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HC-UFPE realiza simpósio sobre a importância da doação de órgãos para transplante
A importância da doação de órgãos e tecidos e do transplante para salvar vidas foi o tema do Simpósio “Transplante – A corrida pela vida” realizado na manhã desta quinta-feira (29), no auditório do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE, como parte das ações do Hospital das Clínicas da UFPE em comemoração ao Setembro Verde.
O simpósio abordou questões como o transplante renal e a captação de córneas no HC; o processo doação-transplante; a importância do acolhimento familiar no processo de doação; a avaliação clínica no transplante renal; a cirurgia de captação no doador; a cirurgia do transplante renal e depoimentos de familiares de doadores e de transplantados.
O superintendente do HC, Filipe Carrilho, destacou a linha do tempo em que mostrou a evolução do transplante no HC desde a primeira cirurgia, em 1984, até os dias atuais com a retomada das operações com doadores falecidos, o que vai ampliar a capacidade transplantadora do hospital. “Com a criação da Unidade de Transplantes no organograma da Ebserh, em 2021, vamos conseguir ampliar a produção porque passaremos a ter mais apoio, planejamento e condições para fazer”, explica o gestor.
O processo doação-transplante foi abordado pela gestora da Central Estadual de Transplantes, Noemy Gomes, que destacou a importância de as famílias conversarem sobre a doação de órgãos e manifestarem o interesse em doar. “Quando a família já sabe que o desejo daquele parente próximo era o da doação isso vira um empenho em fazer aquele último pedido”, revela Noemy.
A gestora estadual lembra que a fila de espera e o seu tempo aumentaram em virtude da parada das cirurgias durante os momentos mais críticos da pandemia de Covid-19. “Em Pernambuco, a fila que antes era de 30 dias, agora está demorando um ano, tempo que traz muito impacto para quem está esperando. Por isso, a gente pede para que as pessoas embarquem nessa jornada maravilhosa (a doação) que transforma certidões de óbitos em certidões de nascimento”, completa.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do HC-UFPE, Claudia Vilela, destacou a baixa taxa de negativa familiar na captação de córneas no HC, resultado do trabalho de acolhimento do paciente e de sua família desde a chegada no internamento. “De 2016 até 2022, a nossa taxa de negativa familiar é de 14%, uma das mais baixas do Brasil. A Cihdott se faz presente para os pacientes e seus familiares com acolhimento, escuta e ajuda durante todo o internamento. No momento da entrevista familiar (após a morte do parente), ofertamos a possibilidade de autorizar a doação e salvar vidas”, salienta Claudia Vilela.
Além do simpósio, estão acontecendo ao longo dessa semana a distribuição de folhetos educativos e de laços da campanha, realização de rodas de conversa, exibição de vídeos, palestra sobre morte encefálica e afixação de cartazes e banners, entre outras ações.