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#8demarço
Time de mulheres do Hucam pesquisa tratamento contra hepatite C
Da esquerda para direita estão as médicas Rubia Miossi, Tania Reuter, Fabiola Assad Antunes, a farmacêutica Karina Uggere Campelo, a médica Claudia Biasutti, a enfermeira Teresa Gomes e a farmacêutica Camila Ferri.
Um time de mulheres do Hucam-Ufes integrou um estudo que envolveu vários centros de pesquisa do Brasil para testar a eficácia e segurança de medicamento para o tratamento da hepatite C. A conclusão do trabalho, publicado na revista científica Annals of Hepatology, é de que a droga glecaprevir/pibrentasvir demonstrou alta eficácia e tolerância entre os 100 portadores de hepatite C testados, todos sem tratamento prévio para a doença.
O medicamento estudado é usado no mundo inteiro e tem uso aprovado desde 2018 no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar disso, ainda havia a necessidade de teste específico com pacientes brasileiros. O resultado do estudo permitirá melhor decisão sobre o tempo de uso do glecaprevir/pibrentasvir, que varia entre 8 e 12 semanas.
No Hucam, hospital que integra a rede Ebserh, o trabalho foi coordenado pela infectologista Tania Reuter. A equipe inclui médicas e profissionais de enfermagem e farmacêuticas.
Hepatite C, o que é?
É um processo infeccioso e inflamatório, causado pelo vírus C da hepatite (HCV) e que pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum.
A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter silencioso, que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tronam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo.
De acordo com dados de 2015, a Organização Mundial da Saúde estima que 71 milhões de pessoas têm o vírus da hepatite C. No Brasil, a estimativa varia entre 1.4 milhão e 1.7 milhão de habitantes, segundo o estudo que é tema desta reportagem.
Sobre a Ebserh
Vinculada MEC, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.