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ASMA
Especialistas da Rede Ebserh/MEC destacam importância de asmáticos reforçarem cuidados em épocas de seca e frio
Com o período de seca chegando em algumas partes do país, e do frio em outras, pessoas com problemas respiratórios, como asma, precisam redobrar os cuidados. A identificação precoce da doença pode contribuir para o tratamento mais eficaz da enfermidade. “A asma é uma doença genética e com fator hereditário, mas que tem uma combinação com exposição ambiental. Há uma suscetibilidade a fatores que são encadeantes à crise”, comenta a pneumologista e chefe da Unidade do Sistema Respiratório do Hospital Universitário da UFS/Ebserh/MEC, Luiza Doria.
De acordo com a especialista, a época da seca é um período em que os sintomas podem se intensificar. Cerca de 80% das manifestações dessa patologia se manifestam já na primeira infância, podendo ser identificada por meio de “chiados” na respiração, por exemplo. Outra forma de identificar é por meio do exame de sopro, que se trata de um teste em que o paciente faz uma respiração forçada para que se caracterize as formas obstrutivas das vias aéreas, procedimento bastante recomendado pelos médicos.
“O paciente deve procurar sempre um profissional que faça um plano terapêutico individual, principalmente para os momentos de crise, para que a pessoa saiba como administrá-la, e, também, possa recorrer corretamente”, complementa a especialista
A chefe da Unidade do Sistema Respiratório do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh/MECh), a pneumologista Elaine Bulsing, acrescenta que o frio intenso também pode afetar a rotina do asmático. Nesse período, acontecem mais crises, há uma maior circulação de vírus que causam doenças respiratórias e a própria temperatura mais baixa pode causar crises em alguns pacientes asmáticos. Tudo isso reforça a necessidade de controle, medicação indicada pelo profissional e cuidados básicos”, comenta.
O pneumologista Agostinho Neto, do Hospital Universitário Lauro Wanderley HULW-UFPB/Ebserh/MEC, acrescenta as características da doença. “Falta de ar, tosse, chiado e sensação de aperto no peito. Esses sintomas ocorrem em crises, desencadeadas por contato com poeira, pólen ou outros alérgicos. Os sintomas melhoram com uso de medicação bronxodilatadora”.
A pneumologista Flávia Castro, do Hospital das Clínicas da UFG/Ebserh, explica que entre os gatilhos da asma estão: infecção viral; exposição a alérgenos, como poeira, mofo, ácaros, fungo e pólens; exposição a substâncias irritantes como fumaça, poluição e cheiros fortes; e exercícios físicos e mudanças climáticas.
Sobre a relação asma e Covid-19, a especialista detalha a importância de manter a doença controlada. "Apenas os pacientes com asma grave, de difícil controle ou a asma não controlada tiveram maior risco de complicações da Covid-19. Não se observou maiores riscos para pacientes com asma controlada e tratamento adequado. As consequências para os pacientes que contraem o vírus são as mesmas para os pacientes que não tem asma”, complementa Flávia Doria.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB) integra a Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administra atualmente 40 hospitais universitários federais.
O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
A empresa, criada em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.