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Brasil reforça compromissos no combate à dopagem no esporte durante visita de presidente da Agência Mundial Antidopagem
Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra do Esporte, Ana Moser, receberam o presidente da Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês), Witold Bańka, nesta terça-feira (07.02), em Brasília. A visita de cortesia teve o objetivo de fortalecer as relações entre o Brasil e a entidade em prol da integridade e do jogo limpo no esporte.
O presidente Lula tem uma expectativa de que a gente faça no Ministério do Esporte coisas novas. Então, a gente tem também essa pauta da dopagem que é muito importante”
Ana Moser, ministra do Esporte
“O presidente Lula tem uma expectativa de que a gente faça no Ministério do Esporte coisas novas. Então, a gente tem também essa pauta da dopagem que é muito importante. Essas questões em relação à WADA são questões de compromissos internacionais, que a gente tem uma urgência de nos conectarmos”, frisou Ana Moser.
Durante o encontro, Witold Bańka destacou que o Brasil tem potencial para ser referência mundial e para os países ibero-americanos. Além disso, o presidente da WADA destacou que o esporte consegue unir as pessoas, construir emoções positivas, mas apenas o esporte sem dopagem e sem corrupção.
“O objetivo da minha visita ao Brasil foi pensar o que podemos fazer a mais, como podemos contribuir mais. O Brasil é uma grande nação esportiva, com muitas conquistas e sucessos no esporte. Sabemos que o Brasil tem um importante papel não apenas no continente, mas no mundo, nas ações contra a dopagem”, disse.
Durante as reuniões, foram discutidas ações conjuntas com o objetivo de atender os atletas brasileiros e do continente americano. “Discutimos alguns projetos conjuntos em educação para a saúde, além de parcerias. Acho que o Brasil pode ajudar regiões menos desenvolvidas, países menos desenvolvidos na luta contra a dopagem no esporte”, completou o polonês Witold Bańka.
A WADA é uma organização independente, criada por iniciativa coletiva e liderada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Ela abrange 191 países e tem mais de 700 signatários, entre confederações esportivas, associações e entidades organizadoras de eventos. A governança e o financiamento são baseados em parceria igualitária entre o Movimento Esportivo e governos de todo o mundo.
Acho que o Brasil pode ajudar regiões menos desenvolvidas, países menos desenvolvidos na luta contra a dopagem no esporte”
Witold Bańka, presidente WADA
“A colaboração com governos é a chave para o sucesso da WADA. Sem a colaboração dos governos, não conseguimos cumprir nossos objetivos. Hoje, o controle de dopagem é muito mais equipado. Conseguimos sancionar países. Conseguimos acionar investigadores. Colaboramos com a Interpol (Polícia Internacional) e entidades similares em diferentes países”, explicou o presidente da Agência.
A necessidade de reforçar o orçamento e a quantidade de exames realizados no Brasil também foram discutidos. “A política de dopagem é umas das questões que estão presentes no esporte brasileiro e o governo brasileiro e o Ministério do Esporte têm a responsabilidade de conduzir”, acrescentou Ana Moser.
Sistema Antidopagem
No primeiro compromisso do dia, com a ministra do Esporte, foram listados alguns pontos que precisam ser vistos com cuidado pelas autoridades brasileiras, como o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). A WADA deseja ver sua capacidade operacional ampliada aos países vizinhos.
“A gente tem um compromisso extenso, mas temos uma equipe e a responsabilidade, o apoio da ministra do esporte para que a gente alcance os objetivos e para manter essa nossa interlocução internacional, essas nossas relações tão importantes para a integridade do esporte, porque é disso que se trata. Estamos falando de integridade, de jogo limpo e não há que se falar em esporte sem falar em antidopagem”, destacou Adriana Taboza, diretora da ABCD.
No Brasil, o movimento pela defesa do jogo limpo e pelas ações de disseminação de valores éticos no esporte é consolidado em torno de um tripé: a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), ligada ao Ministério do Esporte; o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD); e o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD).
“A Agência Mundial segue rigorosos padrões internacionais de conformidade em constante evolução e essa é a exigência para nós, é que a gente também acompanhe esse movimento e continue nos desenvolvendo no sentido de dar ao esporte o melhor resultado da nossa política. Estamos preparados, dispostos e temos certeza que temos o apoio necessário para continuar essa construção, melhorando cada dia mais”, finalizou Adriana Taboza.
Legado
O LBCD passou por grande modernização com a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Na época, a estrutura localizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu aporte de R$ 280 milhões do Governo Federal em equipamentos, estrutura e capacidade de coleta e análise de exames.
O LBCD atua na área da Ciência Antidopagem, realizando análises para diversas Autoridades de Testes e desenvolvendo pesquisas científicas de caráter multidisciplinar, que incluem as áreas de Química Analítica, Toxicologia Analítica, Química Clínica, estudo do metabolismo de agentes dopantes, entre outras. O LBCD é o único laboratório da América do Sul reconhecido pela WADA. Atualmente, há apenas 26 laboratórios credenciados em 23 países.
Assessoria de Comunicação - ME