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Para diretores da Agência Mundial Antidopagem, Brasil é referência no cenário internacional
Em mais uma ação educativa, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) promoveu uma live com representantes da Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA), que estão no Brasil para uma série de encontros e eventos relacionados ao tema, dentre eles, o 4º Seminário Brasileiro Antidopagem e o III Seminário Latino Americano de Ciência e Medicina Antidopagem, ambos no Rio de Janeiro. Os convidados destacaram a importância do país para a região e para o sistema internacional antidopagem.
“O Brasil é um parceiro muito importante, um país grande e desenvolvido na região, e queremos que lidere com seu exemplo todos os programas antidopagem”, disse a diretora da WADA para a América Latina, María José Pesce, que junto ao diretor sênior de Ciência e Medicina da Agência Mundial Antidopagem, Olivier Rabin, se reuniu com o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, com o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, e representantes de instituições como a Polícia Federal, a Receita Federal, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante a última semana.
Dentre os assuntos tratados com as autoridades brasileiras está a resolução de questões alfandegárias que retardam o traslado de amostras de outros países para serem analisadas pelo Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). “A partir da legislação antidopagem, inclusive com resoluções da Anvisa já postas, falta apenas um ajuste operacional. A Anvisa vai adotar um código diferenciado para a entrada das amostras no país e só com esse ajuste para sanar essa dificuldade, vai liberar o traslado das amostras de forma mais célere e segura permitindo uma atuação ampla do laboratório”, explicou a secretária nacional da ABCD, Luisa Parente.
“Confiamos muito que a reunião foi o primeiro passo para que as autoridades da Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa coordenadas pela ABCD e pelo Ministério da Cidadania, encontrem uma solução legal para um procedimento eficiente. Nós temos que tentar trazer uma amostra de sangue ou urina no menor tempo possível”, completou a diretora regional da WADA.
Ela destacou que no mundo há 28 laboratórios credenciados para a análise de amostras dos atletas, sendo um deles no Rio de Janeiro, único na América do Sul. “Para ter um laboratório acreditado tem que ter muito apoio do governo e investimento de maneira permanente. É sempre um desafio. O laboratório posiciona o país na região, como referência para os demais”, apontou.
Ser acreditado significa atender a elevados padrões internacionais. O que demanda investimentos em uma sede, em equipamentos e em profissionais qualificados. O LBCD é um dos legados dos Jogos Rio 2016, quando o local foi usado para analisar as amostras das Olimpíadas e Paralimpíadas. O laboratório fica no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e recebeu o aporte de R$ 280 milhões para os megaeventos.
“O LBCD é um legado dos Jogos Rio 2016. Naquele momento ele demandou um grande investimento para mudar para um prédio novo, em equipamento e capacitação dos profissionais. São as três coisas que o laboratório tem que ter muito investimento”, pontuou o diretor de Ciência e Medicina da WADA, Olivier Rabin. “É muito importante o investimento no laboratório, porque o mundo da antidopagem muda muito rápido e os laboratórios têm que acompanhar”, completou.
Em 2019, o LBCD bateu seu recorde de recebimento de amostras, com 10,6 mil, número que foi impactado pela pandemia, quando as competições foram suspensas pelo mundo. O laboratório brasileiro que retomar os níveis anteriores e ser o ponto central para as análises de sangue e urina dos atletas na América do Sul. “A principal missão do laboratório é ser líder em seu país, mas também na região, porque temos um sistema internacional que conta com essa abertura para o mundo do laboratório acreditado”, ressaltou María José Pesce.
A diretora regional da WADA calcula que o envio de amostras para a Europa encarece em até três vezes as análises. “Quando um país testa um atleta, há muitos estudos. Ele escolhe o melhor momento, se em competição, ou fora de competição, de manhã, ou à tarde, qual atleta... há todo um trabalho prévio que se condensa quando se coleta a amostra e ela tem que chegar a tempo senão ela se perde”, concluiu.
Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania