiais na agenda do principal fórum de cooperação econômica internacional.
As crianças, todos os seres humanos com menos de 18 anos de idade, segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), são as principais vítimas dos grandes desafios e das múltiplas crises que o mundo enfrenta atualmente. E são elas cujos direitos e participação devem ser considerados em primeiro lugar em todas as decisões socioeconômicas e políticas.
Por isso, a Comunicação do G20 Brasil estabeleceu uma parceria com o grupo “Crianças no G20” (saiba mais sobre a iniciativa aqui) para divulgar conteúdos de organizações da sociedade civil que defendem os direitos das crianças e seu melhor interesse, buscando engajar os países a reconhecê-las como agentes de mudança e a garantir cuidados e investimentos adequados para esse público.
O “Crianças no G20” é um esforço colaborativo, liderado por uma coalizão de organizações brasileiras e internacionais dedicadas à integração dos direitos e do bem-estar de crianças e adolescentes na agenda do G20. Assim, o grupo nasceu buscando institucionalizar a agenda de direitos de crianças e adolescentes no fórum, abrindo um precedente, a partir da experiência brasileira, para a sua expansão nas futuras presidências, como na África do Sul, em 2025, e nos Estados Unidos, em 2026.
A partir desta segunda-feira, dia 4, este espaço será destinado a notícias sobre temas que afetam diretamente as infâncias e adolescências, como fome e pobreza; economia justa e inclusiva; justiça climática e transição energética justa; educação e cultura; digitalização e tecnologia; e igualdade de gênero – muitos destes que, aliás, estão entre as prioridades da presidência brasileira que sedia o fórum deste ano.
Esses temas também estão incluídos no policy pack “Crianças no G20” (disponível aqui), elaborado pelo grupo e que contém recomendações para assegurar que as crianças não sejam deixadas para trás nas agendas do G20. Haverá um pré-lançamento do documento amanhã, dia 5 de novembro, às 9h (horário de Brasília). Inscrições aqui.
A proposta do grupo é também fortalecer a representatividade política e a participação de crianças e adolescentes nas tomadas de decisão. Além disso, propõe promover o engajamento de líderes globais com políticas focadas em crianças e adolescentes, assegurando que as necessidades desse público estejam no centro das decisões e recursos, e alinhando essa defesa a estratégias e compromissos financeiros e econômicos para transformá-los em ações efetivas. Convidamos você a acompanhar as reflexões que serão aqui apresentadas e se juntar a nós na implementação dessas propostas.
O grupo "Crianças no G20" é composto por Save the Children, Plan International, Instituto Alana, ANDI - Comunicação e Direitos, Childhood, FamilyTalks, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Instituto Promundo, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio), Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEc+), Soulbeegood, Vertentes - Ecossistema de Saúde Mental, Global Mental Health Action Network, Instituto Árvores Vivas para Conservação e Cultura Ambiental, Instituto Jô Clemente e Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), Orygen, ItotheN e Catalyst 2030.
Matéria por Children in G20