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LEITE HUMANO
19 de maio – dia internacional de doação de leite humano
Com o tema "Doação de leite humano: a pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança”, o dia internacional de doação de leite humano é celebrado neste dia 19. Na Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), vinculada à Rede Ebserh, o dia é especial pois, o Banco de Leite Humano (BLH) da instituição, é responsável pelo controle de qualidade e distribuição do leite materno para cerca de 80% dos recém-nascidos em situação de risco em todo o Rio Grande do Norte.
Infelizmente, a falta de informações sobre a importância do aleitamento materno é uma realidade comum entre diversas famílias. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que apenas 38% das crianças no mundo se alimentam exclusivamente de leite materno nos seis primeiros meses de vida. A intenção é que até 2025 esse número chegue a pelo menos 50%, o que ainda é pouco.
A OMS e o Ministério da Saúde (MS) sugerem que a amamentação seja realizada por dois anos ou mais e que o leite materno seja o alimento exclusivo na dieta do recém-nascido até o sexto mês de vida.
Para Ana Zélia Pristo, coordenadora do BLH da MEJC, rememorar a necessidade da doação de leite humano é fundamental para atender a demanda do estado. “O nosso estoque não está sendo suficiente para atender a demanda. Temos que dar suporte para demanda interna, como também aos demais hospitais do estado que solicitam nosso leite pasteurizado. Se não fosse nosso serviço, não seria possível fornecer esse alimento tão importante”, afirma.
Covid-19 e aleitamento
Segundo as informações da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) – Fiocruz, não existe comprovação de transmissão do SARS-Cov-2 pelo leite materno, logo, toda mãe que tenha condições de amamentar seu filho, pode fazer sem restrição, contudo para doação, a mãe não está apta para doação.
“Todo leite que chega no banco, a gente faz o cadastro da doadora e, neste processo, precisamos saber da parte clínica. Por definição, toda doadora precisa ser uma mulher saudável. Se ela está com Covid-19, não está saudável. Não está impedida de amamentar o bebê dela, mas não pode doar”, afirma Ana Zélia.
Sobre a Rede Ebserh
A MEJC faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde agosto de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.