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Live relembra história da Academia Pernambucana de Letras
Ariano Suassuna, Joaquim Cardozo, Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto são alguns dos nomes que passaram pela Academia Pernambucana de Letras (APL). A instituição, fundada em 1921, teve à frente o escritor Carneiro Vilela, nome imortalizado também pelo romance ‘A emparedada da Rua Nova’. Nesta terça-feira (26), a casa dos grandes escritores celebrou a marca de 120 anos. Em sua homenagem, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promoveu uma palestra virtual com a escritora Fátima Quintas, autora do título ‘Academia Pernambucana de Letras — história e patrimônio’ (2013).
“Ela é uma das mais importantes academias de letras do Brasil e da América Latina. Uma academia que fez e que ainda fará muita história”, congratulou o presidente da Fundaj, Antônio Campos, integrante da instituição literária e detentor da cadeira nº 25. Segundo o presidente da APL, Lucilo Varejão Neto, mais de 250 intelectuais pernambucanos já passaram pela também chamada ‘Casa de Carneiro Vilela’ desde a sua fundação. “A academia é hoje um grande monumento. É a casa do escritor pernambucano, mas também do povo de Pernambuco que ama a poesia, que ama a literatura”, defendeu.
Em sua palestra, a antropóloga e escritora Fátima Quintas relembrou detalhes da fundação da Academia Pernambucana de Letras, mas também falou sobre literatura e escrita. Atualmente sediada na Avenida Rui Barbosa, nº 1596, nas Graças, bairro da Zona Norte do Recife, a palestrante comentou a mudança para a sede definitiva em 1966. Ao longo de 75 destes 120 anos, a APL se manteve no Instituto Histórico de Pernambuco. “A estrutura arquitetônica da academia era muito simples. A mudança para a vivenda vai dar um novo toque e status para a instituição”, observa.
Também contribuiu com a distinção da nova instalação o tombamento do prédio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1968. “Se trata de um prédio histórico, datado do século 19. A nossa academia é considerada uma das mais belas do Brasil”, disse Quintas, que presidiu a APL entre 2012 e 2016. Ao concluir a palestra, ela lançou o convite para que o público visite as instalações e reuniões. “Ela não é só dos acadêmicos. Estamos abertos para um diálogo em torno e sobre a literatura, para que o público participe e tenha uma opinião sobre a instituição.”
Durante a transmissão, os internautas comemoraram. “Parabéns à APL pelos 120 anos de relevantes serviços prestados à cultura de Pernambuco”, escreveu George Felix Cabral. “A literatura salva”, disse Bernadette Amazonas. Ainda entre os comentários, Marcos de Andrade Filho recordou o recente falecimento do fundador da extinta livraria Livro 7, que contribuiu com a região Nordeste no século 20. “No dia do encantamento de nosso saudoso Tarcísio Pereira, poder celebrar a imortalidade da APL é um alento. Parabéns, APL! Vida longa”, escreveu.