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Parceria entre Governo Federal e Comitê Paralímpico qualifica professores para atuarem na iniciação esportiva voltada a crianças com deficiência
Termo de cooperação foi assinado pelo secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, pelo secretário nacional de Paradesporto, José Agtônio Guedes, e pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, durante recepção no Palácio do Planalto a atletas brasileiros que estiveram em Tóquio. Foto: Alan Santos/PR
Com a intenção de promover a inclusão e o atendimento profissional de crianças e adolescentes com deficiência na iniciação esportiva, a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania firmou um Acordo de Cooperação Técnica com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A assinatura simbólica foi realizada no último dia 06.10, durante a visita de atletas que estiveram nos Jogos de Tóquio ao presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A oficialização foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18.10.
A criança com deficiência é a maior beneficiada, porque está na ponta. Vamos garantir segurança para a família que envia a criança para o local de treinamento e que será recepcionada por uma pessoa que conhece de paradesporto, que entende de deficiência e vai contribuir com a evolução desses meninos e meninas"
José Agtônio Guedes Dantas, secretário nacional de Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania
A parceria pretende potencializar a capacitação de professores de educação física que atuam em projetos esportivos sociais. “A criança com deficiência é a maior beneficiada, porque está na ponta. Vamos garantir segurança para a família que envia a criança para o local de treinamento e que será recepcionada por uma pessoa que conhece de paradesporto, que entende de deficiência e vai contribuir com a evolução desses meninos e meninas", afirmou o secretário Nacional de Paradesporto do Ministério da Cidadania, José Agtônio Guedes Dantas.
Os primeiros profissionais atendidos serão os que atuam em programas sociais da Secretaria Nacional de Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) do Ministério da Cidadania. Segundo Guedes, a parceria permite trabalhar com a perspectiva de que as crianças com deficiência estão em todos os lugares. Ele cita o exemplo de uma família com três filhos, onde dois fazem aulas em um núcleo de programa apoiado pelo Ministério da Cidadania e o terceiro tem deficiência.
“Em muitos casos, a família nem faz a matrícula dessa terceira criança. A partir do momento em que capacitarmos professores e que a notícia correr pelos municípios, a criança com deficiência vai junto com os irmãos à escolinha. Assim, a gente promove inclusão de fato”, comentou Guedes.
Três etapas
A formação dos professores será em três etapas. A primeira será o curso de Introdução ao Movimento Paralímpico. As aulas já foram gravadas e estão disponíveis 100% online. Os professores podem assistir no dia e na hora em que desejarem. Para avançar às etapas seguintes da capacitação, o professor precisa finalizar esse curso de introdução.
Na segunda etapa, os profissionais têm acesso ao curso de Formação Básica. Com carga horária maior, a dinâmica é diferente. As aulas são ministradas ao vivo, de forma virtual, com a exigência de presença mínima para receber a certificação. Na Formação Básica, os educadores são formados para atender efetivamente as pessoas com deficiência.
O terceiro estágio é focado no curso de Habilitação Técnica. Os professores são formados para se tornarem treinadores nas modalidades paralímpicas em que atuam, como natação ou atletismo, por exemplo. Segundo o secretário, nesta etapa o termo de cooperação técnica vai ajudar o CPB a suprir a necessidade de formar novos treinadores.
Na estrutura administrativa do CPB existe um departamento chamado Educação Paralímpica. A entidade tem a meta de capacitar cerca de 100 mil professores de educação física no Brasil até 2025. Com o termo de cooperação, a ideia é otimizar esse processo já existente.
"Com esse termo, a gente modifica a vida do professor que está recebendo a qualificação. A gente modifica a vida das famílias das crianças com deficiência, que vão ter oportunidade de colocar o filho em uma iniciação com profissional qualificado. E a gente modifica a vida da criança que está praticando esporte", destaca o secretário. "Com certeza temos grandes talentos paradesportivos que só precisam de uma oportunidade. Com isso, vamos alimentar o topo da pirâmide, que são os atletas de alto rendimento que no futuro nos representarão nas competições internacionais".
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania