Sobre o LIGEM.Redes
Objetivos Gerais
Criar, estruturar e desenvolver capacidade de pesquisa aplicada com governança própria e modus operandi inovador visando à qualificação e incorporação de análise científica para apoiar atividades de proposição, planejamento, coordenação, execução de ações integradas de garantia da soberania, projeção de poder nacional, prevenção e repressão qualificada às redes de crime organizado transnacionais na Amazônia Brasileira e na Amazônia Azul, bem como à avaliação dos impactos dessas redes e atividades no desenvolvimento sustentável de ambas as regiões.
Objetivos Específicos
Consolidar e reposicionar a pesquisa aplicada no âmbito do Ministério da Defesa na fronteira científica nas áreas de segurança, defesa e desenvolvimento (SDD), GEOINT, modelagem e previsão comportamental, redes complexas, IA, computação de alto desempenho, avaliação de impactos socioeconômicos, modelagem econométrica e estatística e previsão relacionadas aos ilícitos transnacionais narcotraficantes e ambientais.
Desenvolver o SIDEM³RAIT: Sistema Integrado de Detecção, Mapeamento, Monitoramento, Modelagem e Avaliação de Impacto de Redes de Abastecimento Transnacionais de Ilícito Transnacionais na Amazônia.
Entregas do LIGEM.Redes
A Amazônia Legal, a Faixa de Fronteira e a “Amazônia Azul”
O Brasil apresenta uma extensa fronteira terrestre de 16.886 km. Sua faixa de fronteira possui 1,4 milhões de km² dispersos ao longo dos arcos sul, central e norte (ver mapa abaixo). No arco norte, essa faixa de fronteira se une à Amazônia Legal com seus 5,2 milhões de km² onde vivem 30 milhões de pessoas em meio a uma inigualável biodiversidade de difícil acessibilidade. A Amazônia Legal é uma região estratégica para nossa soberania, contudo, apresenta desafios de monitoramento, vigilância e proteção diante da ameaça das Redes de Abastecimento de Ilícitos Transnacionais (RAITs).
Essas ameaças foram ampliadas tanto pela integração de cidades litorâneas e da Amazônia Azul às estruturas criminosas, quanto pelo significativo aumento da sofisticação, adaptabilidade e resiliência dessas redes. Portanto, é urgente dotar o Ministério da Defesa, diversos órgãos e instituições (federais e estaduais) de potencial científico priorizando análise e modelagem comportamental das RAITs para subsidiar soluções e motivar avaliações relacionadas ao enfrentamento do crime organizado transnacional e seus rebatimentos no desenvolvimento sustentável.
Conceito Geral do LIGEM.Redes
Principais Rotas do Narcotráfico no Brasil
Recentemente, houve uma grande mudança organizacional no modus operandi dessas redes que passaram a funcionar como sofisticadas cadeias de abastecimento capazes de se adaptar e, consequentemente, apresentar grande resiliência ao seu combate, (MAGLIOCCA et al., 2021). De maneira mais específica, o crime organizado transnacional se tornou, além de uma questão prioritária de segurança pública, uma ameaça à segurança nacional (interna e externa) do Brasil, (PIMENTEL, 2019).
No âmbito interno destacam-se o aumento do homicídio, medo e problemas carcerários por onde passam; no aspecto político, as facções criminosas (PCC e CV) influenciam pleitos eleitorais, procurando arregimentar políticos e servidores públicos (FERREIRA, 2019). No âmbito externo, o poderio econômico e bélico das facções expõe países vizinhos a riscos; e o crescimento desses grupos poderá se tornar um problema de defesa para o Brasil e sua expressão econômica do Poder Nacional (PIMENTEL, 2019).
Atualmente, a centralidade do Brasil no contexto do narcotráfico transnacional é inconteste, já sendo destacada em documentos, discursos e relatórios oficiais de Estado ou de órgãos das Nações Unidas (CDE, 2021) e (UNODC, 2023a).
Porque o Censipam?
O Censipam foi escolhido para sediar o LIGEM.Redes por:
- Desenvolver, há duas décadas, conhecimento científico para a articulação, o planejamento e a coordenação de ações, de acordo com as diretrizes do SIPAM.
- Utilizar dados gerados por uma infraestrutura tecnológica única, composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas e plataformas de coleta de dados.
- Qualificar, por meio de seus analistas, o monitoramento da Amazônia Legal e da Amazônia Azul, produzindo informações metodologicamente embasadas em tempo próximo ao real.
- Ter se tornado uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), a partir da Portaria nº 1.279, de 12 de março de 2021.



