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Setembro amarelo: saúde mental entra em pauta em ação do Cetene
Especialista aprofundou compreensão sobre emoções humanas e fez distinção entre sentimentos e patologias
“Vamos falar sobre saúde emocional.” A frase-convite aparece em destaque no primeiro slide da psicóloga Verônica Barros, convidada para a roda de conversa promovida no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), nesta quarta-feira (14). A atividade foi organizada pelo Serviço de Pessoal (Sesep), da Coordenação de Gestão Administrativa (Cogea), do Cetene, por ocasião do Setembro Amarelo, e reuniu servidores, bolsistas e terceirizados na Sala de Interatividade, na sede da Instituição.
Verônica trouxe diversos esclarecimentos, percorreu definições e características sobre os sentimentos e sintomas de patologias como Depressão e Transtorno de Ansiedade. Especialista em Psicologia Cognitiva, ela atua voluntariamente no projeto de extensão Promoção da Resiliência e Prevenção ao Suicídio (PRPS), da Universidade Federal de Pernambuco, que gratuitamente faz o acolhimento de pessoas que precisem conversa. “É como se fosse o CVV [Centro de Valorização da Vida], só que menor”, ilustra.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão deverá ser o problema mais comum do mundo até 2030. Para a profissional, a consciência de si e do próprio corpo podem nos ajudar a driblar a doença. “A gente separa mente e corpo por uma questão didática, mas está tudo interligado. Diversas práticas podem nos dar fôlego para lidar com as pressões externas ou que muitas vezes estão apenas aqui, na nossa cabeça”, disse, apresentando os arquétipos das emoções do filme Divertidamente (Disney Pixar, 2015).
Ter um estilo de vida e alimentação saudáveis, contato com a natureza, meditar, dormir e acordar cedo, praticar atividades físicas e até ouvir música são outras estratégias reforçadas pela psicóloga, que aponta, também, a importância de se evitar o consumo excessivo de cafeína, açúcar e alimentos processados. “Fazer acompanhamento terapêutico com um profissional também é essencial. Infelizmente, as pessoas tendem a buscar um auxílio apenas quando já estão em estado de emergência.”
Organizadora do evento, a tecnologista Keyla Costa Reis, do Sesep, avaliou a ação como positiva. “A roda permitiu um espaço de diálogo para pensar a prevenção ao adoecimento, ao cuidado consigo e com o outro”, disse. A psicóloga Verônica Barros concorda. “A gente fala sobre suicídio porque é preciso esclarecer, mas precisamos falar principalmente sobre o que fazer para ninguém chegar nessa fase de desespero. Precisamos falar sobre prevenção. As pessoas que se suicidam não querem morrer. Elas simplesmente querem se livrar do sofrimento.”
Coordenador de Gestão Administrativa, Anderson Oliveira esteve entre os participantes da atividade. “Cada um tem uma história ou conhece alguém próximo que passou por uma dificuldade, né? Acho que exercitar a escuta, o poder de ouvir o outro é muito importante. É isso que a gente tá querendo incentivar aqui, que tenhamos a sensibilidade aos sinais de pessoas que estão com um problema”, apontou. “Foi um evento de muito sucesso que a gente espera replicar para humanizar nossas relações de trabalho”, avalia o gestor.