Acesso à água
Dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal indicam que apenas cerca de 27% da população rural de baixa renda no país possui ligação do domicílio a uma rede pública de abastecimento de água. COMPARAR COM DADOS DA POPULAÇÃO GERAL.
Sem abastecimento público e contínuo, famílias de agricultores familiares em situação de pobreza precisam, muitas vezes, percorrer longos caminhos para buscar água ou acessar fontes que nem sempre são de boa qualidade (poços com água salobra, cacimbas, riachos, açudes, igarapés, barreiros). Nessas condições, as famílias ficam expostas a doenças, vulneráveis em períodos de escassez e sem condições mínimas para desenvolver atividades produtivas na propriedade.
A condição do acesso à água na zona rural varia muito, de acordo com as características de cada região do país. No semiárido brasileiro, por exemplo, há problemas de escassez de chuvas, associada à salinidade das águas subterrâneas e concentração dos mananciais, e à baixa disponibilidade de rios e nascentes, que majoritariamente são intermitentes. Na Região Norte, onde há abundância de água, o problema normalmente está associado à qualidade da água utilizada para consumo. As mudanças climáticas têm amplificado as dificuldades de acesso à água nas duas regiões.
O acesso à água no meio rural é particularmente crítico para povos e comunidades tradicionais, dentre eles indígenas e quilombolas, geralmente localizadas em territórios mais isolados e sem acesso a serviços básicos.
Para enfrentar essa questão, o MDS conta com o Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais de Acesso à Água, conhecido como Programa Cisternas. A iniciativa integra o Plano Brasil Sem Fome e o Novo PAC, no âmbito da estratégia mais ampla para promover o acesso à água e garantir a segurança alimentar das populações rurais e em situação de pobreza.