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Especialistas do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh alertam para prevenção e tratamento no Dia Mundial da Hipertensão Arterial
Calor súbito, mal-estar e coração acelerado foram os sintomas apresentados pela pensionista Maria de Queiroz Lourinho, de 76 anos. Com o aumento das ocorrências, a ida ao posto de saúde foi inevitável. Como se tratava de uma hipertensão grave, ela foi encaminhada para acompanhamento no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, referência no atendimento de casos complexos de hipertensão arterial no Ceará. A doença acomete cerca de 30% da população adulta no mundo e 25% dos brasileiros. Por essa e outras razões, 17 de maio é marcado como o Dia Mundial da Hipertensão Arterial.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão arterial é o principal fator de risco para enfermidades cardiovasculares, especialmente doença coronariana e acidente vascular cerebral, mas também para doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demência. Ainda de acordo com a entidade, o controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e em 15% o de infarto. Por essa razão, explica o cardiologista e coordenador do Ambulatório de Hipertensão Arterial do HUWC, Ricardo Pereira, a aferição da pressão é uma medida essencial para o diagnóstico e o tratamento adequado.
“No Brasil, considera-se hipertenso o indivíduo que apresenta a pressão arterial acima de 140 por 90. Quando esses índices são iguais ou maiores do que 180 por 110, temos a hipertensão grave”, afirma o também professor titular de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (Famed/UFC). Pereira explica que a adoção de hábitos não saudáveis é o principal motivo para o aumento do número de casos da doença no Brasil e no mundo.
Conforme o especialista, ingestão de sal e gordura saturada em excesso, ausência de atividade física, tabagismo e consumo excessivo de álcool contribuem sensivelmente para o aumento da pressão arterial e, consequentemente, o desenvolvimento de formas graves da doença. “Um indivíduo deve consumir, no máximo, 30ml de etanol por dia. Isso significa o consumo diário de 300ml de vinho ou 800ml de cerveja ou, ainda, duas doses de uísque ou aguardente”, exemplifica.
Depois do diagnóstico de hipertensão, a pensionista Maria de Queiroz Lourinho passou a adotar hábitos mais saudáveis, como alimentação balanceada e prática de atividade física. “Eu sou acompanhada há mais de 10 anos no HUWC. Atendimento excelente. Estou viva por causa do cuidado deste hospital comigo”, afirma. O Hospital Universitário é referência no tratamento de hipertensão arterial grave e no ensino e na pesquisa voltados à formação de profissionais cardiologistas de excelência.
O Serviço de Cardiologia existe desde a criação do HU, no fim da década de 1950. Criador e primeiro supervisor do Programa de Residência em Cardiologia do HUWC, o Prof. Ricardo Pereira informa que cerca de 30 médicos especialistas já foram formados em cardiologia e/ou ecografia no Hospital Universitário.
Atendimento especializado para grávidas
Na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), também do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, existe um ambulatório no Serviço Materno Fetal específico para gestantes com doenças cardiovasculares, incluindo as hipertensas crônicas e gestacionais, gestantes com passado de pré-eclâmpsia e desfecho perinatal adverso. De acordo com Ana Paula Andrade Augusto, médica do ambulatório, trata-se de um atendimento multiprofissional com obstetra e cardiologista trabalhando de forma conjunta. “São pacientes encaminhadas das unidades básicas de saúde e de outros serviços do próprio Complexo Hospitalar”, esclarece a obstetra. O ambulatório funciona às segundas, das 7h às 13h, com acompanhamento, em média, de 40 a 60 pacientes por mês.
IMPORTANTE! Os atendimentos realizados nos ambulatórios do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, são todos de pacientes encaminhados das unidades básicas de saúde, respeitando os fluxos de trabalho do serviço de regulação da Prefeitura de Fortaleza.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Walter Cantídio e a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, fazem parte da Rede Hospitalar Ebserh desde novembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Os hospitais universitários são, por sua natureza educacional, campos de formação de profissionais de saúde. A Rede Hospitalar Ebserh não é responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país, apenas atua de forma complementar ao SUS.
SERVIÇO:
Canal no YouTube sobre temas de saúde
O médico cardiologista, coordenador do Ambulatório de Hipertensão Arterial do HUWC e professor titular de Cardiologia da Famed/UFC, Ricardo Pereira, fala sobre hipertensão arterial, entre outros temas, e entrevista especialistas sobre questões de saúde no seu canal no YouTube. Acesse: https://www.youtube.com/channel/UC20D9d9EZhSSDnifnJ72WNw.
à Inclusive, em 17 de maio, Dia Mundial da Hipertensão Arterial, o Prof. Ricardo Pereira entrevistará o renomado cardiologista Celso Amodeo, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sobre o tema.
Jornalista responsável: Ludmila Wanbergna (MTB 1809 CE)
Unidade de Comunicação Social
Complexo Hospitalar da UFC
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ucs.ch-ufc@ebserh.gov.br | (85) 3366-8183