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Governo Federal reduz alíquota de importação de skates de uso profissional de 20% para 2%. Atletas e dirigentes celebram
Foto: Pedro Ramos/Min. Cidadania
A lista de deliberações da 5ª Reunião Extraordinária de 2021 do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex), divulgada nesta terça-feira (20.04), traz a aprovação de uma Minuta de Resolução que terá impacto direto nos profissionais de skate. A novidade é a criação de destaque tarifário para skates de uso profissional, que passarão a ter uma alíquota de imposto de importação de 2%, e não mais de 20%.
O custo de importação desses equipamentos não é baixo e a alta do dólar dificulta ainda mais a importação. Os atletas do Brasil estão entre os melhores do mundo no skate, mas, para isso, precisam estar em condição de igualdade com adversários no que diz respeito ao equipamento"
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
“Essa decisão beneficiará diretamente nossos atletas do skate, modalidade que é uma das esperanças de medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na verdade, ela trará benefícios a toda a cadeia desse esporte”, afirma o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães.
“O custo de importação desses equipamentos não é baixo e a alta do dólar dificulta ainda mais a importação. Os atletas do Brasil estão entre os melhores do mundo no skate, mas, para isso, precisam estar em condição de igualdade com adversários no que diz respeito ao equipamento. Esperamos que com a nova alíquota mais atletas possam ter acesso a equipamentos de primeiríssima linha e, assim, possam desenvolver ainda mais seus talentos para representar bem o Brasil nos grandes eventos mundiais”, prossegue o secretário.
“Eu acho que foi uma grande conquista. Ando de skate há 36 anos e a gente nunca teve benefício por ser profissional em relação a equipamentos ou acessórios”, destaca Sandro Dias, o Mineirinho, um dos maiores skatistas da história, dono de sete medalhas nos X Games (três ouros, duas pratas e dois bronzes).
Mineirinho, que vive em Temecula, na Califórnia (EUA), conta já que deixou de trazer equipamentos para o Brasil por conta do alto valor dos impostos. “Temos bons materiais no Brasil, mas os importados sempre foram um pouco superiores, sem desmerecer os que existem hoje no Brasil, que são muito bons. Sempre foi difícil ter acesso a equipamentos importados pela questão do imposto. Eu mesmo já levei equipamentos e parei por conta disso. Com essa redução as coisas vão ficar mais fáceis para o skate brasileiro. É um esporte que cresce rápido no nosso país. Para os profissionais, foi uma grande conquista. Estou feliz, porque sei que a decisão vai ajudar bastante o skate profissional brasileiro a continuar desempenhando em alto nível. Queria agradecer ao governo, que realmente enxergou essa necessidade para o nosso esporte e conseguiu nos ajudar. Confesso que achei que isso nunca fosse acontecer”, continua Sandro Dias.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Skate, Eduardo Musa, a medida é uma grande vitória da modalidade. “A gente vai conseguir receber agora o melhor dos materiais do mundo no Brasil a um preço justo, de mercado. O Brasil é produtor de materiais de qualidade, mas agora acho que a gente consegue melhorar ainda mais. É uma vitória muito grande do skate nacional”, afirma.
Segundo Marcelo Magalhães, a redução da alíquota de importação do skate pode representar o início de um processo que permita que novas minutas sejam aprovadas para que o mesmo ocorra com equipamentos de outras modalidades.
Expectativa alta
O skate é uma das novidades no programa olímpico de 2021. A modalidade vai estrear nos Jogos de Tóquio com competições nas modalidades Street e Park, no masculino e no feminino. Há um total de 80 vagas (40 em cada naipe, 20 para cada modalidade). Ainda não há definição oficial dos nomes classificados, mas o Brasil tem chances reais de não só qualificar atletas na janela que se estende até junho de 2021, mas de brigar pelos quatro ouros. O limite é de três atletas por país em cada modalidade, no masculino e no feminino. As competições em Tóquio serão no Parque Urbano de Ariaque, na mesma região em que serão disputadas as provas de ciclismo BMX.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania