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SAÚDE
Especialista do Hospital Antônio Pedro orienta sobre prevenção à trombose
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), uma a cada quatro pessoas no mundo morrem por doenças relacionadas à trombose, ou, mais especificamente, ao tromboembolismo venoso (TEV). O problema ocorre quando um coágulo é formado no interior dos vasos sanguíneos e impede a circulação do sangue, causando uma série de complicações. Em 2012, por meio da nº 12.629/2012, foi instituído o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, que acontece no dia 16 de setembro, com objetivo de alertar sobre os riscos da doença que atinge cerca de 180 mil brasileiros por ano.
“A coagulação do sangue faz parte do mecanismo fisiológico do corpo humano e consiste na formação de uma massa sólida, o coágulo. Quando ocorre um mecanismo adverso que leve à formação desse coágulo no interior do vaso, que pode ser tanto nas veias como nas artérias, chamamos de trombose”, explica o Professor Paulo Ocke Reis, Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF), instituição vinculada à Rede Ebserh. Segundo o médico, existem várias causas que podem levar à formação do trombo, que podem ser de origem genética ou relacionadas aos fatores de risco por conta de doenças pré-existentes, cirurgias, tabagismo, sedentarismo e uso de anticoncepcionais.
O especialista alerta que, apesar de muitas pessoas acharem que essa condição atinge apenas pessoas mais velhas, trata-se de um mito. “Jovens de 20 a 40 anos também podem desenvolver tromboses. Isso porque, nessa idade, há diversas atitudes que podem deixar a pessoa exposta ao problema, como o uso de anticoncepcionais, gravidez, viagens longas, muito tempo sentado ou em pé no trabalho”, afirma Paulo. Pessoas com hipertensão, diabetes, obesidade, colesterol elevado, idosos e fumantes também podem ter propensão à doença, por isso há necessidade da realização de exames de sangue e de imagem para um diagnóstico mais específico.
Sintomas e tratamento
Conforme explica o cirurgião vascular, os sintomas variam, pois a trombose pode ser arterial ou venosa e pode acometer diversas regiões do corpo com diferentes sintomas. Para ele, a hora de procurar uma emergência é quando houver dor intensa, inchaço ou edema de membros inferiores, dificuldade em apoiar o pé no chão e/ou sensação de que o membro está mais quente ou frio que o normal. O tratamento é feito com medidas para afastar os fatores de risco, uso de medicamentos anticoagulantes, da meia elástica e realização de exames de acompanhamento.
“De maneira direta, a manutenção do peso é fundamental para evitar a trombose, assim como praticar alguma atividade física e não fumar. O uso de meia elástica é muito importante, porém, é necessária uma orientação do especialista, angiologista ou cirurgião vascular para uma prevenção ideal”, orienta o médico. Caso não haja acompanhamento médico adequado, a trombose pode deixar sequelas que vão de leves a graves, ou até mesmo levar ao risco de morte.
No Hospital Universitário Antônio Pedro, o Serviço de Cirurgia Vascular conta com médicos e residentes que realizam o acompanhamento multidisciplinar de pacientes encaminhados pela atenção básica à alta complexidade, e pacientes oncológicos, que também fazem parte do grupo de risco para trombose. No entanto, medidas simples podem ajudar a evitar a trombose.
- Evitar ficar muito tempo sentado ou em pé parado, beber bastante água, utilizar roupas e calçados confortáveis, fazer atividades físicas pelo menos 3 vezes por semana com acompanhamento profissional, não fumar e não exceder no uso do álcool, realizar controle do peso, da hipertensão e do diabetes com o especialista e, por fim, consultar um cirurgião vascular em caso de viagens longas, cirurgias programadas ou gestação -, finaliza o médico.
Unidade de Comunicação Social (UCS)