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Tóquio 2020
Com convocação no tênis de mesa e índices na natação e atletismo, Brasil chega a 208 vagas em Tóquio: 93% dos confirmados pertencem ao Bolsa Atleta
Integrante da categoria Internacional do Bolsa Atleta, Jessica Yamada vai estrear em Jogos Olímpicos. Foto: Abelardo Mendes Jr./rededoesporte.gov.br
Nesta segunda-feira (26.04), o Brasil atingiu a marca de 208 vagas garantidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 23 modalidades. Os novos postos foram ocupados por atletas da natação, do atletismo e do tênis de mesa. Desse total, 64 vagas já têm nome e sobrenome definidos (as demais dependem de convocação ou confirmação das confederações esportivas), e 60 (93,75%) pertencem a integrantes do Bolsa Atleta do Governo Federal.
Mesmo diante da pandemia, decidimos manter o apoio aos nossos atletas. Essa decisão foi acertada e, prova disso, é que agora os bolsistas ocupam quase a totalidade dos atletas já classificados para Tóquio. Temos a certeza de que eles trarão grandes alegrias ao país"
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
Entre os 60 confirmados, 41 são da categoria Pódio, a mais alta do programa, reservada a atletas do Top 20 mundial em suas provas. Outros nove são da categoria Olímpica, oito da Internacional e dois da Nacional. Somando o investimento federal nas 23 modalidades em que o Brasil já tem vagas garantidas, a cifra ultrapassa R$ 164,4 milhões no atual ciclo. No recorte específico dos 60 já garantidos, o repasse supera os R$ 21 milhões desde 2017.
"Mesmo diante da pandemia, decidimos manter o apoio aos nossos atletas. Essa decisão foi acertada e, prova disso, é que agora os bolsistas ocupam quase a totalidade dos atletas já classificados para Tóquio. Temos a certeza de que eles trarão grandes alegrias ao país", afirma o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães. A estimativa é de que o país chegue à capital japonesa com uma delegação de cerca de 250 atletas.
Nos Jogos Rio 2016, a campanha dos atletas nacionais terminou com 19 pódios. Foram sete medalhas de ouro, seis de prata e outras seis de bronze, sendo que apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas. Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio do Governo Federal.
Desde a criação do Bolsa Atleta, em 2005, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera a marca de R$ 1,2 bilhão.
Novos classificados
A seletiva olímpica de natação, encerrada no último fim de semana no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, garantiu novos passaportes olímpicos aos atletas brasileiros. Agora, a modalidade conta com 18 nomes certos no Japão , todos contemplados pela Bolsa Atleta no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020.
É um sonho realizado. Desde pequeno o meu maior sonho era participar de uma Olimpíada. Conto com a torcida de vocês e queria agradecer ao Bolsa Atleta. Em 2014, eu me mudei para a Europa para me dedicar e melhorar o meu nível. Graças ao Bolsa Atleta, consegui investir de forma correta na minha carreira: pagar meus treinos, pagar os torneios internacionais. Isso tem ajudado bastante na minha evolução"
Vitor Ishiy, convocado para os Jogos de Tóquio no tênis de mesa
No atletismo, dois atletas atingiram o índice olímpico no fim de semana. A gaúcha Fernanda Borges venceu a prova de lançamento do disco em Chula Vista , nos Estados Unidos, durante o Camping Internacional de Treinamentos e Competições, com a marca de 64,21m, superando os 63,50m exigidos pela World Athletics. Fernanda é integrante da categoria Pódio. “Esperava encaixar a qualquer momento uma boa marca. Continuo treinando e querendo mais, pois estou pronta para mais”, comentou.
O também gaúcho Samory Uiki Bandeira Fraga venceu a disputa do salto em distância durante a segunda etapa do Torneio Cidade de Bragança Paulista. Com 8,23m, superou em 1cm o índice exigido e também garantiu a vaga em Tóquio. “Eu vinha de uma consistência boa, mas faltava sair a marca numa competição. Eu queria ir ao Sul-Americano e achava que iria saltar bem, mas fui surpreendido com o índice. Agora é repensar a temporada e focar nos Jogos Olímpicos, para estar no auge em Tóquio”, disse.
No mesmo torneio em Bragança Paulista (SP), Caio Bonfim referendou o índice na marcha atlética ao terminar os 20 km em 1h20min13s68, estabelecendo um novo recorde brasileiro e sul-americano da prova. O segundo colocado, Matheus Gabriel Correa, também obteve o índice olímpico, com 1h20min49s13.
Já o paulista Alison Brendom Alves dos Santos, que já tinha índice olímpico, venceu os 400m com barreiras do tradicional torneio Drake Relays , em Iowa, nos Estados Unidos. Com 48s15, ele estabeleceu um novo recorde pessoal e brasileiro da categoria sub-23, e cravou a melhor marca do mundo de 2021 no Ranking da World Athletics. Alison é integrante da categoria Pódio.
O tênis de mesa, por sua vez, divulgou nesta segunda-feira os atletas convocados para as Olimpíadas . Além de Hugo Calderano, que já tinha vaga garantida por ter vencido os Jogos Pan-Americanos de Lima, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) convocou Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy no masculino, e Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Carol Kumahara no feminino. Os reservas serão Eric Jouti e Giulia Takahashi. Os oito são integrantes do Programa Bolsa Atleta.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020, o investimento direto do Governo Federal no grupo de convocados do tênis de mesa foi de R$ 1,15 milhão. Sétimo colocado no ranking mundial, Calderano é integrante da categoria Pódio. Tsuboi, Bruna Takahashi e Caroline Kumahara fazem parte da categoria Olímpica. Vitor Ishiy, Eric Jouti, Jessica Yamada e Giulia Takahashi estão na Internacional.
"É um sonho realizado. Desde pequeno o meu maior sonho era participar de uma Olimpíada. Conto com a torcida de vocês e queria agradecer ao Bolsa Atleta. Em 2014, eu me mudei para a Europa para me dedicar e melhorar o meu nível. Graças ao Bolsa Atleta, consegui investir de forma correta na minha carreira: pagar meus treinos, pagar os torneios internacionais. Isso tem ajudado bastante na minha evolução", afirmou Vitor Ishiy.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania, com informações da CBAt e da CBTM