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HC promove Dia Nacional de Conscientização da Dermatite Atópica, nesta sexta-feira (23)
Um evento de extensão universitária no hall da portaria dos ambulatórios do Hospital das Clínicas da UFPE reforçou a importância do conhecimento sobre a dermatite atópica, doença que acomete 10 a 20% das crianças e até 10% dos adolescentes e adultos em todo o mundo. A ação marcou o Dia Nacional de Conscientização da Dermatite Atópica, na manhã desta sexta-feira (23), e foi direcionada a pacientes e seus acompanhantes, estudantes e profissionais de saúde do HC.
“Informar a população sobre as características da dermatite atópica, esclarecer que não é uma doença contagiosa, reforçar o conhecimento para a profissionais de saúde e trazer os aspectos emocionais da doença para o diálogo através de campanhas de conscientização é fundamental para facilitar a jornada dos pacientes, diagnóstico e tratamento adequados, diminuir preconceitos e estigmas desta doença inflamatória da pele e buscar uma melhor qualidade de vida dos acometidos pela dermatite atópica e familiares”, explica a professora da UFPE e coordenadora do Ambulatório de Dermatoses Atópicas do Centro de Pesquisas em Alergia e Imunologia (CPAI) do HC-UFPE, Dayanne Bruscky.
Acompanhada pelo HC desde 2015, a estudante de Design Bruna Freitas, de 19 anos, sabe bem a importância de conhecer a doença e realizar o tratamento. “Com 10 anos, comecei a desenvolver os sintomas da dermatite atópica de forma bem forte e frequente. Depois, iniciei o tratamento e consegui controlar a doença com a ajuda das médicas aqui do HC”, relata Bruna, que é moradora de Palmares, na Mata Sul do Estrado, a 120 km do Recife.
No evento, foram respondidas dúvidas sobre a dermatite atópica, bem como divulgado o e-book para leigos “Dermatite Atópica: lendo e aprendendo” disponibilizado para download pelo Departamento Científico de Dermatite Atópica da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), que apoiou o evento ao lado da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Além de Dayanne Bruscky, organizaram a ação as também professoras e médicas do HC Ana Caroline Dela Bianca e Adriana Azoubel, a preceptora de Alergia e Imunologia Ana Carla Moura e estudantes de Medicina e da Liga de Dermatologia da UFPE (LADERMA).
Sobre a doença
A dermatite atópica é uma doença crônica de causa multifatorial (genética, ambiental e imunológica), que acomete pessoas de todas as idades, mas, principalmente, as crianças. É caracterizada como um processo inflamatório da pele, caracterizado por coceira, pele seca e eczema e muitas vezes está relacionado com crises de asma e de rinite. Alguns fatores que podem exacerbar a doença como alérgenos no ar (ácaros, fungos, pêlos de animais, fumaça, poeira etc), alergia alimentar, perfumes e suor. Aspectos emocionais (como depressão e ansiedade, por exemplo) podem ser agravante da dermatite ou até consequência da doença.
O tratamento é baseado na hidratação da pele com cremes (de preferência, sem fragrância) e que não provoquem ardor ou vermelhidão. Também pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios tópicos e, em casos mais graves, podem ser prescritas medicações sistêmicas para controle da inflamação.