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Pesquisadores norte-americanos visitam o Centro de Telessaúde
Pesquisadores norte-americanos estiveram nesta quarta-feira (11) no Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh para iniciar um projeto de cooperação internacional que tem como objetivo o desenvolvimento de uma intervenção digital para otimizar, após a alta hospitalar, o tratamento dos pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca. A parceria entre o HC-UFMG e cinco universidades sediadas nos Estados Unidos, encomendada pela American Heart Association (AHA), organização que providencia cuidados cardíacos para reduzir lesões e mortes causadas por doenças cardiovasculares e AVC, propõe a união de diversas expertises para o desenvolvimento de uma alternativa ao tratamento ambulatorial.
A insuficiência cardíaca é a principal causa de internação clínica cardiovascular no Brasil. As taxas de reinternação e morte após a alta hospitalar são grandes, e apesar de existirem tratamentos que reduzem essa realidade, eles não são utilizados como deveriam. “A ideia é criar uma intervenção digital que contribua para otimizar o tratamento após a alta hospitalar de forma mais célere, como adjuvante às consultas ambulatoriais”, explicou a cardiologista do HC-UFMG/Ebserh, Luisa Brant, professora da Faculdade de Medicina da UFMG e integrante do estudo.
Além do Centro de Telessaúde, estão envolvidas na pesquisa as universidades de Washington (WA), Johns Hopkins (MD), Boston (MA), Massachusetts (MA) e Stanford (CA). Elas foram selecionadas pelo AHA por possuírem expertises em áreas distintas, o que ajudará a criar uma tecnologia mais completa.
“Com essa troca de experiências, buscaremos a melhor tecnologia para insuficiência cardíaca. Ainda não sabemos se será desenvolvido um aplicado ou um software para monitoramento dos dados vitais do paciente via Bluetooth, por exemplo, pois não há uma estratégia definida. O grupo irá desenvolver todo o estudo, testar a factibilidade do projeto e implementá-lo”, antecipou Luisa.
O Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh deverá ser um dos campos para a pesquisa. A expectativa é que o projeto seja implementado no segundo semestre de 2023. “Fomos convidados para ser o parceiro externo desse estudo por causa das experiências prévias do Centro de Telessaúde com saúde digital. O objetivo do grupo é que essa futura ferramenta também seja aplicável em um contexto fora do norte-americano”, disse o cardiologista e professor Antônio Pinho Riberio, coordenador do estudo.
Redação: Luna Normand (Jornalista do HC-UFMG/Ebserh)